Resumo da Pré-história: Chegada do homem ao contingente em que vivemos e a sua ocupação

História,

Resumo da Pré-história: Chegada do homem ao contingente em que vivemos e a sua ocupação

Por causa das glaciações, bandos de homens do período Paleolítico atingiram a América, já que acabaram sendo expulsos há milhares de anos, de suas regiões de origem. Vale ressaltar que não existe um consenso sobre a data em que os homens chegaram ao continente americano. E as divergências não são pequenas: alguns historiadores dizem que foi há cerca de 100 mil anos atrás e outros que foi há 15 mil anos atrás.

Mas, a diversidade das características linguísticas e biológicas entre os nativos da América reforça a teoria que o povoamento inicial do continente americano tenha se dado a partir de pelo menos, dois caminhos: ao norte, pelo estreito de Bering, realizado por asiáticos (a mais provável) e, ao sul, pelo Oceano Pacífico, atravessado por habitantes da Austrália e das ilhas polinésias (menos aceita no meio científico).

Chegada do homem ao contingente

Iniciado provavelmente há 15 mil anos, a ocupação humana da América do Norte estendeu-se em direção à Patagônia, para o sul da América, antes do ano 10000 a.C. Algumas pesquisas arqueológicas também têm demonstrado que a América contou com organizações sociais complexas que desenvolveram técnicas de agricultura, metalurgia e engenharia, além de sistemas de escrita e de organização política, bastante semelhantes às primeiras, e mais conhecidas, civilizações do Egito e da Mesopotâmia. Entre as sociedades americanas mais complexas estão as da Mesoamérica, a partir de 1200 a.C., e as da região Andina Central, após 300 a.C.

Na América do Norte, a maioria dos agrupamentos humanos, assim como do Brasil, do Caribe e do sul do continente, apresentava um tipo de vida bem simples, e tinha como bases de subsistência as atividades de pesca, caça, coleta de raízes e de frutos e, em alguns dos casos, uma agricultura rudimentar. Os registros mais antigos dessas sociedades brasileiras foram encontrados nos sítios arqueológicos da Toca da Esperança, na Bahia, do Boqueirão da Pedra Furada, no Piauí, e em Lagoa Santa, em Minas Gerais.

As pinturas rupestres que foram encontradas na cidade de São Raimundo Nonato, no Piauí, foram datadas por especialistas em mais de 20 mil anos, já os restos de fogueiras e as pedras lascadas, que foram supostamente deixados por grupos humanos, foram estimados em mais de 50 mil anos. Ampliando as divergências nos estudos arqueológicos, essas datações foram contestadas por outros estudiosos que estimaram datas bem inferiores, abaixo dos 30 mil anos.

Esses vestígios acabam mostrando que os principais habitantes do território que chamamos hoje de Brasil partilhavam de uma vida grupal rudimentar e utilizavam instrumentos simples de trabalho. As evidências mais recentes datam 5000 anos, e são conhecidos como sambaquis, montes de esqueletos de peixes e de conchas que estão espalhados por todo o litoral, especialmente na região sul do Brasil. Alguns desses sambaquis chegam a atingir até dez metros de altura e mostram qual era a base alimentar dessas populações.

Outros historiadores consideram pelo menos três caminhos para a chegada dos primeiros grupos humanos ao território brasileiro. O primeiro, é que eles partiram do litoral das atuais Colômbia e Venezuela, chegando até a Amazônia. O segundo é atravessando os Andes, por latitudes mais baixas. Já a última teoria é de que eles teriam entrado pelo litoral, seja partindo do Caribe pelo litoral do Nordeste em direção ao Atlântico Sul, ou vindo da Patagônia pelo Pacífico em direção ao norte.

Qualquer que tenha sido a rota utilizada para que esses homens chegassem ao Brasil, os dados sobre os primeiros povoadores são normalmente agrupados de acordo com a ocupação de duas distintas regiões geográficas. A primeira é a região amazônica, cujos habitantes desenvolveram a confecção de objetos rudimentares feitos de pedra e, em seguida, de cerâmica. Por volta do ano 1000 sobressaiu-se a cultura marajoara, a mais complexa cultura amazônica, como apontam os vestígios da sofisticada cerâmica que produziram.

A segunda é a do Brasil centro-meridional, em que destacam os sambaquis litorâneos, de 10000 a.C.; a cerâmica tupi-guarani; e os cerritos ou cômoros, amontoados de detritos misturados com pedras e areia, encontrados no sul do Brasil, próximo ao período 100 a.C.

Depois de milênios de ocupação do continente americano, desenvolvendo organizações sociais e culturais as mais diversas, deu-se o encontro entre as populações ameríndias e uma nova leva de conquistadores. A chegada dos europeus no século XV significou o início do processo de destruição das populações americanas. Desde os primeiros contatos com os homens brancos, os povos indígenas foram vítimas de doenças trazidas pelos europeus, violência física, imposição cultural e opressão.

Extraindo informações do chão

A arqueologia é a ciência que fornece as informações principais sobre os grupos humanos que já desapareceram, tivessem eles ou não conhecimento da escrita. Isso porque, esse processo procura vestígios materiais da ação humana, que podem ser de lascas de madeira queimada, ossos humanos ou peças de cerâmica, por exemplo.