Resumo Paralimpíadas

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Resumo Paralimpíadas

Historicamente, indivíduos com deficiência sofrem diversos tipos de descriminação e, por consequência, sentem-se desestimulados por sua condição. Por isso, as Paralimpíadas são eventos que visam integrar essas pessoas e elevar a sua autoestima, tanto como esportista quanto como cidadão. Os Jogos Paralímpicos apresentam um programa com 27 atividades adaptadas ou exclusivas. É importante destacar que duas novas modalidades passarão a ser disputadas na edição de 2020. Conheça mais sobre a história das Paralimpíadas a seguir.

Resumo Paraolimpíadas

A História das Paralimpíadas

Trata-se do principal encontro de atletas com deficiência no mundo. Ele reúne participantes com variadas limitações de mobilidade, de visão, amputações, paralisa mental, entre outras. Os primeiros jogos paralímpicos se deram em 1960, em Roma, capital da Itália. Essa iniciativa foi baseada nas competições esportivas para deficientes físicos realizadas na cidade inglesa de Stoke Mandeville. Em sua origem, a meta era restabelecer os militares que se feriram durante a Segunda Guerra Mundial.

Devido ao bom retorno dessas empreitadas iniciais, o movimento paralímpico ganhou força em muitos países. Em 1976, 40 nações já participavam das competições para deficientes. Ainda no mesmo ano houve a edição de estreia dos Jogos de Inverno e com eles uma nova oportunidade para pessoas com deficiência praticarem modalidades esportivas em nível profissional. Sendo assim, após as Olimpíadas de 1988, sediada em Seul (Coréia do Sul), o suporte do Comitê Olímpico Internacional viabilizou o estabelecimento do Comitê Paralímpico Internacional (IPC, na sigla em inglês) no ano seguinte. Desde então, ambos os eventos passaram a acontecer na mesma cidade. Outro marco na trajetória das paralimpíadas foi em 1992, nos Jogos de Barcelona, quando os comitês responsáveis pelas Olimpíadas e pelos Jogos Paraolímpicos atuaram em conjunto pela primeira vez. O sistema classificatório passou a englobar um número maior de condições físicas e também a separar os atletas pelo grau e forma de deficiência.

Hoje, o IPC é constituído por 165 Comitês Paralímpicos Nacionais (CPN), bem como por quatro federações internacionais de esportes que regem determinadas deficiências. Essa entidade tem a função de coordenar tanto os Jogos Paralímpicos de Inverno quanto de Verão. Além disso, o IPC funciona como uma Federação Internacional para 9 modalidades desportivas e, como tal, deve ordenar Campeonatos Mundiais e demais competições para todas as modalidades que regula. Desde Atenas, em 2004, foi abolido o valor de inscrição para atletas das Paralimpíadas. Tal iniciativa busca acabar com qualquer disparidade entre os Jogos Olímpicos e Paralímpicos.

Lista de Esportes do IPC

• Biatlo: modalidade para pessoas com deficiência visual e física, divididas em três grupos. Em sua versão olímpica, o biatlo combina a precisão da prova de tiro e o vigor do esqui cross-country;

• Atletismo: oferece percursos para todas as deficiências e diferentes graus de intensidade, com competições para cadeirantes, para atletas com próteses e deficientes visuais que correm junto com um guia;

• Levantamento de peso: para as Paralimpíadas, o levantamento de peso comum é realizado por paraplégicos, esportistas com paralisia cerebral e amputados dos membros inferiores;

• Natação: é uma das modalidades mais concorridas dos Jogos, conta com a participação de deficientes visuais e físicos conforme os seus resultados em cada tipo de nado. É proibida a utilização de próteses ou qualquer outro recurso que ajude o competidor, com exceção dos tappers, que orientam os deficientes visuais sobre a proximidade da borda da piscina;

• Esqui cross-country: prevê a participação de deficientes físicos e visuais;

• Esqui alpino: recebe esportistas amputados, atletas com paralisia cerebral, paraplégicos e deficientes visuais, que são separados em três grupos. Há uma tecnologia que consegue adequar o tempo dos participantes conforme o grau de comprometimento para que todos possam disputar provas iguais;

• Hóquei sobre trenó: é a adaptação paralímpica do tradicional hóquei no gelo. Concorrem somente os atletas que tenham a mobilidade dos membros inferiores comprometida;

Existe ainda a Dança esportiva de cadeira de rodas, mas a modalidade não faz parte dos Jogos Paralímpicos pela pouca representatividade entre as federações nacionais.

Esportes com federações específicas

• Basquete em cadeira de rodas: estabelecido ao mesmo tempo no Reino Unido e nos Estados Unidos, o esporte é jogado por atletas em cadeiras de rodas. A altura da cesta e o tamanho da quadra são iguais ao do basquete tradicional;
• Canoagem;
• Badminton;
• Hipismo;
• Ciclismo;
• Remo;
• Curling em cadeira de rodas;
• Voleibol sentado;
• Rugby em cadeira de rodas;
• Tiro com arco;
• Tênis em cadeira de rodas;
• Tênis de mesa;
• Vela;
• Triatlo;
• Snowboarding;

Modalidades da OIED

• Esgrima em cadeira de rodas;
• Futebol de cinco;
• Futebol de sete;
• Judô;
• Bocha;
• Goalball.

Os excelentes resultados do Brasil nas Paralimpíadas

Os esportistas brasileiros destacam-se, sobretudo nas modalidades de atletismo e natação. Desde os Jogos de Atenas, a nação se coloca entre as potências paralímpicas, atrás apenas de Estados Unidos e Canadá no continente. Na edição mais recente da competição, que aconteceu no Rio de Janeiro, o Brasil totalizou 72 medalhas. Foi um salto significativo em relação às Paraolimpíadas anteriores, quando o país chegou ao pódio 43 vezes.