Alimentação de Crianças

Biologia,

Alimentação de Crianças

Para garantia da saúde, tanto física como psicológica, da criança é fundamental que a sua alimentação seja baseada nas peculiaridades de cada fase do crescimento. Quando algumas etapas são puladas (especialmente na infância e adolescência), as consequências no decorrer dos anos podem ser graves. Hábitos errôneos na alimentação de crianças podem gerar uma grande variedade de males, sendo alguns deles: desnutrição, obesidade, anemia, colesterol alto, raquitismo, hipertensão ou até mesmo déficit no crescimento. E o pior é que a grande maioria dessas doenças é irreversível – ou conta com tratamentos prolongados e, quem sabe, para a vida toda.

Alimentação de Crianças

Neste artigo, confira maiores informações sobre a alimentação de crianças adequada para cada fase da vida.

Alimentação de crianças

Segundo a OMS – Organização Mundial da Saúde –, a alimentação de crianças deve ser um assunto tratado com cautela desde o nascimento até o final da adolescência, que ocorre unicamente aos 19 anos. A organização também explica a importância dos primeiros mil dias de alimentação, já que eles são os grandes responsáveis por determinar os hábitos futuros da criança.

Atentar para os estudos relacionados ao tema também é de enorme importância – principalmente aos papais e mamães de primeira viagem. Isso porque a família é a maior influência na alimentação das crianças e mais de 90% delas seguirão os mesmos hábitos de seus pais.

Comer junto com as crianças também é fundamental. Um estudo norte-americano revelou que os pequenos que fazem, pelo menos, quatro refeições com a família semanalmente têm menores chances de desenvolverem transtornos psicológicos (como agressividade e ansiedade) ou alimentares (como anemia ou desnutrição).

Por outro lado, para saber se a alimentação de crianças vai bem, é necessário levar os seguintes aspectos em consideração: boa imunidade, peso e altura adequados para a idade, disposição para se divertir e ir à escola, bom apetite, funcionamento diário do intestino, crescimento das unhas e cabelos normalmente, sono leve e de pelo menos 8 horas, e dentes fortes.

Os hábitos das crianças também devem ser levados a sério, sendo devidamente acompanhados. Caso elas recusem, com frequência, determinado alimento rico em vitamina A, por exemplo, as chances de que ela desenvolva uma deficiência deste nutriente é grande.

Manter as consultas com pediatras e até mesmo nutricionistas em dia também é essencial – já desde os primeiros anos de vida. Isso porque muitos pais (principalmente os de primeira viagem) acabam introduzindo na dieta dos filhos alimentos que, na realidade, não fazem tão bem assim. Um exemplo claro disso é o leite, grande responsável por problemas como anemia, sobrecarga dos rins, obesidade e até mesmo déficit de crescimento. Mesmo assim, muitos são os pais que continuam o inserindo na alimentação de crianças já a partir dos seis meses de idade.

A alimentação de crianças de cada idade

A seguir, confira alguns parâmetros que poderão lhe auxiliar na alimentação de crianças de cada idade.

• Do nascimento aos primeiros 6 meses de vida

Nessa fase, não há muito com o que se preocupar na alimentação. Isso porque os primeiros seis meses são os de exclusividade do aleitamento materno. Quem deve cuidar com a alimentação neste período, na realidade, são as mamães – já que tudo o que for ingerido por elas irá refletir diretamente no seu leite.

Pesquisas mostram ainda que os hábitos dos pequenos se tornam similares aos das mães por conta da amamentação. Se ela come muita batata doce, por exemplo, as chances de que o pequeno desenvolva gosto pelo alimento são altíssimas. Os bebês podem mamar sempre que estiverem com vontade – porém, o mais comum é que eles busquem o peito a cada 2 ou 3 horas.

• Dos 7 aos 11 meses

A alimentação neste período é considerada complementar ao aleitamento. Poucos são os grupos alimentares ainda não inseridos e as quantidades indicadas de cada um deles é a seguinte:

  • Carboidrato: três porções;
  • Gorduras/óleos: duas porções;
  • Legumes/verduras: três porções;
  • Leite e derivados – apenas o da mãe;
  • Feijões – uma porção;
  • Frutas – três porções;
  • Proteína – duas porções;
  • Açúcares – zero porções.

• De 1 a 3 anos

Aqui, as quantidades de carboidratos e frutas se tornam mais expressivas. Aos poucos, açúcares, leite e derivados também podem compor a alimentação. As porções indicadas de cada grupo alimentar são:

  • Carboidrato: cinco porções;
  • Gorduras/óleos: duas porções;
  • Legumes/verduras: três porções;
  • Leite e derivados – três porções;
  • Feijões – uma porção;
  • Frutas – quatro porções;
  • Proteína – duas porções;
  • Açúcares – uma porção.

• Fase pré-escolar e escolar – de 4 a 12 anos

A quantidade de frutas já pode diminuir um pouco, assim como a de gorduras e óleos cai pela metade. As porções indicadas são:

  • Carboidrato: cinco porções;
  • Gorduras/óleos: uma porção;
  • Legumes/verduras: três porções;
  • Leite e derivados – três porções;
  • Feijões – uma porção;
  • Frutas – três porções;
  • Proteína – duas porções;
  • Açúcares: uma porção.

• Fase pré-adolescência e adolescência – de 13 a 19 anos

Por fim, a fase (considerada de crescimento) é aquela em que o apetite aumenta – e muito. Neste sentido, as indicações são:

  • Carboidrato: de 5 a 9 porções;
  • Gorduras/óleos: 1 a 2 porções;
  • Legumes/verduras: 4 a 5 porções;
  • Leite e derivados – três porções;
  • Feijões – uma porção;
  • Frutas – 4 a 5 porções;
  • Proteína – 1 a 2 porções;
  • Açúcares: 1 a 2 porções.