Renascimento Científico
O Renascimento Científico foi uma etapa do avanço da ciência que acontece no decorrer do Renascimento, entre os séculos XV e XVI.
Dessa maneira, retratou uma mudança científica guiada pelo Racionalismo, que transformou a maneira de observar o mundo, isto é, o pensamento das pessoas. Com isso, com base nas descobertas e nos estudos de certos cientistas, essa etapa permitiu o crescimento de vários ramos do conhecimento e, posteriormente, instauraria a Ciência Moderna.
É possível observar que os renascentistas estavam inquietos com o ensinamento sobre a natureza, de maneira a valorizar mais a razão do que a fé. Apesar de Leonardo da Vinci ser um dos nomes mais significante do Renascimento Cultural e Artístico, ele foi importante para o Renascimento Científico, junto a Nicolau Copérnico.
Situação histórica
A queda do regime feudal e o término da longa etapa chamada Idade Média, entre os século V e XV, foi fundamental para a origem de uma nova organização e pensamento na Europa.
A Idade Média foi qualificada pelo tradicionalismo, sociedade estaminal e sistema feudal, que impedia a movimentação social, sendo notada pelo obscurantismo da sabedoria e, a partir disso, foi chamada de Idade das Trevas. Nessa conjunção, poucas pessoas tinham ingresso ao conhecimento, o qual eram transferidos através de livros e confinados na biblioteca, igual a tesouros.
No decorrer dessa etapa de passagem da Idade Média para a Idade Moderna, A Europa atravessava várias mudanças culturais, sociais, econômicas e políticas, o qual levou ao crescimento da ciência da mesma forma que o pensamento humanista, isto é, mais focado no homem com a perda de Deus como núcleo do Universo, denominado Teocentrismo medieval. Razões como o surgimento da burguesia e da imprensa e o crescimento marítimo comercial, foram fundamentais para o crescimento científico.
Desse modo, o Renascimento Cultural e o Humanismo, conduzidos pelo antropocentrismo, interferiram diretamente no pensamento europeu e, portanto, os especialistas, que começaram a ter um comportamento mais crítico e ativo com relação ao mundo, sendo aptos a prosseguir as pesquisas e solucionar mistérios, quer inexplorados, quer preservados pela Igreja Católica, dona da autoridade na Idade Média.
Afinal, o Renascimento Científico gerou um grande choque no entendimento europeu do período, sendo declarada uma ofensa a religião católica, uma vez que a igreja, fundamentada no teocentrismo e, sem base científica, foi trocada por outros pensamentos, com a formação de modernos instrumentos, descobertas e experimentações feita pelos especialistas. Acabava assim a Era Medieval dando inicio a Idade Moderna.
Principais representantes
Os principais especialistas que compunham o Renascimento Científico foram:
– Nicolau Copérnico: matemático e astrônomo polaco, conceituado o “Pai da Astronomia Moderna”. Foi fundador da Teoria Heliocêntrica, em que contraria a Teoria Geocêntrica medieval, onde a Terra estaria no centro no Universo.
– Galileu Galilei: físico, astrônomo, filósofo e matemático italiano, defendeu a Teoria Heliocêntrica de Copérnico, sendo conceituado um dos criadores da física e da geometria moderna. Fora isso, aprimorou o telescópio, idealizou o compasso geométrico e o microscópio com duas lentes.
– Johannes Kepler: matemático, astrólogo e astrônomo alemão introduziu suas proposições sobre mecânica celeste guiadas pelo padrão heliocêntrico, expondo pesquisas sobre as eclipses solar e lunar.
– Andreas Vesalius: médico de origem belga, conceituado o “Pai da Anatomia Moderna”, foi um dos pioneiros das pesquisas a respeito da fisiologia e anatomia, depois de examinar copos humanos e compor seu principal trabalho um mapa de Anatomia Humana chamado “Fábrica”.
– Francis Bacon: político, alquimista e filósofo inglês, foi o autor do Método Científico, estruturando o pensamento humano, sendo conceituado o criador da Ciência Moderna.
– René Descartes: físico, matemático e filósofo francês, de acordo com as suas pesquisas, foi conceituado o “Pai do Racionalismo e da Matemática Moderna”, além disso, o criador da Filosofia Moderna. Seu principal trabalho é o “Discurso sobre o Método”, acordo matemático e filosófico oferecendo os princípios do racionalismo.
– Isaac Newton: físico, filósofo, astrônomo, matemático, teólogo e alquimista inglês, foi conceituado o “Pai da Física e da Mecânica Moderna”, onde aprimorou vários pensamentos nos ramos da física, filosofia natural e matemática. Analisou o deslocamento dos corpos sugerindo as três Leis de Newton.
– Leonardo da Vinci: matemático, engenheiro, artista e inventor italiano, foi declarado um dos mais relevantes sábios do Renascimento e da narrativa da humanidade. Desenvolveu várias pesquisas sobre anatomia humana, e criou a máquina de voar, o para quedas, o tanque de guerra, o submarino, e vários outros.
Características
– Utilização de investigação e pesquisa como processos de criação do conhecimento científico.
– Crescimentos nos ramos de Medicina, Astronomia, Física, Matemática, Biologia e Química.
– Criação de materiais científicos, especialmente no ramo de análise astronômica.
– Elaboração de diversas leis da Física e hipóteses matemáticas.
– Crescimento da publicação dos pensamentos científicos. Isso ocorre devido ao desenvolvimento da fabricação de livros, depois da criação da prensa de modelos móveis em 1439, por Gutenberg.
– Época caracterizada por diversas invenções, que se fundamentavam nos pensamentos científicos que estavam sendo gerados.