Importância dos fungos na alimentação e meio ambiente

Biologia,

Importância dos fungos na alimentação e meio ambiente

Os fungos fazem parte do Reino Fungi. Alguns são seres microscópicos, outros, os macroscópicos, podem ser vistos a olho nu, como é o caso dos cogumelos, por exemplo. Outros fungos mais populares são os mofos, bolores e leveduras.

Importância dos fungos na alimentação e meio ambiente

Além da importância dos fungos para o meio ambiente, muitos são aproveitados na produção de alimentos, como alguns tipos de queijos e pela indústria farmacêutica. A penicilina, por exemplo, é um medicamento desenvolvido a partir de fungos. Contudo, existem muitos outros tipos de fungos que causam doenças como as indesejáveis micoses no corpo humano e de animais.

O Reino Fungi é dividido em cinco Filos: ascomicetos, basidiomicetos, deuteromicetos, quitridiomicetos e zigomicetos. Um fungo pode ser unicelular ou pluricelular, eucariota (possui somente um núcleo celular) e heterótrofo (seu organismo não produz o próprio alimento).

1. Reprodução dos fungos: A reprodução assexuada pode ocorrer através de sucessivas mitoses que originam novos fungos, por esporulação e brotamento. O processo de reprodução sexuada é dividido em três fases: fusão de protoplasma (plasmogamia), formação do núcleo diploide, a partir da junção de dois núcleos haploides (cariogamia) e divisão do núcleo diploide, formando dois núcleos haploides (meiose).

2. Alimentação dos fungos: Os seres do Reino Fungi não produzem o próprio alimento. Os sarcófagos alimentam-se de organismos mortos. Os parasitas sobrevivem à custa de substâncias produzidas por organismos vivos. Os predadores conseguem capturar minúsculos ou microscópicos animais para se alimentar. Para digerir melhor os nutrientes, os fungos produzem a exoenzima.

8 tipos de fungos mais populares

1. Bolor: Esse tipo de fungo desenvolve-se, principalmente, em plantas e alimentos. É um fungo microscópico, que gera manchas brancas em folhas, cascas de frutas e na superfície de outros alimentos.

2. Champignon, shitake e shimeji: Fungos comestíveis, utilizados em variadas receitas culinárias.

3. Levedura: As leveduras podem ser usadas na fermentação de alguns tipos de bebidas alcoólicas e no preparo de massas, como pães.

4. Mofo: Esse fungo é facilmente percebido por gerar um aglomerado de filamentos, geralmente esverdeados sobre alimentos, resíduos orgânicos, em superfícies e objetos situados em ambientes com bastante umidade.

5. Orelha-de-pau: Esse tipo de fungo é muito conhecido. Cresce em troncos de árvores, sendo semelhantes ao formato de uma orelha.

6. Penicillium: Desenvolve-se em ambientes úmidos e pode ser utilizado na fabricação de antibióticos como a penicilina ou queijos.

7. Tinha: Vive no corpo humano, alimentando-se da queratina da pele. A proliferação excessiva gera micoses nos pés, couro cabeludo, virilha e outras partes do corpo.

8. Trufa: Também é um fungo comestível, que cresce embaixo do solo. É um ingrediente caro, usado em receitas culinárias sofisticadas.

Importância dos fungos para o meio ambiente

Fungos são seres decompositores, por isso, desempenham um papel muito importante para o equilíbrio ecológico. Agem na decomposição de seres mortos e resíduos orgânicos eliminados por organismos vivos, como a urina e as fezes. Dessa forma, os fungos ajudam a “limpar” o meio ambiente, evitando o acúmulo de resíduos orgânicos.

Importância dos fungos na alimentação

A indústria da alimentação, há séculos, utiliza vários tipos de fungos no preparo de receitas. Cogumelos, trufas e shitake, por exemplo, são ingredientes que compõem diversos pratos. O shitake e o shimeji são fontes de vitamina B, zinco e proteínas. Esses dois tipos de fungos também possuem uma substância chamada beta glucada que ajuda a combater o colesterol ruim e o envelhecimento.

As leveduras, como a Saccharomyces cerevisae, são usadas na fermentação de pães. O gás carbônico liberado nesse processo deixa as massas mais leves. Também podem ser utilizadas na fabricação de bebidas alcoólicas como a cerveja, vinho, uísque, aguardente e saquê. As leveduras Saccharomyces cerevisae fermentam a cevada, uvas, cana-de-açúcar e arroz, porém, para a fabricação de vinhos são usadas as leveduras Saccharomyces ellipsoideus.

Os queijos camembert e roquefort são produzidos com o uso dos fungos Penicillium camemberti e Penicillium roqueforti, respectivamente. A ação desses fungos é essencial para os sabores característicos desses dois queijos. O gorgonzola é outro tipo de queijo preparado com o fungo Penicillium.

Indústria farmacêutica utiliza vários tipos de fungos

Além da importância do Reino Fungi para o meio ambiente e para a alimentação, a saúde é outra área na qual os fungos são utilizados. Um dos antibióticos mais populares – a penicilina – é produzido com substâncias existentes no fungo Penicillium Notatum. As propriedades desse fungo foram descobertas, em 1929, por Alexander Fleming. A ciclosporina, medicamento imunossupressor, que ajuda a reduzir os riscos de rejeição de órgão após o transplante, é fabricada com substância extraída do fungo Tolypocladium inflatum.

Há vários estudos em andamento sobre a aplicação de fungos na fabricação de medicamentos. Existe uma pesquisa sobre a ação de um tipo de fungo existente na casca de frutas cítricas no combate a células cancerígenas. Outra pesquisa busca viabilizar a produção de asparaginase, enzima usada em medicamentos contra a leucemia, com o uso de fungos. Esses medicamentos são produzidos, atualmente, com enzimas de bactérias. Os pesquisadores tentam obter o mesmo tipo de enzima a partir de leveduras.

Os resultados positivos desses estudos, certamente, proporcionarão muitos benefícios à saúde pública.

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