Estilos e Histórias da Literatura

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Estilos e Histórias da Literatura

Estilos e Histórias

A arte, ao longo do tempo, tem sido um retrato da sociedade humana, que ajuda a compreender o pensamento e a forma de vida em lugares e tempos distintos. Enquanto retrato da realidade, a arte se alinha à história na tarefa de compreender a evolução da sociedade humana.

Não que seja esse o seu propósito maior. Além do encantamento, da devoção ao belo, presente no Classicismo do século XVI e no Parnasianismo do século XIX, restaurando o modelo estético da Antiguidade Clássica, a arte funciona, através do tempo, como instrumento de reflexão e transformação do indivíduo e da sociedade.

Aristóteles acredita que a arte é capaz de moldar o caráter humano a partir da exposição das mazelas morais e sociais, fazendo-o perceber tais questões ao olhar de fora aquilo a que está submetido em sua própria existência.

Estilos literários

Numa abordagem da história da literatura no Brasil, observa-se uma série de movimentos estéticos, que se sucederam e conviveram ao longo do tempo. Apesar da produção de relatos acerca das características do novo território conquistado por Portugal durante o século XVI, o primeiro movimento propriamente literário brasileiro foi o Barroco, que apresentou à história da literatura brasileira seu primeiro grande poeta, o baiano Gregório de Matos Guerra.

O Arcadismo chegou ao Brasil com Cláudio Manoel da Costa, Basílio da Gama e Tomás Antônio Gonzaga, deixando obras marcantes, como Marília de Dirceu, poema épico de Cláudio Manoel da Costa.

O primeiro grande movimento literário no Brasil foi, no entanto, o Romantismo, movimento que foi dividido pelos estudiosos em três fases distintas. Esse movimento é contemporâneo da vinda da família real para o Brasil, que resultaria, em 1822, na separação do país da Coroa Portuguesa. Não por acaso, a produção literária e o número de referências literárias e autores se multiplicou.

Na segunda metade do século XIX, a temática nacionalista da primeira fase romântica dá lugar à crítica social, sobretudo em função do movimento pela libertação dos escravos. Surge a literatura regionalista e urbana, o Realismo, o Naturalismo, o Parnasianismo e o Simbolismo, criando uma diversidade estética e temática, que se ampliou no século XX pela apropriação desses estilos e do surgimento do movimento modernista.

Apesar da tentativa acadêmica de ordenar a história da literatura como forma de estabelecer pontos de partida para o estudo do tema, a verdade é que nem sempre é tão fácil enquadrar os autores. Pode-se dizer que autores como Lima Barreto, em seu tempo, Augusto dos Anjos e João Cabral de Melo Neto, ao longo de toda a história da literatura brasileira, criaram estéticas únicas.