Equação do Fabricante de Lentes

Física,

Equação do Fabricante de Lentes

Pode ser que você nunca ouviu falar em equação do fabricante de lentes, mas provavelmente, pelo menos uma vez em sua vida escolar, ouviu algo a respeito da velocidade da luz. Mesmo quem ainda não estudou o tema a fundo, tem pelo menos uma noção do quanto à luz é capaz de viajar rapidamente no vácuo. Um exemplo disso é a luz do sol, que leva 8 minutos para chegar a terra. A velocidade percorrida chega a 300.000 km/s. Isso no vácuo! E se você já está imaginando que clicou no link errado, já que o tema é equação do fabricante de lentes e até agora não paramos de falar sobre a velocidade da luz, continue mais um pouco e você irá entender onde estamos querendo chegar. Pode parecer estranho, mas é a partir destes conceitos que poderemos entender a equação do fabricante de lentes.

Equação do Fabricante de Lentes

Estávamos falando sobre a velocidade da luz no vácuo, quando ela não encontra nenhum obstáculo pelo caminho. Agora vamos imaginar que há uma superfície translúcida no “caminho” por onde essa luz viaja. A luz viajará devagar nesse caso? Não. Mas a velocidade será a mesma? Não! A velocidade da luz sofre alteração para menor sempre que houver um obstáculo em sua trajetória. Ao ler um tema como esse, é automática a forma como imaginamos os raios solares atravessando uma vidraça. É claro que esta é a primeira impressão que temos da viagem da luz, talvez o primeiro exemplo que tenhamos ouvido em sala de aula.

É uma situação legítima de deslocamento da luz, mas o conceito da velocidade da luz através de uma superfície vai muito além disso. Vamos pensar de forma mais ampla: nem todo corpo que vai ser atravessado por uma luz é igual. Pense que nem todo “vidro” é plano, e será que quando a superfície for sinuosa, isso também influenciará na variação da velocidade? A essa hora, você já deve estar se perguntando o que a equação do fabricante de lentes tem a ver com tudo isso? Tudo a ver! Sabe por quê? Simples: quando pensamos na janela, trata-se de uma superfície de vidro reta. Mas você já parou para pensar que a luz também pode atravessar lentes? Trata-se do melhor exemplo de superfícies translúcidas, mas que estão longe de serem planas.

Como a luz atravessa as lentes?

Dioptro é o nome que se dá ao encontro do vidro com o ar, da água com o ar ou da água com o vidro, por exemplo. E cada dioptro costuma apresentar um diferente grau de refração. E é exatamente esse grau de refração que determinará a velocidade da luz ao atravessar cada dioptro. Ou seja, com qual velocidade a luz atravessa as lentes.

Pense em uma superfície convexa, como a parede de uma esfera. Neste caso, os raios de luz podem ser concentrados em um único ponto de convergência ou desviados. É essa configuração que vai determinar se as imagens serão vistas em tamanho maior ou menor. Em sua posição original ou invertida. Agora vamos entender a relação das lentes com os dioptros. Vamos pensar que cada uma delas, possui dois dioptros, um de cada lado da superfície. Pense que se uma superfície é convexa, do outro lado, ela será côncava. O ponto central da curvatura, denominado Raio de Curvatura será positivo na superfície convexa e negativo na côncava. Se a face fosse plana, o raio seria infinito.

A cada vez que a luz atravessa as lentes, ela tem como objetivo convergir para um único ponto, denominado foco. Ou seja, a lente terá a função de desviar todos os raios que chegarem a ela para o foco. E quanto menor o foco, maior deverá ser essa capacidade de convergência, denominada Vergência. A vergência será sempre inversamente proporcional à distância do foco. E para cada caso em que a luz atravessa as lentes, essa vergência pode variar.

E onde entra a equação nessa história

Pois bem, não acabamos de falar que a vergência pode ser calculada, baseando-se na proporção que representa? Então é aí que entra a equação. Vamos explicar:

V = 1/f

  • V= Vergência
  • f = distância entre o foco e o vértice da lente
  • O foco será sempre medido em metros (m) e a vergência em dioptrias (di), de acordo com o Sistema Internacional de Unidades.

Veja que se trata de uma equação bem simples e todos esses valores podem ser facilmente encontrados quando da necessidade de fabricar uma lente. Por isso é denominada Equação dos Fabricantes de Lentes.

Isso porque cada lente deve ser fabricada de acordo com o grau de convergência necessário para que os raios cheguem ao foco e possibilitem a formação de uma imagem nítida, sem desvios. E na hora de planejar essa fabricação, entra a equação para que o trabalho englobe precisão e o resultado obtido seja satisfatório.