Monte Rushmore
O Monte Rushmore está localizado em Keystone, no estado norte-americano de Dakota do Sul. É nele que se encontra o famoso Memorial do Monte Rushmore, com suas esculturas representando os rostos de quatro presidentes muito importantes para a história dos Estados Unidos: George Washington (presidente de 1789 a 1797), Thomas Jefferson (1801 a 1809), Theodore Roosevelt (1901 a 1909) e Abraham Lincoln (1861 a 1865).
As obras, que variam entre 15 e 21 metros de altura, foram realizadas por Gutzon Borglum, artista de origem dinamarquesa. Como ele faleceu um pouco antes de terminar os bustos, seu filho Lincoln foi responsável por concluir o projeto. Uma curiosidade interessante é que esse relevo quase recebeu outras faces. No ano de 1923, Doane Robinson, historiador da Sociedade Histórica de Dakota do Sul, sugeriu que diferentes personalidades do velho-oeste americano, como Buffalo Bill, fossem representadas. Borglum aprovou a proposta de se fazer esculturas no monte, mas defendeu que o melhor seria usar imagens de políticos. Seu objetivo era reforçar conceitos de patriotismo para agradar a população do país.
O memorial inteiro ocupa uma área de 1.278 hectares, que equivale a 5,17 km². Chamado de Harney Peak, o pico mais alto da região, tem 2.207 metros de altura. A princípio, a ideia era que fosse construído somente uma cabeça, porém os realizadores não chegaram a um consenso sobre qual governante deveria ser homenageado. Depois que os envolvidos decidiram esculpir os quatro bustos, os primeiros andaimes começaram a ser instalados. As feições das figuras históricas demoraram 14 anos para ser concluídas (1927-1941). Recapitule na lista abaixo os maiores legados dos presidentes celebrados no Monte Rushmore:
- George Washington: primeiro presidente dos Estados Unidos;
- Thomas Jefferson: principal redator da Declaração da Independência dos Estados Unidos (1776);
- Theodore Roosevelt: consagrado por suas conquistas nos campo da liberdade de expressão;
- Abraham Lincoln: líder do nação durante a sua crise interna mais grave, a Guerra da Secessão. Aboliu a escravidão nos EUA.
Esse monumento estabeleceu-se um dos pontos turísticos mais populares dos Estados Unidos, o que garantiu ao estado de Dakota do Sul a alcunha de The Mountain Rushmore State (O Estado do Monte Rushmore, em português). Segundo dados oficiais, cerca de 3 milhões de pessoas visitam o local anualmente. Em 19 de outubro de 1966, o Monte Rushmore recebeu o título de distrito pelo Registro Nacional de Lugares Históricos. Tornou-se em seguida também um Memorial Nacional. No ano de 1973, um texto de 500 palavras escrito por Willian Burkett foi selecionado em uma competição entre universidades e foi posto em tábua de bronze no monumento. Há ainda, no cânion que se encontra atrás dos rostos dos presidentes, uma câmara construída em 1998 que guarda um cofre com 16 painéis de porcelana. Nesse espaço, encontram-se:
- a redação da Declaração da Independência dos Estados Unidos;
- o texto da Constituição;
- biografias das quatro personalidades retratadas no Memorial do Monte Rushmore e também de Borglum;
- registros da história norte-americana;
A intenção era que essa câmara fosse o começo de um plano nomeado de “Salão de Registros”, porém o conceito não chegou a sair do papel. A partir de 1998, o memorial inteiro passou por uma reforma que levou 10 anos para ser finalizada. A meta dos reparos era oferecer uma melhor experiência de visitação. Além das ampliações na infraestrutura, fez-se também um centro de informação para os turistas, o Museu Lincoln Borglum, e a Trilha Presidencial. A manutenção da obra demanda que alpinistas subam o monte todos os anos para verificar e selar as aberturas geradas pela erosão.
A Escolha do Local
Originalmente, a ideia de Robinson era que as figuras fossem esculpidas nas torres de granito da formação The Needle. No entanto, Gutzon Borglum se opôs ao plano devido à má qualidade do granito presente no lugar. Em adição, muitos ambientalistas e tribos nativo-americanas criticaram a escolha. A solução foi voltar-se para outro cenário: o Monte Rushmore. Uma das vantagens dessas montanhas é o fato delas estarem viradas para o sudeste. Dessa forma, as esculturas recebem máxima incidência solar.
O próximo passo foi investir em equipamentos de engenharia bem modernos para a época, além de dinamites e martelos pneumáticos. Isso porque o granito presente no monte encontra-se entre as pedras mais duras do mundo. Para remover 90% dessas rochas, em torno de 450 mil toneladas, foi necessário empregar explosivos. Mesmo com a execução de tantas atividades perigosas, não há registro de morte de nenhum trabalhador durante a construção.
Controvérsias acerca do Monte Rushmore
Mesmo me se tratando de uma obra muito reconhecida, o Monte Rushmore está cercado de polêmicas. A principal controvérsia se dá em relação aos povos nativos dos Estados Unidos porque o governo tomou uma área de terra que pertencia à tribo Lakota Sioux. O processo aconteceu em 1876, ao fim da Guerra de Black Hills em uma medida que descumpriu o Tratado do Fort Laramie (1868). Nesse acordo, Black Hills seria entregue permanentemente aos Lakota.