Economia Feudal

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Economia Feudal

O feudalismo foi um momento histórico na linha da evolução da humanidade que perdurou principalmente ao longo da Idade Média na Europa Ocidental. Classificado como uma organização econômica, social e política, o sistema feudal tem muito que ser estudado.

Economia Feudal

Tendo sido um dos períodos históricos mais longos após o início do calendário cristão, o feudalismo esteve em alta entre os séculos V e XV. Vale ressaltar que o que levou a população da época a se organizar desta maneira foram às invasões germânicas, também chamadas bárbaras, ao Império Romano.

As principais características do sistema feudal são a descentralização do poder, haja vista que cada feudo, ou seja, cada extensão de terras tinha um representante próprio e diferente, chamado de senhor feudal, responsável pela organização de seus servos e também uma espécie de rei dentro do feudo.

Outra característica expressivamente marcante desse sistema foi à organização basicamente rural da sociedade. As pessoas plantavam e colhiam para consumir, existindo pouquíssimo comércio na época. Uma das grandes senhoras feudais foi a própria Igreja Católica que nesta época enriqueceu muito e se expandiu graças as inúmeras doações de terras que foram feitas por nobres feudais.

A devoção religiosa, assim como a instituição, foram personagens de extrema importância dentro do feudalismo. Veja neste artigo dados pertinentes não apenas ao sistema, mas principalmente a economia feudal e entenda como funcionava a sociedade daquela época.

Como era a estruturação dos feudos?

Os feudos eram divididos em três partes sendo elas: o manso senhorial, as melhores porções de terras que eram destinadas ao uso dos senhores feudais; o manso servil, que eram as terras e áreas entregues aos servos para que estes cultivassem e se sustentasse; e o manso comum, pastos, bosques e florestas do feudo que serviam como área comum a todos.

Vale destacar que os senhores feudais, é claro, não cultivavam em suas terras, mas sim os servos ou camponeses, responsáveis por dar uma serventia para essas áreas em seu nome. Também é válido ressaltar que os cultivos e caças dos mansos comuns eram de usufruto de todos do feudo.

Outra informação pertinente sobre o período e a estruturação do feudalismo é que cada feudo poderia possuir suas próprias regras, sendo estas criadas de acordo com cada senhor feudal.

A pirâmide social no sistema feudal eram composto por três grandes grupos sendo a base de sustento da pirâmide os servos e camponeses, o meio a nobreza que era responsável por guerrilhar quando preciso e o clero no topo, representando a submissão de todos a Igreja.

Por fim, vale relembrar que o feudalismo era uma sociedade estamental em que a auferida divisão por classes impedida a transmutação de pessoas entre os níveis. Assim, quem nascia servo, morria servo, enquanto que quem nascia nobre morria também nobre.

Características da economia feudal

Pode-se resumir toda a história da economia feudal em poucas palavras: a agricultura era mais do que a base, era o verdadeiro sustento de todo o feudo.

O sistema feudal tornou-se conhecido graças a sua economia autossuficiente e agrária. Tudo era produzido no feudo e praticamente não existia comércio nesta época. O pouco que se comercializava era pelo escambo visto que não havia um sistema monetário que atingisse a todos.

Além da agricultura, grande marco e principal fonte da economia feudal, existia também artesanato, sendo este bastante marcante, inclusive, além de útil na produção de equipamentos e ferramentas que seria usadas domesticamente.

Os servos e camponeses eram os agentes que faziam com que a economia feudal se movimentasse. Em troca de abrigo e proteção, além de cuidar das terras do senhor feudal, este grupo era obrigado a pagar impostos e tributos para continuar a viver no feudo.

Eram muitos esses pagamentos requeridos pelo senhor feudal da classe base da pirâmide. Veja a seguir os quatro tipos de impostos mais conhecidos do feudalismo:

Banalidade: o senhor feudal, além de oferecer abrigo e segurança, deixava a disposição de seus servos e camponeses alguns equipamentos que poderiam ser utilizados em seu dia a dia mediante o pagamento de uma taxa. Esta taxa ficou conhecida como “Banalidade” e era o imposto pago pelo uso dos moinhos e fornos entre outros.

Capitação: já o imposto chamado de “Capitação” era a contribuição paga referente a cada cabeça. Ou seja, se determinada família tinha cinco pessoas morando no feudo, aplicava-se a multiplicação da taxa por 5, sendo o resultado pago ao senhor feudal.

Corveia: um pagamento em trabalho, a “Corveia” era o imposto que obrigava os servos e camponeses a trabalharem duas vezes por semana nas terras mansas senhoriais, ou seja, aquelas pertencentes ao senhor feudal e cujo produto do cultivo seria inteiramente dele.

Talha: como se não bastassem todas as demais cobranças, a “Talha” procurava assegurar que cerca de metade de toda a produção das terras mansas servis fossem entregues também ao senhor feudal.

Como se vê, a economia feudal, não muito diferente da atual economia mundial, era sustentada pelo povo enquanto que poucos, apenas o pico da pirâmide, desfrutava de uma vida de luxo e regalias infindáveis.