A Filosofia de Rousseau

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A Filosofia de Rousseau

Jean-Jacques Rousseau foi um filósofo suíço muito importante para a história da filosofia. Considerado um dos principais pensadores do iluminismo e responsável por anunciar o romantismo, Rousseau até hoje é conhecido pela sua filosofia que tem como essência a certeza de que o homem é um ser humano naturalmente bom, e a vida desse ser passa a ser subjugada com frequência pela sociedade.

Esse julgamento passa a expor a moral e outros aspectos de uma pessoa, como uma forma de depravação. A filosofia de Rousseau defende que o homem e o cidadão são paradoxos da natureza humana por conta do reflexo que ocorre entre as incoerências. Sendo que essas incoerências se instauram na relação de um determinado ser humano com um grupo social, e essa relação acaba que, inevitavelmente, o corrompendo.

Rousseau

As especulações feitas por Rousseau em sua filosofia referente à bondade natural do homem acabam não apresentando provas, o que passa a ser tecnicamente improvável. O filósofo acredita que o mal acaba surgindo por conta da necessidade que o homem possui de criar novas necessidades em sua vida, e é justamente neste momento que ele se transforma em uma criatura tecnicamente má.

Essa maldade é relativa, mas surge durante o seu processo de satisfazer seus novos desejos e necessidades. A sociedade passa a ter o poder de transformá-lo em uma criatura má com a intenção de prejudicar outras pessoas na busca pela sua satisfação. Por isso, Rousseau idealiza o ser humano em um estado selvagem, pois no seu estado normal ele é naturalmente caridoso e a sua essência é ser generoso.

A sociedade e a Filosofia de Rousseau

Para o filósofo Jean-Jacques Rousseau, a sociedade comete equívocos a todo momento e transforma o homem nessa criatura má e egoísta vista habitualmente no convívio com outras pessoas, ou seja, com a sociedade em si. O equívoco provocado pela sociedade permite que ocorra a prática de desigualdade a partir de um contexto social, onde o homem passa a adotar uma postura individualista e egoísta, sendo que a bondade inicial torna-se de forma “gradual” a sua maldade.

Rousseau também engloba o individualismo do homem nas práticas de ciúmes em um relacionamento afetivo, além da possibilidade de instaurar a propriedade privada com base na vida privada. As teorias levantadas por Rousseau eram muito debatidas entre as pessoas, pois por mais que ele afirmasse que o homem é naturalmente bom e muda seu comportamento conforme seu acesso à sociedade, muitos não conseguiam entender a sua lógica já que o filósofo não a comprovava.

Em suas obras “Contrato Social” e “Emílio, ou Da Educação”, que por sinal são obras consideradas essenciais para entender os pensamentos e filosofia de Rousseau, o filósofo diz acreditar na existência de um caminho que possibilita restaurar a bondade do homem. Esse caminho surge a partir da restauração de sua carência de igualdade em sua personalidade, pois é algo íntegro na natureza do ser. Rousseau afirma que a desigualdade social precisa ser eliminada, pois acaba privando o homem de sua liberdade.

A maldade humana segundo Rousseau

O filosofo, através de um discurso sobre a origem da desigualdade, passa a abordar a questão da maldade presente no homem, sendo que ele acredita em três etapas evolutivas na jornada do homem até chegar ao seu estado de maldade plena. O primeiro estágio descrito pelo filósofo no discurso sobre a origem da desigualdade diz que o homem encontra-se em um estado natural onde ele é subjugado pelos seus instintos e também pelas sensações, o que possibilita o seu domínio da Natureza.

O segundo estágio relata o homem em sua atitude selvagem, onde começa a desenvolver seus confrontos morais e imperfeições, até chegar ao seu terceiro estágio onde a sua condição como um homem relativamente civilizado passa a ser caracterizada pelos seus interesses intensos e privados que vão sufocar e colocar em jogo a sua boa-fé e moralidade. Sendo assim, ele explica que é justamente no terceiro estágio onde o homem torna-se uma figura egoísta e individual perdendo sua essência natural da bondade.

– Jean-Jacques Rousseau diz que todo o seu discurso na filosofia aponta para um aprendizado social, onde a figura do homem e do cidadão não é produzida como uma figura única e sim como um misto de ambos.

– Jean-Jacques Rousseau ainda compartilha que aliar os dois é uma forma de investir no saber do ser humano como um estágio natural, sendo que o cidadão terá sua plena existência a partir dessa condição.

– Jean-Jacques Rousseau diz, no quesito da educação, que é necessário saber se ocorre a necessidade de educar o homem ou o cidadão, pois para ele os dois não podem conviver dentro de um mesmo ser, pois são figuras opostas.

– Jean-Jacques Rousseau afirma que a formação natural de um homem ocorre dentro do seu lar com o convívio de familiares que podem permitir a volta de um ser natural vivendo de forma absoluta.