Leishmaniose

Biologia,

Leishmaniose

A Leishmaniose é uma doença infecciosa, porém, não tem capacidade de contagiar. Ela é causada por um tipo de parasitas do gênero Leishmânia, capaz não só de viver como também de se multiplicar dentro de células que integram o sistema imunológico do ser humano, esses são chamados de macrófagos.

Existem dois tipos para essa doença: a Leishmaniose tegumentar, que também é conhecida como cutânea e a leishmaniose calazar ou visceral. A primeira tem como principal sintoma o aparecimento de várias feridas pela pele, elas geralmente estão localizadas nas principais partes do nosso corpo que ficam descobertas, como os braços e pernas.

Depois de algum tempo sem tratamento, esse tipo de doença pode desenvolver feridas maiores e mais graves, principalmente na garganta, no nariz e na boca. Já o segundo tipo de leishmaniose, a visceral, é uma doença que ocorre em nossos órgãos internos, principalmente na medula óssea, no fígado e no baço. Esse tipo de doença é mais comum entre as crianças com até 10 anos, depois dessa idade a leishmaniose passa a ser incomum em crianças maiores.

 Leishmaniose

A leishmaniose é uma doença que pode ter a duração de alguns meses a até mais de um ano, tudo dependerá do organismo e da velocidade de multiplicação dos parasitas no organismo de defesa da vítima em questão.

A transmissão de leishmaniose

A leishmaniose é uma doença transmitida pelos insetos hematófagos, ou seja, aqueles que se alimentam do sangue humano, sendo conhecidos como flebotomíneos ou flebótomos. Nesse segundo grupo de insetos, vale destacar que eles são tão pequenos (entre dois e três centímetros de comprimento) que são capazes de ultrapassar telas ou malhas de mosquiteiros.

Os nomes desses insetos podem variar bastante conforme as regiões do território brasileiro, mas eles são conhecidos como mosquito palha, tatuquira, asa branca, cangalinha, birigui, palhinha e asa dura. Geralmente, eles são encontrados principalmente em ambientes mais úmidos e escuros, com muitas plantas.

As principais fontes de infecção desses insetos são os animais silvestres e também os insetos de gênero flebotomíneos que “abrigam” os parasitas em seus tubos digestivos. Um hospedeiro mais próximo dos humanos podem ser os cães domésticos.

Já na doença leishmaniose cutânea, os animais silvestres que mais servem como ‘reservatórios’ são os tamanduás, preguiças e demais roedores silvestres. Já na visceral, a principal fonte é a famosa raposa do campo.

Os principais sintomas

Já os principais sintomas variam conforme o tipo de doença.

Na leishmaniose visceral os principais sintomas são:

• Febre que ocorre de maneira irregular e por vezes prolongada;

• Anemia e dificuldade para alimentação, agravada principalmente por conta da falta de apetite;

• Indisposição em todo o corpo e fraqueza;

• Palidez de mucosas ou da própria pele;

• A perda de peso;

• Além disso, nesse tipo de doença a região do abdômen pode parecer inchada, já que ela se caracteriza nos órgãos do baço e fígado, que aumentam com a doença.

Na leishmaniose cutânea os sintomas são um pouco diferentes:

• Geralmente, o primeiro sintoma aparece entre dez dias a até três semanas depois que ocorre a picada do inseto flebótomo; ela é marcada por uma elevação da pele bem pequena e avermelhada, que começa a aumentar de tamanho até formar uma ferida;

• Essa ferida, por sua vez, é recoberta por uma crosta ou então por uma secreção bem purulenta;

• A doença cutânea também pode se manifestar por outras lesões de caráter inflamatório, como nas mucosas da região da boca e do nariz.

Diagnóstico e prevenção de leishmaniose

O diagnóstico de leishmaniose é feito por meio de exames tanto laboratoriais quanto clínicos e o tratamento é realizado por meio de medicamentos e acompanhado ainda por profissionais da área de saúde.

É importante tanto a detecção da doença como um tratamento ágil e prioritário, já que os casos mais graves de leishmaniose podem até mesmo levar à morte.

Existem várias formas de prevenir a leishmaniose, entre elas:

• Evitar acampar ou até mesmo construir casas em áreas que fiquem muito perto de matas;

• Caso a necessidade de dedetização seja indicada por profissionais e autoridades da área da saúde, realize-a o mais rápido que puder, já que o parasita pode estar na sua residência;

• Evite os banhos em igarapés ou em rios que fiquem próximos da mata, já que ambos também costumam ter a presença desses insetos parasitas;

• Quando passar um período acampando ou próximo às matas, lembre-se da utilização de repelentes, pois eles afastam os parasitas;

• Use telas protetoras contra insetos nas portas e janelas da sua casa e utilize mosquiteiro na hora de dormir;

Por fim, vale destacar que já existe, hoje no Brasil, uma vacina capaz de prevenir contra a leishmaniose visceral presente nos cães, sendo ela desenvolvida pelo laboratório Fort Dodge Saúde Animal. A vacina já protegeu cerca de 70 mil cães em todo o país, sendo o teste positivo em mais de 92% dos casos.