Regras da Ginástica artística – Salto sobre a mesa, Barras Paralelas e Barra Fixa

Educação Física,

Regras da Ginástica artística – Salto sobre a mesa, Barras Paralelas e Barra Fixa

Complexa, técnica e totalmente dependente da força de todos os membros, a ginástica artística é um dos esportes mais bonitos e de movimentos mais complexos que existem. Não por menos, seus movimentos inspiram praticamente todos os outros esportes que exigem acrobacias e movimentos técnicos corporais, sejam em equipamentos, como a ciclismo BMX, seja em corridas, como o free running e o parkour, ou mesmo na água, como nos saltos ornamentais. Em todas as situações, é a partir das acrobacias da ginástica que surge a maioria dos movimentos desses esportes.

Ainda assim, os exercícios de ginástica baseada no trabalho solo normalmente tratam primeiro de um complexo condicionamento físico, uma carga exaustiva de treinos para fazer dos movimentos acrobáticos algo natural e, principalmente, grandes noções de equilíbrio. Por tudo isso, a prática dos exercícios de ginástica, seja a artística, a de salto, a em barras paralelas ou a ginástica em barra fixa, se tornam cansativos, complexos e muito exigentes com o corpo, desencorajando para muitos a sua prática e o seu desenvolvimento dentro de vários contextos sociais.

Ginástica artística

A história da ginástica

Muito mais antiga do que a maioria dos outros esportes, a ginástica já tem referências de sua existência no Egito antigo, de onde já foram encontradas imagens de pessoas praticando acrobacias em diversas formas diferentes. Porém, o desenvolvimento da ginástica artística como esporte, se deu na Grécia, onde o helenismo e o cultivo do corpo se tornaram uma marca da época, com a busca de exercícios cada vez mais complexos, que exigiam mais e mais do corpo.

Nestes exercícios, paradas de mão, giros, movimentos com saltos e precisão técnica passaram a se tornar cada vez mais frequentes, valorizando o desenvolvimento físico e o equilíbrio das pessoas. Ainda assim, a ginástica não chegou a fazer partes das olimpíadas gregas, caindo em desuso com a queda da cultura helenística dos gregos.

Durante o império romano, a prática dos mesmos exercícios foram voltados para as atividades militares, para o condicionamento físico dos guerreiros e os mantendo sempre com todos os membros ativos. Depois desta época, a ginástica continuou no ostracismo, voltando a ter destaque somente no século XIX com o alemão Ludwig Christoph Jahn, que fundou uma escola para a livre prática da ginástica. Ainda no mesmo século, nascem escolas em várias nações, entre elas, a Bélgica, que dá origem à Federação Europeia de Ginástica.

As diversas categorias de ginástica

Por favorecer o desenvolvimento corporal em vários sentidos, a ginástica se dividiu em diferentes modalidades. Respeitando as características físicas e as diferenças fisiológicas entre homens e mulheres, foram criadas formas diferentes de competição. Assim, para os ginastas do sexo masculino é possível competir em:

• Ginástico solo

• Ginástica no cavalo com alças

• Ginástica de argolas

• Ginástica de salto sobre o cavalo

• Ginástica em barras paralelas

• Ginástica em barra fixa

Já para as mulheres, existem menos modalidades possíveis em ginástica solo. São elas:

• Ginástica solo

• Ginástica de salto sobre o cavalo

• Ginástica em barras assimétricas

• Ginástica na trave

Em todas elas, existem algumas regras que precisam ser seguidas. Entre elas, podemos destacar:

• Precisão dos movimentos – quanto mais precisos os movimentos e quanto maior a exatidão dos movimentos, maior será a nota do atleta;

• Graciosidade da execução – embora acreditem que esse critério é utilizado apenas nas provas femininas, as provas masculinas também recebem este tipo de avaliação. Aqui, é importante não demonstrar o esforço na execução dos movimentos, sorrir ou manter a seriedade e, acima de tudo, não se desconcentrar;

• Complexidade dos movimentos – em todas as provas, existem vários critérios que precisam ser cumpridos durante uma prova. Porém, essas acrobacias podem ser combinadas com outras, que dão origem a uma movimentação diferente na apresentação de cada atleta. Quanto maior a dificuldade dos movimentos executados, maior a nota;

• Entrada na prova – quando o atleta entra na área de competição, sua posição inicial ou a forma que ele sobe no aparelho faz toda a diferença no seu início;

• Finalização da apresentação – em ginásticas de solo, o atleta deve terminar a prova em um raio de 1 metro quadrado de distância de onde começou. No caso dos exercícios em barras, sobre o cavalo ou nas argolas, a forma como o atleta sai define sua pontuação final.

A fisiologia da ginástica

Um ponto de grandes estudos dentro da ginástica é a questão fisiológica do esporte. Pela complexidade dos movimentos, pessoas mais baixas levam vantagem em sua execução, sendo que o impulso e a tendência física tendem a serem igualmente necessários. Portanto, pessoas baixas e fortes normalmente são o biotipo que identifica os atletas da ginástica.

Para a prática dos exercícios de ginástica, considera-se a altura de 1,70 m o limite, sendo que pessoas maiores que isso tendem a ir para outros esportes como os saltos ornamentais ou salto com vara. Ainda assim, nos anos 80, vimos alguns atletas do leste europeu com alturas que quebravam este paradigma.