Resumo Miguel de Cervantes

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Resumo Miguel de Cervantes

Nesse artigo você lerá um resumo Miguel de Cervantes, o mais importante escritor da história da Espanha. Nasceu em 1547, em Alcalá de Henares. Sua obra mais famosa é Don Quixote de La Mancha, publicada em duas partes: em 1605 e 1615. O livro, que é uma paródia do gênero literário de cavalaria, é um dos mais importantes da literatura universal. Dom Quixote retrata alguns ideais e sentimentos profundos que habitam o espírito humano. Cervantes levou uma vida precária e infortunosa. Ele não pôde ver o sucesso estrondoso da sua obra-prima, pois faleceu um pouco depois de finalizar o livro.

Resumo Miguel de Cervantes

Resumo Miguel de Cervantes: Biografia

Miguel de Cervantes foi o quarto filho de Rodrigo de Cervantes e Leonor de Cortinas. Seu pai era um médico sem muito dinheiro, e por isso viveram com constantes problemas econômicos. Em busca de melhores condições de vida, Rodrigo decidiu levar sua família para Valladolid em 1551, que na época abrigava a corte Espanhola.

Na nova cidade, Miguel pôde começar seus estudos. Não se sabe ao certo como foi esse período, mas historiadores indicam que muito provavelmente ele estudara em um colégio de jesuítas. Durante 10 anos a família permaneceu em Valladolid. Mas em 1561, quando a corte espanhola retornou a Madri, a família Cervantes decidiu ir junto. O pai de Cervantes buscava um cargo mais lucrativo na capital. Infelizmente ele acabou fazendo mais dívidas e, durante esse período, a família permaneceu em instabilidade financeira.

Esses fatores foram primordiais para a formação intelectual de Cervantes. Ainda que tivesse estudado por muito tempo, seus estudos eram improvisados. O jovem escritor frequentara a Universidade de Alcalá de Henares e a Universidade de Salamanca. Através de relatos que apareceram nos seus textos posteriores, quando descrevia a sua vida de estudante, podemos saber o que Cervantes fez nessa época.

Ele saiu da Espanha no ano de 1569, provavelmente devido a problemas com a justiça. Seu destino foi Roma, onde ingressou em uma milícia na companhia de dom Diego de Urbina. Cervantes participou da batalha de Lepanto, em 1571, um combate naval contra os turcos. Nessa batalha foi ferido na mão esquerda, que ficou inutilizável.

Cervantes permaneceu durante vários anos na guarnição, a qual passara por Cerdeña, Lombardía, Nápoles e Sicília. Nessa última região ele mergulhou na literatura italiana. Quando voltava para a Espanha, em 1575, o navio em que estava foi atacado por piratas turcos. Cervantes, juntamente com seu irmão Rodrigo, fora capturado e vendido como escravo em Argel. Ficou nessa situação até 1580, quando um emissário da sua família o libertou através de um pagamento de resgate aos seus raptores.

Depois de 11 anos de ausência, Cervantes voltou ao seu país natal e reencontrou sua família em uma situação ainda mais delicada. Para ajudá-la, ele se dedicou a fazer trabalhos na corte durante alguns anos. Casou-se no ano de 1584 com Catalina Salar de Palácios, e um ano depois publicou sua novela La Galatea.

O conhecimento adquirido nesses anos contribuiu para a criação de suas obras, sobretudo a mais importante. Em 1587, por exemplo, Cervantes começou a trabalhar como comissário real, quando teve contato com a vida pastoril. Apesar de ter alguns problemas com os camponeses, o contato com aquele estilo de vida permitiu que ele entrasse no mundo retratado em Dom Quixote.

Resumo Miguel de Cervantes: Dom Quixote

O sucesso de Dom Quixote foi imediato. Na época, o livro teve status de um best seller dos dias de hoje. A primeira parte da obra saiu em 1605, com o nome “El Ingenioso Hidalgo Don Quijote de la Mancha” (O Engenhoso Fidalgo Dom Quixote de la Mancha). Mesmo com o sucesso estrondoso da publicação, ela não foi suficiente para tirar Cervantes da miséria.

Em 1606, um ano após a publicação, novamente a corte espanhola muda-se para Valladolid. Cervantes, como dependia de favores dela, muda-se junto. A Espanha passava pelo Siglo de Oro (Século de Ouro) da literatura, com grandes autores como Francisco de Quevedo e Luis de Góngora. Esses, ao contrário de Cervantes, já tinham uma sólida posição na corte, com proteção de aristocratas. Isso também valia para o melhor dramaturgo da época, Lope de Vega, que até podia viver da sua obra.

Cervantes, no entanto, tivera sucesso com sua obra, mas o bastante para lançar outros livros. Escreveu os Contos Morales, as Novelas Ejemplares, a Viagem del Parnaso e as Comedias y Entremeses. O segundo volume de Dom Quixote foi publicado em 1615, apenas alguns meses antes da morte do escritor. O livro encerrou a trajetória do Engenhoso Fidalgo, e consagrou Cervantes como um dos maiores escritores da história e o fundador do romance no sentido moderno da palavra.

Dom Quixote é único porque explora as profundezas da alma humana através de personagens arquetípicos e excêntricos. Os andarilhos Dom Quixote e seu fiel escudeiro Sancho Pansa passam por aventuras que, ao mesmo tempo, divertem e emocionam. Partindo de uma sátira corrosiva das novelas de cavalaria, o autor traçou um quadro tragicômico como nunca se viu.