Resumo da Baixa Idade Média

História,

Resumo da Baixa Idade Média

Podemos afirmar que o pensamento religioso foi o que marcou as expressões de cultura medieval. Mas, as grandes transformações que aconteceram na Baixa Idade Média, que foram incitadas por causa da expansão do comércio acabaram por afetar todo o monopólio da cultura que a igreja exercia. De fato, a alta comercial e o contato que vinha sofrendo uma alta frente aos outros povos, especialmente na parte Oriente, fizeram com que outros valores fossem adquiridos pelos europeus.

Assim, lentamente, as cidades foram transformaram-se em centros de cultura e incidiram a conquistar cada vez menos uma cultura atrelada aos valores que a igreja impunha. Nesse processo de renascimento urbano, comercial e intelectual, destacaram-se as universidades, que a partir do século XII tornaram-se extraordinários centros de ensino, embora muitos ainda mantivessem a sua estrutura original, em geral, concebida no reinado de Carlos Magno.

Baixa Idade Média

Era a modificação das catedrais e ainda das escolas monásticas, que desenvolviam o estudo dos textos de religião, em centros de estudos brilhantes e, principalmente inovadores. A denominação universitas, nome dado à coletividade urbana com suas liberdades e aos trabalhadores de um ofício, logo passou a referir-se aos trabalhadores intelectuais, ou seja, os professores e os alunos, em alguns centros de estudo, conhecidos como universidades. Juntaram-se a esse grupo alguns membros dos novos grupos sociais que eram emergentes da cidade e os membros da nobreza.

As primeiras faculdades/universidades dedicavam-se a um estudo universal. As pioneiras foram as de Salermo e Bolonha, atual Itália, Paris, atual França e Montpellier. Logo começaram a surgir especializações nas faculdades, cada uma delas dedicada a um ramo do conhecimento.

As pessoas que frequentavam as universidades tinham isenção de impostos e também estavam dispensados do serviço militar e também estavam eram submissos a julgamentos em tribunais. No século XIII, que ficou conhecido como século das universidades, já existiam 80 universidades europeias, dando mostras do renascimento da cultura laica.

Durante a Baixa Idade Média, a religião ainda dominava o pensamento filosófico, a filosofia escolástica, um novo tipo de concepção, substituiu a teologia agostiniana existente na Alta Idade Média.

Também chamado de tomismo, essa ligação de ideias tem as suas origens fundadas no pensamento de professore Santo Tomás de Aquino, da universidade de Paris. Ele foi o grande responsável por desenvolver a tese de que o progresso da humanidade não dependia somente da vontade divina, como também dependia do esforço do homem. Dessa maneira, o homem seria como um ser privilegiado, já que estariam preparados para comandar o próprio destino.

Por serem racionais, os homens estariam aptos para evitarem o caminho do pecado, a fim de encontrar o caminho para a salvação. Isso, através do livre arbítrio, da livre escolha. Por outro lado, buscava-se preservar a função do clero como orientador moral e espiritual da sociedade.

Todo esse conceito, acabava reprovando a ambição e o ganho, o que significa dizer o empréstimo e o lucro de dinheiro a juros, o que era totalmente incompatível com a expansão do comércio. Membros da igreja foram se mostrando tolerantes às novas práticas econômicas, visto que ela mesma procurava o lucro e praticava empréstimos a juros.

Durante a Baixa Idade Média, a arquitetura tornou-se a maior expressão artística, e contou ainda com o surgimento do estilo gótico, em oposição ao romântico da primeira parte do período medieval. As catedrais góticas eram construídas dentro das cidades e apresentavam um aspecto de leveza, quando comparadas às construções românticas. Eram verticalizadas, dotadas de altas torres que se projetavam em direção aos céus. Construídas com novas técnicas que permitiam edificações mais elevadas e paredes menos espessas, possuíam grandes janelas, cobertas por vitrais multicoloridos, que permitiam a iluminação diurna do interior das igrejas. Além disso, além de um lugar voltado para o culto, as catedrais eram verdadeiros centros de arte e também de reuniões e assembleias civis.

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Trovadorismo

O trovadorismo inaugurou uma nova fase da poesia medieval no século XII. Surgida no Sul da França, espalhou-se por toda a Europa, a poesia trovadoresca. Ainda se exaltava a cavalaria, mas o tema preferido era o amor. Esse gênero literário louvava a mulher, a cortesia, o refinamento e a galanteria. Juntamente com a poesia épica, o trovadorismo é a base dos primeiros romances medievais.

Da mesma forma havia os poetas goliardos, que se diziam discípulos de Golias. Provavelmente esses poetas eram estudantes pobres das escolas religiosas, que voltavam a sua produção literária à parodia d clero, até mesmo pelo conhecimento que tinham do latim e dos rituais litúrgicos. Suas atuações primavam pelo tom profano, irreverente e de crítica à sociedade e aos valores existentes na época.

Obras que merecem grande destaque nesse época são: A divina comédia, de Dante Alighieri e O romance da rosa, de João Menung e Guilherme de Loris. Na primeira obra citada, o autor relata a sua viagem imaginária ao inferno, Paraíso e Purgatório, discutindo religião e ciência, razão e fé, paixões e amores.