Marc Chagall

Biografias,

Marc Chagall

Moishe Zakharovich Shagalov, mais conhecido como Marc Chagall, nasceu em 7 de julho de 1887 na aldeia de Vitebsk, na Bielorússia. Era ceramista, pintor, vitralista surrealista e gravador.

Sua introdução no mundo das artes plásticas aconteceu em sua cidade natal, no estúdio de um renomado pintor de figuras local. Marc obteve dele tanto o trabalho da pintura, quanto o gosto estético e a predisposição para mostrar sua capacidade artística. Em 1908 ingressou na Academia de Arte de São Petersburgo, partindo para Paris, o coração da arte e da cultura.

Anteriormente, no entanto, em uma transição por seu povoado, encontrou Bella, com quem se casou mais tarde, e a representou em 1909. No ano seguinte já estava na capital da França, com Blaise Cendrars, que intitulou uma grande porção de suas obras. Também nomeou obras de Max Jacob e Apollinaire, e dos pintores Modigliani, Delaunay e La Fresnay.

Chagall

Em Paris Marc conheceu todas as variantes das vanguardas e da arte moderna, batalhando para alcançar um espaço para os seus delírios fantasiosos no mundo de cubistas e fauvistas. Neste cenário onde reinava um modelo filosófico que prezava só a forma, notado pela abstração, seu trabalho se diferenciava pela existência de ideias com teor surrealista, o qual mostrava seus princípios no espaço cultura e emocional do artista.

Nesse tempo Chagall conviveu com vanguardistas como La Fresnay e Amedeo Modigliani, apesar de ter sido mais fortemente motivado por Guilleume Apollinaire, que mais tarde se tornou um grande amigo. Foi nesse período que Marc fez duas de suas mais famosas obras, Eu e a aldeia, de 1911, e O soldado bebé, de 1912, futuramente apresentadas em Berlim na galeria Der Sturm, entre diversos outros trabalhos elegidos, em 1914, por Apollinaire, mesmo ano em que começou a Primeira Guerra Mundial.

Outros trabalhos feitos no mesmo período são Auto-retrato com sete dedos, em 1911, Mulher grávida, entre 1912 e 1913, e vários outros. Após o crescimento da Primeira Guerra Mundial, Marc voltou para a Rússia, sendo intimado a batalhar nas trincheiras. Discordando dessas orientações, ele continuou em São Petersburgo e, em 1915, casou-se com Bella, o grande amor de sua vida.

Depois do surgimento, em 1917, da Revolução Socialista o pintor atingiu o cargo de representante de belas-artes, no comando de Vitebsk, seu povoado natal. Ele fundou sua própria instituição artística, acessível para inserir qualquer tendência modernista; simultaneamente criou quadros para peças judaicas de uma instituição local. Ao enfrentar o pintor soviético, Kasimir Malevich, Chagall pede afastamento do seu cargo.

Em 1922, retorna a Paris e responde a um pedido feito pelo editor Ambroise Vollard, estampando o Livro Sagrado e produzindo 96 figuras para um volume da obra Almas Mortas, do autor Gogol, que foi divulgado apenas em 1949. Uma interpretação das Fábulas de La Fontaine também foi desenhada por Marc, em 1927. Seu ciclo paisagista, assinado pelo conteúdo de flores, faz parte dessa época.

Nos anos 30, com o crescimento do Nazismo na Alemanha e o indício de outra Guerra Mundial, o pintor, como judeu, partiu para os Estados Unidos, após interpretar através da arte a atmosfera densa e alarmante que se prolongava por toda a Europa.

Em 1944, já na América, ele perde sua esposa Bella, o que lhe causa uma profunda depressão, e o induz a andar outra vez pelas antigas ruas imaginárias. Mac Chagall termina esse período com uma criação já planejada em 1931, chamada Em torno dela. Com o fim da guerra, ele retorna definitivamente para a França, e ali ele prepara as conhecidas pinturas dos vidros da Universidade Hebraica de Jerusalém.

Na década de 50, Marc Chagall vai diversas vezes a Israel, respondendo a vários pedidos. Os seus mosaicos e vitrais tornam-se famosos, e consegui-se dizer que o mesmo manifestou a mesma cautela com a cerâmica.

A 4ª Bienal de São Paulo que aconteceu em 1957 ofereceu uma sala única ás obras de Marc.

Em 1973, foi inaugurado o Museu da Mensagem Bíblica de Marc Chagall, como homenagem ao artista, na cidade francesa de Nice. Após quatro anos o estado francês lhe entregou a Grã-cruz da Legião de Honra.

Chagall faleceu em 28 de março de 1985 em Saint-Paul-de-Vence, cidade localizada no sul da França, como um dos máximos e mais conhecidos artistas do século XX.

CONTEÚDO DESTE POST

Obras

– Eu e a princesa (1911)

– O Prometido (1911)

– A Chuva (1911)

– Maternidade (1912)

– Paris à Janela (1913)

– Sobre Vitebsk (1914)

– Mania cortando o pão (1914)

– O violinista verde (1923-1924)

– A sirene (1945)

– A Praça da Concórdia, Paris (1960)

– Vila cinzenta (1964)

– Cesta de frutas e ananás (1964)

– O círculo vermelho (1966)

– Alegria (1980)

– Canção: A tora vermelha (1981)

– O palhaço voador (1981)