Economia e Realizações e o Fim da Ditadura Militar no Brasil

História do Brasil,

Economia e Realizações e o Fim da Ditadura Militar no Brasil

Ditadura Militar no Brasil

A ditadura militar no Brasil começou em 1964 com o golpe que derrubou o presidente eleito João Goulart. Durante 21 anos, presidentes militares foram eleitos indiretamente pelo Congresso Nacional e seus dois partidos: Arena (situação) e MDB (oposição controlada pelo governo).

Durante este período, aconteceu o que os militares chamaram em suas propagandas de “Milagre Econômico”: a economia brasileira crescia a mais de 10% ao ano e obras majestosas foram realizadas durante o período. Acontece que, quando se trata de economia e política, milagres não existem.

O crescimento do Brasil foi ancorado em uma política do governo militar de investir grandes quantidades de dinheiro na infraestrutura brasileira e no crescimento da indústria nacional. Embora isso não seja algo ruim, o dinheiro para custear estes investimentos precisa vir de algum lugar: os bancos estrangeiros.

Obras como a Ponte Rio-Niterói, a Hidrelétrica de Itaipu, a Rodovia Castello Branco e outras obras gigantescas do período foram pagas com dinheiro de bancos dos Estados Unidos e da Europa, criando uma dívida externa astronômica para o país, que só foi sanada de vez entre 2003 e 2008. Os investimentos fizeram a indústria nacional se expandir, mas principalmente à base de montagens de matérias-primas vindas do exterior. Na prática, a indústria nacional continuava dependente.

A dívida externa brasileira foi um dos fatores responsáveis por fazer explodir a inflação da moeda brasileira no fim do governo militar, resultando em diversos planos Cruzeiros e Cruzados, até que o dinheiro brasileiro se estabilizou a partir do plano real.

Tanto as crateras econômicas, como os desgastes políticos e sociais do governo militar fizeram com que os presidentes promovessem uma transição “lenta, gradual e segura” para a democracia. O período dos governos militares no Brasil se estendeu até 1985, com a eleição indireta do primeiro presidente civil após a ditadura, Tancredo Neves. Embora muito festejado, Tancredo nunca viria a assumir, pois morreu antes da posse, deixando o cargo para seu vice eleito, José Sarney.