Intolerância à Lactose

Biologia,

Intolerância à Lactose

A intolerância à lactose, que também pode ser definida como deficiência de lactase. Nela, o corpo tem dificuldade em digerir a lactose – um açúcar que está presente na composição do leite e demais produtos e alimentos derivados – de forma completa.

Intolerância à Lactose

A intolerância à lactose pode ser completa ou parcial, ou seja, existem pessoas que são completamente alérgicas ao leite e seus derivados, enquanto outras, conseguem digerir essa substância parcialmente, tendo apenas que fazer algumas pequenas restrições e adaptações na alimentação.

A intolerância à lactose surge quando o organismo não consegue produzir, ou produz muito pouco, a lactase, que é a enzima digestiva que quebra e decompõe a lactose presente no leite. Com nenhuma ou pouca produção da lactase, quando o leite e seus derivados são ingeridos, a lactose chega até o intestino grosso sem nenhuma alteração, fazendo com que ela comece a acumular e fermentar dentro do organismo. Com isso, aumenta-se a produção de gases e ácido lático, podendo resultar em diarreias, cólicas, além de aumentar a retenção de água no corpo, causando inchaço.

Por mais que a intolerância à lactose seja considerada uma alergia ao leite, é importante saber a diferença entre esses dois termos. A intolerância à lactose se refere à uma deficiência digestiva do organismo, a qual representa a baixa ou nenhuma produção da enzima lactase. Enquanto isso, a alergia ao leite se refere à uma reação alérgica a qualquer proteína presente na sua composição, e não apenas a lactose. No caso das alergias, podem aparecer outros sintomas, como tosse, bronquite, alterações no intestino e na pele.

A intolerância à lactose é mais comum do que parece. Estudos mostram que aproximadamente 70% dos brasileiros possuem algum tipo de intolerância à lactose, que pode ser de leve, moderada ou grave intensidade.

Tipos de intolerância à lactose

Agora que você já sabe o que é a intolerância à lactose e qual a sua diferença em relação à alergia ao leite, veja a seguir, os três tipos de intolerância à lactose:

1 – Deficiência congênita – nestes casos, se trata de um problema genético, isto é, a criança desde o nascimento não consegue produzir, ou produz muito pouco, a enzima lactase. Apesar de ser um tipo raro, a deficiência congênita e a mais crônica, sendo considerada grave.

2 – Deficiência primária – é o tipo mais comum de intolerância à lactose. Se refere à diminuição natural e contínua da produção da lactase. Esse fenômeno pode começar na adolescência e durar até o resto da vida.

3 – Deficiência secundária – se refere a quando a produção da lactase é afetada por outras doenças do intestino, como síndrome do intestino irritável, diarreias, doença de Crohn, ou até mesmo, pela alergia à proteína do leite. No caso da deficiência secundária, a intolerância à lactose pode desaparecer depois de um determinado tempo, ou ainda, ser controlada com o tratamento das doenças que dão origem a ela.

Sintomas da intolerância à lactose

Os sintomas da intolerância à lactose costumam aparecer logo que a pessoa ingere o leite em sua forma natural, ou ainda, qualquer outro produto derivado do leite, ou que tenha leite em sua composição, como bolos, chocolate, pudins, sorvetes, etc, levando questão de minutos ou horas para serem sentidos.

Dentre os sintomas mais comuns, estão: cólicas fortes, diarreia, distensão abdominal, excesso de gases, assaduras e náuseas. Para as crianças que são intolerantes à lactose, alguns dos sintomas também são o crescimento lento e a perda de peso.

Diagnóstico da intolerância à lactose

A intolerância à lactose pode ser diagnosticada através de uma avaliação médica, mas também através de três exames específicos: o teste de hidrogênio na respiração, o teste de acidez nas fezes e o teste de intolerância à lactose.

O teste de intolerância à lactose pode ser realizado gratuitamente através do SUS. Neste exame, a pessoa recebe uma dose de lactose em jejum, e depois de algumas horas, colhe sangue para medir os índices de glicose. O teste de hidrogênio na respiração analisa o hidrogênio liberado na expiração depois de ter ingerido uma alta taxa de lactose. E por fim, o teste de acidez nas fezes é feito a partir da coleta das fezes depois de consumir uma taxa de lactose.

Tratamento

A intolerância à lactose não é considerada uma doença, portanto, não existe um tratamento específico. O que os médicos recomendam, na maioria dos casos, é a suspensão do leite e seus derivados da alimentação, como uma forma de amenizar os sintomas. Depois de um certo tempo, recomenda-se que volte a consumir pequenas porções do leite e derivados, de modo a identificar qual é a quantia de lactose que o organismo consegue digerir.

Dessa forma, o principal responsável pelo tratamento é o próprio paciente. Cabe a ele saber controlar a alimentação, suspendendo ou reduzindo o consumo de leite e produtos derivados.