Feira

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Quando mencionamos a palavra “feira” muitas pessoas fazem a associação a um aglomerado de pessoas vendendo e comprando coisas dentro de um determinado espaço, previamente estipulado, com muito falatório, gente se esbarrando e andando de um lado para o outro.

Feira

Não é exatamente uma definição que se afaste tanto da realidade, mas algumas características são mais atribuíveis às feiras populares. Nesse tipo de feira, o que temos são negociantes e consumidores reunidos num espaço. Os negociantes montam barracas e estruturam bancadas em cima das quais expõem os seus produtos.

É essencial que haja espaço para que os consumidores possam transitar, avaliar os diversos produtos similares disponíveis e decidir qual ou quais deles comprar. As feiras livres, ou feiras de rua, sintetizam esse estereótipo. São uma opção para quem deseja comprar frutas, legumes, verduras, peixes e outros produtos frescos e por um preço menor. Há casos em que os produtos são levados direto do produtor ao consumidor, o que barateia o custo.

Percebe-se que as feiras possuem um caráter relevante dentro do espectro econômico. Todos já ouviram falar nas feiras hippie, ou feiras de artesanato. Podem ocorrer também em locais públicos, principalmente em pequenas cidades e bairros periféricos. Nesse caso, os produtos ofertados são diferentes, abrangendo produtos decorativos, peças de vestuário, acessórios, utilidades domésticas e outros.

Feiras como veículo de divulgação de marcas e produtos

Mudando radicalmente de abordagem, engana-se quem pensa que a feira é um fenômeno estritamente popular, voltado para pequenos artesãos e produtores exibirem e venderem seus produtos a consumidores que buscam alternativas mais baratas para consumir e atender suas necessidades.

A feira é um veículo utilizado por grandes empresas de diversos segmentos para ajudar a atingir uma série de objetivos de marketing.

Por exemplo, para uma empresa da área de TI, estar presente em uma feira de tecnologia voltada para o mercado B2B (empresa x empresa) em sua cidade ou mesmo uma feira internacional, caso ela for uma empresa global, é aproveitar uma grande oportunidade.

As empresas pagam para montar estandes em feiras de negócios, porque sabem que lá estarão presentes clientes em potencial, que poderão se transformar em contatos comerciais ou mesmo fechar negócios imediatamente. Ou seja, uma feira de negócios serve tanto para divulgar a marca e os produtos diretamente para um público interessado neles, como pode servir para alavancar vendas.

É importante salientar que uma feira de negócios pode se diferenciar bastante de outros segmentos. É sempre possível fazer vendas, mas, além disso, é preciso aproveitar a oportunidade para divulgar a marca. Por isso investe-se tanto no visual dos estandes, com letreiros, cores e foco em design, de modo a evidenciar o tom e o estilo da marca. É a chamada identidade visual, que ajuda a posicionar a marca e os produtos na mente do consumidor.

As feiras de negócios podem abrir oportunidades de parcerias, já que reúnem diversas empresas e profissionais do mesmo segmento, ou da mesma cadeia de negócios.

Em suma, o que se pode dizer é que a feira, para ser melhor definida nos dias atuais, deve ser vista como um ponto de encontro entre quem deseja alavancar receitas, seja através de vendas diretas, parcerias ou aumento do share of mind da marca junto ao público alvo, e entre aqueles que desejam viver uma experiência de consumo bem específica, que pode ir muito além de simplesmente comprar produtos.

O que as feiras possuem em comum

O que une conceitualmente uma feira livre, uma feira de literatura, uma feira de automóveis, uma feira de moda, de artesanato, de tecnologia ou de produtos financeiros é a especificidade.

Historicamente, as feiras remontam à Idade Antiga, ao ano 500 a.C, segundo os historiadores. Não se trata, portanto, de nenhuma invenção contemporânea. A feira é tão antiga quanto o comércio. Foi a precursora dos atuais centros comerciais, shoppings e tudo que se possa pensar em termos de market place.

Na verdade, as feiras da Idade Antiga atendiam bem a um conceito atualíssimo de marketing, que é a conveniência. As pessoas saíam às compras e sabiam exatamente onde podiam adquirir tudo que precisavam.

Esse conceito se ampliou na Idade Média. As feiras medievais reuniam comerciantes e compradores de mercadorias. Esses comerciantes deram origem à classe burguesa, que viria a mudar o mundo a partir do século XIV.

A diferença para o conceito presente de feira está na tipicidade, ou na especificidade. Naquela época vendia-se mercadorias diversas, algo muito mais próximo às grandes lojas de departamento atuais.

Quem vai à feira vai em busca de um determinado segmento de produto e consumo. Quem vai à feira de literatura quer conhecer livros, participar de eventos literários, acompanhar as novidades e comprar. Numa feira de moda, as pessoas querem conhecer as últimas tendências, comparar estilos e comprar roupas e acessórios.

Mesmo quando falamos na famosa feira livre, com qual se iniciou e se encerra esse artigo, as pessoas vão em busca de algo bem específico, que são os alimentos frescos por um preço mais barato.