Enfermagem no Home Care

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Enfermagem no Home Care

A presença de um profissional de enfermagem no Home Care é obrigatória, como determina a resolução do Conselho Federal de Enfermagem (COFEN) n°270 de 2002 e o RDC n° 11.

Diferenças entre Home Care e enfermeiros particulares

Muitas pessoas confundem o conceito de Home Care com os serviços que enfermeiras particulares oferecem, pois ambos estão relacionados com serviços domiciliares.

Enfermagem

Porém, esses dois serviços são bastante diferentes, pois cada um deles reúne especificações e particularidades.

Enfermeiras realizam aplicação de medicamentos, monitoramento das condições do paciente, serviços de higiene básico e de alimentação, além de companhia, com visitas periódicas de médicos.

Já no Home Care a enfermeira é parte de uma equipe especializada para atender um paciente específico. O profissional de enfermagem tem as mesmas responsabilidades de trabalhar na rotina de um hospital, cooperando com outros agentes de saúde.

A opção entre um enfermeiro particular ou Home Care depende da complexidade do caso.

Histórico

O Home Care surgiu nos EUA, em 1947, após o fim da 2ª Guerra Mundial, através da união de enfermeiras para tratar o paciente em casa. Apenas na década de 1960 o conceito passou a ser entendido e adotado por hospitais, que viram no Home Care uma solução para diminuir sua superlotação. Nesse período surgiram as “Nursing Home”, enfermeiras especializadas no atendimento domiciliar.

Ao contrário do que os médicos esperavam, o tratamento domiciliar não só funcionou como estabeleceu um importante avanço no quadro de recuperação dos pacientes.

No Brasil, o Home Care ganhou força a partir dos anos 1990, quando deixou de ser um recurso utilizado em doenças contagiosas para atender os diferentes tipos de pacientes, desde aqueles que se recuperam de cirurgias aos que apresentam quadros terminais.

O que é Home Care

Home Care (tradução: cuidado em casa) ou Assistência Domiciliar é uma prestação de serviços baseada em tratamento continuado em domicílio. É realizado por uma equipe de profissionais da área da saúde e a principal vantagem é que evita a permanência do paciente em hospitais.

O Home Care é regulamentado pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) pela resolução nº 11, de 30 de janeiro de 2006. Muitas clínicas e planos particulares oferecem o serviço. Na saúde pública, o Governo Federal também mantém alguns programas que incluem o cuidado domiciliar.

Entre os profissionais que integram o Home Care, estão: médicos, enfermeiras, auxiliar e técnico de enfermagem, terapeuta ocupacional, fisioterapeuta, fonoaudiólogo, assistente social, nutricionista, odontólogo, protético, auxiliar de higiene bucal, farmacêutico e psicólogo.

O crescimento do serviço é atribuído ao envelhecimento da população. Existem três tipos de Home Care, com base nas especificações do tratamento. São elas

Grupos Especiais

Existem três divisões que os serviços Home Care utilizam, baseadas nos tipos de pacientes, nos cuidados que eles necessitam e em como devem ser aplicadas as medicações.

Home-Based Intervention ou Home-Based Care: com pouca intervenção, o tratamento é focado na monitoração 24 horas. São observados o ritmo cardíaco, a pressão arterial e o quadro respiratório. Caso haja alguma alteração, testes são realizados para determinar a causa e tratamento adequado.

Long-Term Care: destinado a pacientes que precisarão de cuidados por tempo prolongado ou até mesmo pela vida toda, normalmente portadores de patologias, como Insuficiência Cardíaca Congestiva (ICC) ou pessoas que sofreram Acidente Vascular Cerebral (AVC). O objetivo é evitar internações hospitalares e conferir conforto.

Hospital at Home Care: intervenção máxima, com todos os elementos hospitalares, como respiradores e monitores e profissionais altamente capacitados.

Vantagens

Por não utilizar a estrutura de leito hospitalar, o tratamento Home Care é mais barato em relação ao tratamento tradicional (entre 20% e 70%);

Diminui o risco de contaminações e infecções hospitalares;

Profissionais mantêm-se próximos do paciente por conta do tratamento humanizado;

Redução de complicações clínicas e internações desnecessárias;

Otimiza o tempo de recuperação do paciente;

Familiares envolvem-se no tratamento;

Paciente recupera-se melhor no ambiente familiar;

Comodidade para a família, que não precisa se deslocar ao hospital;

Clientes mais satisfeitos;

O hospital garante mais leitos à disposição;

O plano de saúde reduz os gastos com internações hospitalares.