Sedimentação do solo

Geografia,

Sedimentação do solo

A sedimentação é o nome dado para o procedimento de deterioração do solo e das rochas em um determinado ambiente. Essas alterações são causadas por fatores externos ou ainda exógenos que afetam o terreno. Como resultado, as rochas metamórficas e ígneas tornam-se sedimentares. Para explicar melhor o assunto, vamos a algumas definições importantes:
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• sedimentos: são partes de rochas ou de solo desagastados até se transformarem em pedaços menores ou mesmo em pó ou poeira. É a partir da aglutinação de tais sedimentos que as rochas do tipo sedimentar são compostas. Porém, para tanto é necessário que haja condições adequadas de temperatura e pressão;

• rochas ígneas: os representantes dessa categoria são chamados ainda de rochas magmáticas, pois se formam quando o magma derretido ou derretido parcialmente é resfriado;

• rochas metamórficas: rochas metamórficas são consequência de modificações na rocha de origem, referido como protólito. As transformações podem ser causadas tanto por fatores químicos quanto físicos. Vale salientar que as rochas metamórficas surgem de rochas ígneas, sedimentares e até de outras rochas metamórficas.

Água e vento: principais causas da sedimentação do solo

De modo geral, os sedimentos podem ser formados tanto pela incidência de ventos quanto pela água. Quando o fenômeno se dá pela água, as causas são as mais variadas, como chuvas, água de lagos, rios ou do mar. A rapidez do processo depende da intensidade e da frequência do agente, além das características do solo. A lavagem da camada mais superficial do solo é conhecida como lixiviação e envolve a condução de sedimentos. Esse descolamento tende a terminar em alguma fonte de água.

Em período de chuva, a água atinge o substrato de modo mais direto, levando às vezes a rachaduras pequenas. Isso auxilia na separação em fragmentos sedimentares. O mesmo acontece em caso de enxurradas que aceleram o desgaste descrito.

Os rios, ao longo do seu trajeto, propiciam a sedimentação pelo volume da água que quebra as rochas em pedaços menores e desgasta o solo. O acúmulo de sedimentos no curso do rio é intitulado de assoreamento.

Quando se trata do mar, há fatores bastante particulares a serem considerados, pois as ondas possuem um papel central no aspecto de seu entorno. Para ilustrar tais ocorrências, basta pensar nas praias. Afinal, esses locais contam com formações rochosas que sofrem erosão à medida que a água se choca contra elas. A areia que vemos não é nada além do que uma junção de sedimentos em formato de grãos.

Por sua vez, os ventos agem nas formas do relevo por meio do atrito nas rochas. As suas alterações costumam ser inconstantes, ainda que igualmente significativas. Com o passar do tempo, as rochas sofrem o desgaste e sedimentos diminutos são deslocados do seu ponto de origem. Na sequência, os pedaços rochosos são transportados e modelam novas áreas. É graças ao vento também que se originam os bancos de areia.

Assim que existe um grupo de sedimentos em um certo espaço, a temperatura e pressão propiciam o aparecimento de rochas sedimentares. Se essas rochas se encontram em larga escala, temos uma espécie particular de formação geológica, que são as bacias sedimentares. Inclusive, as províncias em questão por vezes vestígios fóssil e petróleo.

• Nos rios, a sedimentação leva ao fenômeno de assoreamento, potencialmente prejudicial para as formas de vida que ali habitam;

• Já próximo ao mar, a sedimentação gera as praias como conhecemos. As ondas são as principais responsáveis por partir as estruturas rochosas em grãos de areia;

• Os ventos transportam os sedimentos de um ponto a outro, contribuindo para o dinamismo das paisagens. Em decorrência do processo os bancos de areia são criados.

Agora que você já sabe como a sedimentação do solo ocorre, veja quais são as aplicações possíveis desse conhecimento.

A importância de se estudar a sedimentação do solo

Dedicar-se a pesquisas sobre sedimentação do solo tem grande relevância para a nossa relação com o meio-ambiente. Com base nesses estudos os especialistas compreendem melhor os efeitos das ações dos seres humanos no solo, no clima e nos cursos d’água.

No caso do Brasil, o foco deve ser nas intervenções atrópicas, ou seja, das pessoas. A utilização do solo sem nenhum critério é um dos problemas atuais que levam à erosão do relevo. Desse modo, observa-se o depósito de sedimentos em áreas inadequadas, bem como o assoreamento de barragens, entre outros.

Como o nosso país depende da energia proveniente sobretudo de usinas hidroelétricas, o acúmulo de sedimentos em reservatórios é bastante inconveniente. O assoreamento aumenta o volume de rios e lagos, o que leva os corpos d’água a transbordarem, originando as enchentes quando chove mais forte. Entre os demais danos estão a instabilidade dos relevos e o desequilíbrio da fauna e da flora dos meios aquáticos.

Conclui-se então que é fundamental conhecer os ciclos de erosão e sedimentação do solo para preservar a natureza.