Migração e fluxo gênico

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Migração e fluxo gênico

Na história da Terra, muitas migrações ocorreram a ponto de contribuir para a variedade gênica de espécies aumentando ainda mais a quantidade de novo genes e o surgimento de novos grupos populacionais.

Migração e fluxo gênico

Os eventos migratórios também são conhecidos como fluxo gênico, no qual há a disseminação de genes tanto por imigração ou por emigração e que influenciam na identificação e propagação de novos genes, proporcionando uma estabilidade que fica mais acessível a estudiosos analisarem a diversidade e trabalharem na redução de diferenças entre organismos distintos ou similares.

Dentro desse aspecto, é preciso entender o que é esse processo, suas características e alguns empecilhos que podem interferir no progresso desse fluxo.

Definição

Fluxo gênico é o movimento dos genes de um grupo populacional para outro. Esse efeito migratório é feito de uma maneira específica, no qual há o processo de fertilização que pode variar dependendo das frequências de genes entre as populações, a quantidade de seres que se migram e até a quantidade de indivíduos férteis, como é o caso de sementes ou outros seres vivos.

Esse fluxo também é conhecido como escape gênico, relacionado a uma propagação incontrolável desses genes em qualquer área.

Contudo, esse efeito apresenta algumas funções que promovem o desenvolvimento de novas populações. Uma delas é que o fluxo torna mais próximo as frequências gênicas de forma mais rápida, causando uma variedade ainda maior de combinações de genes e seres. Analisando a situação como cadeias evolutivas, essa força migratória pode nivelar a frequência genética de uma determinada população, trazendo uma mediação e uma maior integração entre espécies, mantendo-as unidas.

Outra característica fundamental desse fluxo é que pode haver adições de novos materiais genéticos ou na remoção de materiais já existentes. Dos dois lados, o efeito pode influenciar e muito no número de indivíduos similares ou diferentes dentro da população. Esses indivíduos podem ter detalhes particulares devido a essa mudança brusca e rápida.

Além disso, outra característica é a mobilidade. Animais se movem mais rápido do que as plantas, daí a variedade ser maior em animais do que em vegetais. Uma mobilidade constante ou mesmo mais rápida intensifica o ciclo migratório e maior variação de genes nos indivíduos.
De modo geral, podem-se expor os dois principais efeitos desse fluxo:

  • Contato interno: há a possibilidade de introdução ou reintrodução de genes, tornando mais diversificado as espécies presentes no grupo;
  • Contato externo: se houver uma movimentação mais rápida, é possível que populações que estejam distantes tenham características similares. Se o fluxo for menor, as populações podem desenvolver ainda mais espécies, aumentando a catalogação de especiação.

Barreiras sobre o fluxo gênico

Para entender de que forma essas barreiras podem interferir nesse fluxo, é necessário compreender que há uma relação entre esse processo com a seleção natural. Dependendo da situação, se a seleção natural se mostrar ineficiente ou com pouca probabilidade de força no ambiente, é muito provável que a migração integre mais rapidamente duas populações distintas. Em contrapartida, se a seleção natural for mais forte e intensa, há a probabilidade do fluxo não ser o suficiente para manter as populações equilibradas e semelhantes.

Avaliando esse caso, os seres vivos, antes de migrarem, já passam pela seleção natural que é resultado de alguns aspectos:

  • A inserção e a adaptação do ser vivo a um ambiente diferente do que já está acostumado;
  • Já estando adaptado, o indivíduo passa a manifestar ações condizentes ao ambiente ou à população presente;
  • Demonstração de capacidade de sobreviver em locais diferentes, a ponto de se defender e se nutrir sem dificuldade.

Contudo, mesmo que haja essas vantagens devido à seleção natural, o fluxo pode sofrer barreiras que atrapalham a cadeia evolutiva dos genes e na maior variedade de espécies. Duas delas são as mais comuns, porém há outras barreiras que ocorrem dependendo da espécie, como é o caso dos polinizadores em plantas floríferas.

A barreira física decorre por conta de alterações climáticas, geológicas ou evento natural que disperse esses genes por correntes marítimas ou ventos. É chamada de barreira física porque é algo mecânico ou morfológico. Com o decorrer do tempo, outras barreiras se desencadeiam da barreira física que também atrapalham o fluxo. Algumas delas são as inviabilidades de descendência entre as espécies devido à dificuldade de sobreviverem no ambiente, a evolução dos locais onde se situam ou até rituais de acasalamento que ocorrem em épocas diferentes, entre outras situações.

Já a barreira de isolamento se dá por conta da falta de encontro entre as populações. Elas simplesmente não conseguem se encontrar, e em virtude disso, a migração cessa repentinamente. A falta de diferença genética entre as duas fica evidente, tornando necessário algum aspecto novo que faça o impedimento do fluxo.

Sem essas barreiras, o fluxo tem um caminho livre para proporcionar a evolução de novas espécies de forma independente.