Expansão Marítima Europeia: expansão espanhola e transformações no velho e novo mundo
A expansão marítima europeia é um fenômeno histórico do período que compreende do século XV ao século XVII.
A consequência central da expansão marítima europeia foi a formação do eurocentrismo.
Comandado por Portugal e Espanha, esse processo levou as nações europeias a contornarem o continente africano, chegando às Índias.
Levou-as a descobrir o gigantesco continente americano, habitado por povos primitivos ou civilizações cujo estágio de desenvolvimento aludia à antiguidade.
Num primeiro momento esse processo levou à criação de rotas comerciais das quais se serviram as potências econômicas do continente para comprar as cobiçadas especiarias no continente africano e asiático. Além disso, os países que ocuparam a América facilmente estabeleceram colônias de exploração, obtendo matéria-prima e pedras preciosas sem qualquer custo que não o do empreendimento marítimo e do uso da força com as populações locais.
Em decorrência desse processo, a Europa viu ocorrerem dois fenômenos políticos. O primeiro foi o fortalecimento das monarquias absolutistas, que, com os cofres abarrotados pela política econômica mercantilista, fortaleceram seus exércitos e conseguiram centralizar um poder, que estava fragmentado, nas mãos dos senhores feudais e da Igreja Católica.
O outro fenômeno político e econômico foi a ascensão da burguesia, que viu seu poder político crescer quase na mesma medida que o poder econômico. Quando o lado político desse crescimento encontrou limites, eles acabaram superados.
Expansão Imperialista
A partir do final do século XVIII, a expansão comercial europeia mostra outra faceta. Ao mesmo tempo em que, no início do século seguinte, as nações americanas proclamariam suas independências, o domínio das rotas marítimas estabelecera uma opção às nações europeias.
A independência dos países americanos acabou sendo positiva, pois na maioria dos casos criaram-se mercados consumidores de produtos industrializados no continente, que se tornou fornecedor de matéria-prima.
Quanto à África e Ásia, grande parte daqueles continentes foi dominada pelas nações europeias política, econômica e militarmente. Além de fornecedores de matérias-primas, também funcionavam como mercados consumidores dos produtos industrializados, o que contribuiu para o enriquecimento das nações europeias, com consequente expansão da atividade econômica.
Do ponto de vista político, as monarquias absolutistas foram gradativamente sendo substituídas ao longo do século XIX e do início do século XX por monarquias constitucionais e repúblicas, com controle da burguesia.