Resumo do Estado Novo: O Brasil na Segunda Guerra Mundial

História do Brasil,

Resumo do Estado Novo: O Brasil na Segunda Guerra Mundial

O que nos é ensinado sobre a atuação brasileira durante a Segunda Guerra Mundial infelizmente ainda é muito limitado. Por conta disso, neste artigo você vai conhecer um pouco mais sobre o Estado Novo, que nada mais é do que o ocorrido em território brasileiro durante o período da guerra.

O Estado Novo foi instaurado em todo território nacional por Getúlio Vargas, dando início no ano de 1937 e se estendendo até 1945. Esse foi o momento em que a população brasileira sentiu na pele os efeitos de um regime ditatorial, que teve como líder o presidente da época, Vargas.

Paralelamente ao Estado Novo, grandes potências de todo o mundo, com destaque para as europeias e norte-americanas, estavam em confronto no que foi caracterizado como a época da Segunda Guerra Mundial. Nesse momento, foram criados dois grandes grupos de ideais similares no mundo: o grupo das nações totalitárias, formado por Japão, Alemanha e Itália, e dos países democráticos, sendo eles Estados Unidos, Inglaterra e França. Com o decorrer do conflito, cada um dos grupos buscou apoio tanto político como também militar por outros países aliados.

O Brasil na Segunda Guerra Mundial

E uma coisa é certa: durante a Segunda Guerra Mundial, pouco se sabe sobre a verdadeira situação brasileira. Ela ficou totalmente indefinida, já que por um lado, o governo de Getúlio ficava do lado norte-americano ao receber do país altos empréstimos monetários, mas por outro, tinha proximidade com o modelo de governança fascista, com ditames totalitários de ideias nazifascistas.

Relação entre EUA e Brasil

Isso trouxe grande preocupação para os Estados Unidos, que tinham medo da possibilidade do Brasil se aliar com os ideais nazistas. Dessa forma, isso culminou em um empréstimo de cerca de 20 milhões de dólares, que foram destinados para a construção da famosa Usina de Volta Redonda. Um ano depois, o território norte-americano estava totalmente preparado para fazer parte dos campos de batalha, e dessa forma, pressionou o Brasil (politicamente falando) para que ele manifestasse apoio militar ao país.

Em agosto do ano de 1942, uma surpresa: o Brasil, por meio do governo de Getúlio Vargas, declarou guerra contra os alemães e italianos, que mantinham seus ideais de um governo totalitário e fascista. O país tinha como principal intuito aumentar as suas alianças com os Estados Unidos de forma política, reforçando também a relação com os militares norte-americanos.

Dessa forma, durante o ano de 1943, a FEB – Força Expedicionária Brasileira foi criada e organizada, com o destaque para os militares que lutaram então na Segunda Guerra Mundial. Porém, foi somente quase que um ano depois de criação da FEB que ela começou a participar dos conflitos, com a ajuda da FAB – Força Aérea Brasileira.

Uma das grandes ações durante a atuação do Brasil na Segunda Guerra Mundial foi contra a Itália, onde os militares combateram lado a lado com as forças estadunidenses. Nesse período, cerca de 25 mil militares brasileiros foram enviados para o continente europeu, entrando em conflito com as forças nazistas. Foram perdidos 943 homens e o desempenho brasileiro foi considerado satisfatório.

A criação do Estado Novo

Outro grande capítulo da Segunda Guerra Mundial envolvendo o território brasileiro é a criação do Estado Novo, por Getúlio Vargas, em 1937.

O período conhecido como ditatorial deu-se início quando Getúlio Vargas alegou que comunistas estavam tentando tomar conta do país. Dessa forma, o então presidente anunciou na rádio nacional o suposto Plano Cohen. Em um momento delicado na política de todo o mundo, Getúlio aproveitou as confusões da Segunda Guerra Mundial e a instabilidade financeira do país para dar um golpe de estado, no dia 10 de novembro. Getúlio foi apoiado pelos militares e por grande parte da população, com destaque para a classe média.

Durante o Estado Novo, o país passou por muitas mudanças. Uma delas foi a censura aos veículos de comunicação, principalmente com a criação do DIP – Departamento de Imprensa e Propaganda, que era o único veículo (governamental) autorizado para divulgar feitos do governo.

Além disso, ocorreu o controle aos sindicados, repressão e inimigos políticos e demais opositores, assim como total repressão às manifestações democráticas de cunho sociais e políticas, como greves, protestos e outros.

No período houve também a implantação de outra moeda, o cruzeiro, e a formação da CLT – Consolidação das Leis de Trabalho, que garantiu grande parte dos direitos dos trabalhadores conhecidos nos dias de hoje. Outro aspecto positivo do Estado Novo foi o desenvolvimento do setor industrial e investimentos voltados para a infraestrutura do país.

Em 29 de outubro do ano de 1945 o período ditatorial do Brasil chega ao fim por meio de um movimento militar que tirou Getúlio Vargas do poder. Isso ocorreu por conta de protestos realizados por grande parte dos brasileiros, com destaque para os intelectuais, profissionais liberais e demais indivíduos que queriam a redemocratização do país após o fim da Segunda Guerra Mundial.