Lançamento Oblíquo: Teoria e Prática

Física,

Lançamento Oblíquo: Teoria e Prática

Um dos grandes diferenciais da física com relação às outras matérias que estudamos na escola é a forma que encontramos a sua aplicabilidade. Não que as outras matérias disponíveis no currículo escolar também não possam ser vistas em vários momentos do dia e da vida, mas na física podemos encontrar a aplicação de seus conceitos nas situações mais divertidas, o que pode influenciar bastante no aprendizado do conteúdo.

Verdade seja dita, a química também é uma matéria divertida de ver seus conceitos aplicados na prática, mas a física, com certeza, podemos encontrar em mais exemplos que acontecem em nosso dia a dia. E por cima da maioria dos conceitos da física está a gravidade. Em praticamente tudo que fazemos ela existe e, como conceito macro, ela continua sendo uma excelente opção de exemplo para fazer estudantes que não gostam de física se interessar pela matéria.

Lançamento Oblíquo

Acontece que a gravidade oferece vários outros conceitos que podemos utilizar na física, e entre eles está o lançamento oblíquo. Embora o conceito envolva uma série de teorias de nível intermediário de interpretação, na prática vemos ele sendo utilizado em praticamente todos os esportes que existem e em quase todos os dias sem nem repararmos. Ainda confuso sobre o lançamento oblíquo? Pois não fique. Estamos aqui para ajudar.

Lançamento oblíquo na prática. Onde os movimentos acontecem.

Conforme falamos, o lançamento oblíquo está em praticamente qualquer esporte que exista. Mas para não parecer que estamos exagerando, vamos pegar os esportes que utilizam bola. Pode ser qualquer um: o futebol, o vôlei, o golfe e até a sinuca (embora este último exemplo possa utilizar outros conceitos que não apenas o lançamento oblíquo). Em qualquer esporte que a bola, ao ser lançada, faz um movimento circular pode ser utilizado como exemplo para falar sobre o lançamento oblíquo.

A essa altura você já deve ter entendido que o lançamento oblíquo é o movimento angular que qualquer objeto faz ao ser lançado horizontalmente, fazendo um trajeto vertical e horizontal, para logo em seguida sofrer os efeitos da gravidade e parar totalmente. Vale lembrar que o lançamento oblíquo, para acontecer de fato, precisa ter um ângulo em seu lançamento (o que impossibilita que a maioria das jogadas da sinuca tenham tal efeito), ou seja, o objeto é, pelo menos, arremessado e depois vai em direção ao chão, fazendo um ângulo que pode ser calculado de acordo com a variação de sua aceleração gravitacional, representado universalmente na física por (g).

É importante entender que no lançamento oblíquo, durante a subida, o movimento é progressivo, o que varia de acordo com o deslocamento do objeto, que sempre é feito em sentido crescente na trajetória, e retardado, pois quanto mais próximo ao seu pico ele chega, menor a força de progressão que ele encontra.

Isso tudo significa que o lançamento oblíquo, apenas em sua primeira fase, tem uma variação de progressão, pois começa em potência máxima e sofre um retardo em sua aceleração ao chegar ao pico de sua trajetória, momento a partir do qual ele vai em direção ao chão e retoma a aceleração. Neste momento, temos o segundo ciclo do lançamento oblíquo, quando o objeto começa na aceleração mínima do primeiro momento e depois faz uma progressão até chegar à velocidade máxima até ser barrado.

Neste caso, é importante entender que, se um objeto (no caso, uma bola) é lançado a 1,80 metros do chão (como em um saque do basquete), ele subirá e descerá, sendo que, quando estiver novamente a 1,80 metros do chão aproximadamente, tenderá a ter a mesma força do momento logo em seguida de seu lançamento, sendo que, a partir daí, o objeto terá um acréscimo em sua velocidade até tocar o solo.

Lançamento oblíquo na teoria. O lugar onde as contas acontecem.

Outro fundamento importante no lançamento oblíquo é o fator tempo. Neste caso, o tempo sempre estará associado à força aplicada no lançamento do objeto, sendo que, quanto mais alto ele for lançado, maior será o seu tempo de permanência no ar. Mas neste caso excepcionalmente, é importante se lembrar da pressão que a gravidade fará em tal objeto.

Dessa forma, quanto mais alto um objeto for, maior será o efeito da gravidade nele, o empurrando mais rapidamente para baixo. Por isso, ao lançar um objeto, não adianta apenas mandá-lo o mais alto o possível, pois isso fará com que ele caia mais rápido no chão. Justamente por isso, quando vemos os lançamentos de objetos, eles ocorrem de maneira oblíqua, tentando mantê-los o maior tempo possível no ar, para percorrer assim uma distância maior.

Com tudo isso, percebemos que para calcular o lançamento oblíquo, precisamos identificar a força aplicada, o tempo entre o lançamento e a chegada ao destino e a distância percorrida. A partir desta informação, fica mais fácil de identificar quais serão as equações utilizadas no cálculo da força oblíqua aplicada.