Oleaceae

Biologia,

Oleaceae

A Organização das Plantas

No estudo da botânica, a classificação de todas as plantas é organizada através de categorias, por meio da nomenclatura estruturada para nomear e organizar todas as coisas consideradas naturais, criada pelo médico, botânico e zoólogo sueco, Carl Von Linné (tendo esse último nome sido abrasileirado para Lineu).

As categorias são, em ordem decrescente (o maior abrange a variedade dos menores) são:

– Reino;
– Divisão;
– Classe;
– Ordem;
– Família;
– Gênero;
– Espécie.

Oleaceae

Dentro das espécies, ainda se pode dividir as plantas em subespécies, variedades e formas.

As plantas são nomeadas cientificamente de forma específica, para que em qualquer parte do mundo ela não seja conhecida por nomes populares ou locais, mas de uma maneira única.

As plantas da família Oleaceae

As Oleaceae, dentro dessa classificação, são as integrantes da família de plantas angiospérmicas, que são as que possuem flores e pertencem à ordem das Lamiales. Tal ordem pertence à classe das Magnoliopsidas, que contempla as plantas dicotiledôneas: aquelas cujas sementes possuem dois embriões.

Segundo estudos, há 30 gêneros da família Oleaceae no mundo, entre os quais os gêneros Fontanesia, Jasminum, Osmanthus, Ligustrum e Syringa entre outros, totalizando aproximadamente seiscentas espécies diferentes. No Brasil, há registro de 15 espécies e quatro gêneros diferentes de Oleaceaes, localizados em 13 dos estados brasileiros, em todas as regiões do país. Entretanto, de acordo com o Ministério do Meio Ambiente, em sua instrução normativa, a família da Oleaceae é parte do bioma da Mata Atlântica, necessitando de autorização do órgão para coleta.

Sua origem advém do oriente do Mar Mediterrâneo e do norte do Irã e são atualmente distribuídas em regiões temperadas e tropicais em todo o mundo. É comum considerarem a Oleaceae como a família da Oliva, pois seu nome é originário da oliveira, mas o fato é que nela há várias espécies diferentes de plantas, entre árvores e arbustos que possuem valor comercial e ornamental, das quais são exemplos:

– Trepadeiras como jasmineiro do campo, jasmim dos poetas;
– Árvores como Ligustro, Alfena, Santoninhas, Oliva, Oliveira-brava, Zambuzeiro;
– Arbustos como o Jasmim-Amarelo, Giestó, Osmanto, Lilazeiro.

Informações

Muitas características são comuns às plantas que fazem parte da família Oleaceae e ajudam a identificá-las. Em geral, são plantas perenes, arbustivas, arbóreas e lianas, que são espécies de trepadeiras lenhosas.
Suas flores costumam crescer aglomeradas em pequenos buquês, o que é chamado de inflorescência cimosa. Elas surgem especialmente na primavera, são actinomorfas, ou seja: tem partes em pares, dando uma certa simetria, com as anteras e os estames. São flores geralmente discretas, tubulares, usualmente são perfumadas e predominantemente brancas, amarelas ou rosadas e em sua grande maioria bissexuadas (possuem os órgãos dos dois sexos e se autopolinizam), são em sua maioria diclamídeas, o que significa que possuem cálice e corola. Apesar da incidência de flores unissexuadas ser muito menor, são facilmente polinizáveis por abelhas e por borboletas, pela beleza e visibilidade das flores coloridas e também por moscas que buscam néctar, atraídas pelo seu odor agradável.

Seus frutos são dos tipos baga, drupa, cápsula ou sâmara e são distribuídos em reprodução por animais ou pelo vento, quando do tipo cápsula. As folhas das plantas dessa família tem tendência a serem opostas, simples ou compostas, às vezes alternas e destituídas de estípulas.

Utilização das plantas da família Oleaceae

As plantas Oleaceae podem ser utilizadas para vários fins, sendo os principais o paisagismo e utilização em empreendimentos comerciais. Algumas espécies, como Forsythia Jasminum, de cor vibrante e agradavelmente perfumadas durante a primavera e Fraxinus, que apresenta coloração acentuada nos meses de outono, são utilizadas com fins de ornamentação.

Além do seu valor nos ecossistemas, sendo fonte de alimento e habitat para animais e a vida selvagem em geral, há inúmeras utilidades para os vários exemplares de Oleaceae, como por exemplo:

– A azeitona, famoso fruto da oliveira, consumada in natura ou em conserva e através da produção de azeite de oliva, rica em ácidos graxos insaturados, aumenta os níveis do bom colesterol e possui vitaminas A, C, B1 e B2. Seu chá libera os sais minerais contidos na fruta: magnésio, potássio, manganês, fósforo, zinco, cobre e selênio, tem ação antioxidante, efeito diurético e auxilia no tratamento de várias afecções cardiovasculares;
– Ligustro ou Alfeneiro, de utilização ornamental, sua árvore atinge até 10m de altura e 70cm de diâmetro de tronco, produz flores brancas durante a primavera e verão, muito perfumadas que surgem nas pontas de seus galhos e dá, durante o inverno, frutos de cor azul escura que se assemelham a pequenas uvas. Sua copa arredondada e folhagem verde e densa se presta à arborização de ruas e parques, passeios e praças. Antigamente, através de suas folhas e frutos, era utilizado para tingir tecidos em seus locais de origem: Japão, sul da África e Coreia;
– Zambujeiro, presente no entorno da região do Mar Mediterrâneo, fornece madeira dura e compacta que é passível de ser trabalhada e polida e também se presta a fonte de combustível de excelente qualidade. A azeitona produzida pelo Zambujeiro é alimento predileto de várias espécies de animais e contem grande quantidade de azeite que possuem inúmeras utilidades. Suas folhas possuem utilização medicinal, servindo para tratamento, inclusive de hipertensão e diabetes.

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