Cubismo – Literatura

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Cubismo – Literatura

Você já ouviu falar sobre Cubismo? Trata-se de um movimento artístico que teve sua origem no século XX, nas artes plásticas. Posteriormente, esse movimento importou suas influências para a literatura e também para a poesia através de grandes escritores, como Vladimir Maiakovski e John dos Passos.

Cubismo - Literatura

O marco inicial do Cubismo se deu com a obra pintada por Picasso “Les Demoiselles d’Avignon”. Analisando a pintura da obra, podemos verificar a intensa referência de máscaras africanas. Mas afinal de contas, o que representa o Cubismo? Como ele se deu?

Através das figuras geométricas, as formas da natureza tornavam-se vivas na obra. Todas elas eram objetivos de um mesmo plano. Dessa forma, a representação do mundo não tinha mais nenhum compromisso firmado com a aparência real que ela tinha.

Onde surgiu o Cubismo

Historicamente falando, o Cubismo teve sua origem na obra de Cézanne. Isso porque a pintura deveria vir retratando as obras naturais como cilindros, cones e esferas. Contudo, esse movimento fora muito mais além do que a representação nessa obra… Começou a ser representados com objetos num mesmo plano de desenho.

Em palavras simples, era como se eles estivessem abertos e apresentassem, de uma vez, todas as suas facetas. Precisamos sempre lembrar que, nesse estilo, não há nenhuma obrigação de representar as coisas como se elas realmente são. Pode-se observar o desejo de quebrar o objeto em três dimensões distintas, sempre numa superfície plana, com predomínio de linhas retas.

Evolução do movimento Cubista

Assim como tudo na vida, o Cubismo também evolui. E sua linha do tempo começa a contar em 1907.

– Fase Cezannista (ou também conhecida como Cezaniana): aconteceu entre os anos de 1907 e 1909, através de fortes influências do francês Paul Cézanne.

– Fase analítica: ocorreu entre os anos de 1909 a 1912. A principal característica dessa fase é causada pela desconstrução da obra, bem como todos os elementos que a acompanham. Quando você quebra a obra em várias partes, você acaba registrando todos os elementos em planos sucessivos, sempre em busca de uma visão total e ampla do desenho, examinando todos os ângulos num primeiro momento. A cor utilizada nessa tendência se resumem a bege, cinza e castanho.

– Cubismo sintético: aconteceu entre os anos de 1913 a 1914 e reagiu a excessiva fragmentação de todos os objetos e a decomposição de sua estrutura básica. Aqui, a tendência maior era que todas as figuras se tornassem irreconhecíveis. Muitas pessoas passaram a chamar esse movimento de Colagem, já que letras passaram a ser introduzidas nesse momento. A intenção presente nesse movimento era simples, a de criar mais de um plano, despertando o desejo e sensações que a pintura nos transmite.

Dessa segunda fase que citamos (Cubismo Sintético), temos outras duas subdivisões. São elas:

– Orfismo: que surge por volta de 1912. Nasce da vontade de novos artistas e pintores que ofertar em suas obras, elementos de lirismo e de cor. É nesse movimento que vemos a presença de muita cor, porque era através dela que os artistas se inspiravam. Também há a presença de obras totalmente não-figurativas.

– Secção de Ouro: temos aqui o primeiro número irracional que tivera a consciência de que o era assim. O Número de Ouro nada mais é do que um número irracional e misterioso, também enigmático e que surge através dos elementos da natureza por meios enigmáticos. Muitos acreditavam que era uma oferta proporcionada por Deus.

Cubismo e Literatura

De uma forma plana e geral, o Cubismo na Literatura trata um poema, uma expressão em letras, como uma forma de manifestação autônoma, evitando o descritivo, valorizando e ampliando os valores das ideias descritas nos versos simples. Você não verá um registro de memória cronológico, tão pouco verá a narrativa de forma histórica. Não há a preferência pelo lirismo fácil e nem para o sentimentalismo amoroso.

Nesse minuto, podemos entender que os literários cubistas viam os objetivos do mundo real sob ângulos e aspectos diferentes, analisados num mesmo momento. Entre os nomes mais influentes do Cubismo Literário se encontra o Guillaume Apollinaire.

Os requisitos principais para que tenhamos uma literatura cubista são:

  • Supressão da continuidade cronológica (é necessário que se misture o presente, o passado e o futuro, sem aviso prévio ao leitor);
  • Maior estimulo e valorização ao humor;
  • Influência forte de paisagens exóticas, viagens rápidas e visão misteriosas;
  • A obra de arte deve se bastar, sem precisar de mais explicações.

Um artista cubista procura retratar outras formas de visualização além daquela maneira singela que visualizamos. As formas geométricas, inclusive na literatura, são aceitas e passam a ser uma característica fundamental.

E você, será que consegue olhar para uma pintura, tipicamente Cubista e tentar interpretar os sentimentos que nela estão penetrados? Consegue identificar o início, meio e fim das coisas? Conte pra gente a sua experiência! Nós queremos saber o seu sentimento olhando a obra ou lendo um poema.