Parnasianismo

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Parnasianismo

Parnasianismo

Em oposição ao excesso de sentimentalismo inserido no Romantismo surgiu a escola literária chamada Parnasianismo. Originária na França no século XIX, tinha como foco criar poesias com esmero nos versos, utilizando a língua culta e as formas perfeitas.

Também como oposição ao Romantismo e sua proposta mística e dúbia, os parnasianos valorizava a razão, a lógica e o refinamento da escrita. Com predomínio poético, o nome do movimento surgiu após a publicação de Parnasse Contemporain, cuja origem é o local onde viviam o Deus Apolo, as musas e ninfas.

A origem do Parnasianismo

A primeira publicação onde se considera a criação do Parnasianismo foi em 1871, com a publicação de Parnasse Contemporain. A antologia continha escritores de várias escolas e formas, mas em comum com uma visão mais realista sobre o mundo e a vida cotidiana.

Os detalhes das cenas e dos objetos eram evidenciados, assim como a formalidade rigorosa dos versos perfeitos. O positivismo era a base ideal dos parnasianos, já que valorizavam a ciência acima de qualquer subjetividade abstrata.

Dentre as principais características do parnasianismo estão o vocabulário mais rebuscado, a valorização do soneto, rimas regulares, raras, mas artificiais, raras figuras de linguagem e desenvolvimento narrativo e descritivo, universalismo, positivismo, culto a forma e “a arte pela arte”.

Charles Baudelaire era um poeta realista que foi uma grande inspiração para os parnasianos, que também tiveram Pierre Jules Théophile Gautier, Leconte de Lisle e Théodore de Banville.

O parnasianismo no Brasil

O parnasiano no Brasil conseguiu maior destaque que na França e toda a Europa. Em 1889 foi publicada “Fanfarras”, de Teófilo Dias, onde a escola literária era finalmente inserida em nossa cultura.

Modificando algumas regras do parnasiano francês, o brasileiro mantinha a subjetividade do estilo romântico, acrescido por um nacionalismo inexiste na escola original. O parnasianismo se manteve muito presente na poesia brasileira até a Semana de Arte Moderna de 1922.

A tríade brasileira do parnasianismo, como eram conhecidos os três escritores mais relevantes do movimento, era composta por Olavo Bilac, Raimundo Correia e Alberto de Oliveira. Outros nomes também foram bastante importantes para o parnasianismo brasileiro como Teófilo Dias, João Penha, Gonçalves Crespo, Cesário Verde e Antonio Feijó.