Fibrose pulmonar

Biologia,

Fibrose pulmonar

Existem inúmeras doenças que afetam diretamente os pulmões. Talvez o câncer e a pneumonia sejam as mais faladas devido aos estragos que podem fazer no organismo humano e por quase sempre (pelo menos no caso da primeira doença) levar à morte. Neste artigo iremos voltar nossa atenção à fibrose pulmonar, uma doença muito pouco conhecida por ser rara, mas que está ficando cada vez mais em evidência. Vamos conhecer entendendo no que consiste a doença.

Fibrose pulmonar

Os pulmões e a doença

Se você já estudou anatomia, muito provavelmente sabe os pulmões são órgãos elásticos e esponjosos formados por um sem número de alvéolos. Esses alvéolos têm como principal função realizar as trocas gasosas fundamentais ao corpo humano, isto é, inspirar oxigênio e expelir gás carbônico, que em grandes quantidades é tóxico ao nosso corpo.

Dessa maneira, os pulmões são órgãos vitais, pois oferecem a todo o corpo o principal combustível para seu correto funcionamento: o oxigênio. Por isso, não é de estranhar que uma doença pulmonar, qualquer que ela seja, cause danos consideráveis. Imaginei então quando uma grande parte dos alvéolos não existe. É justamente isso que a doença estudada causa.

Por algum motivo – que iremos descobrir mais abaixo – o tecido pulmonar normal e saudável é substituído anormal, chamado de cicatricial. Com isso, os pulmões perder parte de sua capacidade de absorção e transmissão de oxigênio, o que pode causar uma queda bastante significativa na qualidade de vida do paciente. Mas por que essa doença? É o que iremos descobrir na sequência.

Causas da doença

Os agentes causadores da doença a tornam ainda mais rara porque eles são muitos. E também é preciso lembrar que só em alguns casos a causa específica da doença é descoberta, pois em muitos casos nem mesmos os melhores especialistas conseguem chegar a um consenso.
Os principais fatores e causas conhecidos são:

  • Origem genética (inclusive há um tipo de fibrose denominada fibrose pulmonar familiar justamente por sua origem);
  • Infecções causadas por bactérias ou vírus;
  • Um refluxo que caracteriza doença (chamada de refluxo gastroesofágico);
  • Uso regular de medicamentos como os aplicados durante quimioterapia, arritmia, infecções urinárias, anticonvulsivos e antidepressivos;
  • Tabagismo;
  • Vivência em ambientes poluídos;
  • Pneumonia de hipersensibilidade e inalação de poeira orgânica (ar condicionado, mofo, sauna, etc.);
  • Doenças reumáticas, como artrite e lupus;
  • Doenças pulmonares de origem desconhecida, como a bronquiolite.

Diagnóstico

Por todas as causas apontadas acima, o diagnóstico da doença estudada deve ser feito em detalhes, com auxílio das mais diversas especialidades e com o uso das mais modernas tecnologias. É somente conhecendo ou chegando mais perto possível da origem da doença é que é possível definir um tratamento adequado e com o retorno esperado. A avaliação de um paciente com fibrose pulmonar inclui:

  • Avaliação clínica: feita por um médico especialista (senão em doenças raras em doenças pulmonares, por exemplo) geralmente através da aplicação de questionários para investigar o histórico do paciente;
  • Avaliação da função pulmonar: de extrema importância não só para determinar o tratamento mas também para verificar a extensão dos danos. Teste de esforço, difusão de gás carbônico e espirometria são exemplos dos exames dessa avaliação;
  • Avaliação laboratorial: análises de sangue, urina e fezes, por exemplo, cujo principal objetivo é verificar a possível existência de doenças reumáticas;
  • Avaliação radiológica: com este tipo de avaliação é possível determinar exatamente o(s) loval(is) no qual o tecido cicatricial se encontra, o que obviamente facilitará em muito os esforços médicos, incluindo o tratamento;
  • Biópsia pulmonar: em alguns casos as avaliações anteriores não levam a resultado algum, e quando isso ocorre é necessário partir para um tipo de avaliação mais invasiva: a biópsia cirúrgica. Neste casos o especialista determinará qual a melhor forma de realizá-la: do modo aberto ou do modo minimamente invasivo.

Tratamentos possíveis

Assim como ocorre na grande maioria das doenças, quando o diagnóstico é feito de forma precoce as chances de o paciente ter uma qualidade de vida elevada são altas. No entanto, para os casos mais avançados ainda não existe um tratamento capaz de revertê-lo.

As formas convencionais de tratamento incluem:

  • Nutrição específica: com a manifestação da doença, os pacientes tendem a perder peso e consequentemente a força nos músculos, incluindo os torácicos. Uma nutrição específica pode fortalecer os músculos;
  • Exercícios: a prática regular de exercícios melhora a capacidade pulmonar e, como resultado, a qualidade de vida do paciente;
  • Corte do cigarro: os pacientes que fumam ou convivem com fumantes deve evitar a todo custo a inalação da fumaça do tabaco;
  • Medicamentos: as doses e os tipos de medicamentos utilizados no combate à fibrose pulmonar variam conforme o paciente e o profissional. Mas geralmente são utilizados medicamentos dos grupos do corticoide, imunossupressores e colchicina e acetilcisteína;
  • Oxigênio: em casos mais graves, é necessário que o paciente faça uso regular do oxigênio.