Movimento Retilíneo Uniforme

Física,

Movimento Retilíneo Uniforme

No estudo da física, o MRU, ou movimento retilíneo uniforme, é assim qualificado em função da sua igualdade no que se refere aos espaços em intermitências de tempo consideradas idênticas. Todo esse processo insinua que a velocidade envolvida é constante, ou seja, não sofre aceleração.

Em outras palavras, o movimento retilíneo uniforme é classificado como a movimentação de um corpo móvel cujo objeto se encontra relacionado a um referencial. Tal movimentação é caracterizada como invariável uma vez que é submetida na extensão de uma reta.

Retilíneo Uniforme

Para entender melhor, preste atenção nesse exemplo: imagine uma pessoa que percorre intervalos idênticos em tempos também idênticos. Supomos que ela demore em torno de dois segundos para percorrer uma distância de 10 m. A partir desse raciocínio entendemos que, quando ela está a 10 m, o tempo que se passou foi de dois segundos. Em 20 m, o tempo que se passou foi de quatro segundos e assim por diante.

Portanto, se fizermos o cálculo da sua velocidade em todas as disposições citadas acima, tendo como base a posição inicial que é zero, podemos dizer que a pessoa cursou distâncias análogas em espaços de tempo também análogos. Assim, concluímos que no movimento retilíneo uniforme, a velocidade instantânea e a sua velocidade são idênticas.

Função horária do movimento retilíneo uniforme

Quando a localização de um corpo móvel é representada ou fornecida em algum instante no tempo, estamos falando da função horária de um determinado movimento. A partir dela, seremos capazes de avaliar e distinguir certas posições cujo corpo móvel já passou ou poderemos antecipar as suas possíveis posições relacionadas ao seu movimento.
Para conseguirmos definir qual a velocidade exata de um corpo móvel, dentro do movimento retilíneo uniforme, teremos que deduzir a sua função, aqui representada pela fórmula V = S/T e para ter como base o ponto inicial de partida, deve ser utilizada a significação de velocidade.

Então vamos por parte. Primeiramente, teremos que definir qual a velocidade de um corpo móvel no MRU. Para isso, basta trabalhar a fórmula principal, citada acima, que descreve este movimento. Nesta fórmula, existem dois pontos a serem analisados: a variação de tempo ou de intervalo de tempo (T) e a variação de espaço ou de descolamento (S). O resultado será a velocidade calculada (V). Veja o exemplo:

• Um caminhão localiza-se no km 32, em relação a uma estrada qualquer. Nesse exato momento, o motorista olha o seu relógio e percebe que são 13h. Em seguida, o veículo já está no km 160. Outra vez, o motorista observa o relógio e vê que são 14h30min. A partir dessa situação, podemos calcular a sua velocidade, avaliando que a constante é igual ao longo de toda a trajetória. Relacionando os dados e aplicando aos tópicos da fórmula, chegamos ao resultado final de que a velocidade calculada é de 85,3km/h.

Agora, para calcularmos e determinarmos o deslocamento de um corpo móvel no movimento retilíneo uniforme, a fórmula a ser utilizada é S = V x T, em que o deslocamento é significado pelo “S”, a velocidade representada pelo “V” e o tempo de movimento caracterizado pelo “T”. Confira no exemplo:

• Considere um carro em movimento numa determinada estrada. A sua velocidade constante é de aproximadamente 80 km/h. Com isso, entendemos que após mais ou menos uma hora, a distância percorrida será de 80 km. Dessa forma, depois de duas horas, a distância será de 160 km. E depois de três horas 240 km e assim sucessivamente. Portanto, para se chegar a esse resultado e ser possível determinar qual foi o deslocamento do carro, foi feita, de acordo com a fórmula acima, a multiplicação da velocidade e do tempo de movimento.

Por outro lado, se a nossa intenção é calcular o tempo que o corpo móvel leva para percorrer determinada distância, devemos utilizar a fórmula T = S/V, sendo que o “T” representa o tempo, o “S” quer dizer o deslocamento e o “V” significa a velocidade. Analise o exemplo:

• Supomos que uma empresa aérea esteja testando um novo avião. De acordo com os engenheiros, esse avião é perfeito para fazer viagens de distâncias curtas ou que liguem cidades com porte médio. Imaginando que a velocidade média que o avião atinja no ar seja equivalente a 800 km/h e que o tempo médio que ele gaste para realizar o percurso fique em torno dos 1480 km, concluímos que, segundo os dados aplicados na fórmula citada acima, o tempo gasto é de 111 min ou 1h51min.

Portanto, o que fica visível em todos os exemplos citados anteriormente é que a fórmula base, que calculou o resultado dos três vetores (velocidade, tempo e deslocamento), é sempre a mesma. O que muda é o posicionamento desses vetores dentro da fórmula para se chegar à resposta desejada para cada um desses itens.

Os vetores velocidade, deslocamento e tempo

Dentro da física, inclusive no movimento retilíneo uniforme, os vetores tempo, deslocamento e velocidade são utilizados para calcular os seus respectivos resultados quando referido ao movimento de um corpo. Para entendermos melhor, confira abaixo uma explicação a respeito de cada um deles.

A velocidade é considerada como a movimentação descrita por corpos que possuam velocidade invariável em uma linha reta. No entanto, para que isso seja possível, é necessário que o resultado entre as forças que agem sobre o objeto seja igual a zero ou nula.

Já o deslocamento, que é constituído por sentido, direção e módulo, é caracterizado como a flexão de posicionamento de um determinado objeto a certo espaço de tempo. Logo, esse deslocamento é obtido através da divergência em torno do posicionamento de início e de final.

Quando se fala em tempo, entende-se que, no estudo da física, podemos defini-lo por meio do instante, que é determinado pela localização de um acontecimento no tempo e através do intervalo, que é apontado por vários instantes ou espaços de tempo.