Resumo do Livro Os Lusíadas

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Resumo do Livro Os Lusíadas

Na literatura algumas obras funcionam como marcos de uma determinada escola, época ou até mesmo de um determinado autor. Mas existem também aquelas obras que são todas as alternativas anteriores e entram para a história com o status de relíquias. É o caso de Os Lusíadas, de Luís de Camões.

O poema épico foi publicado no ano de 1572 e foi escrito em um momento importante para a história de Portugal, quando o renascimento chegava à Europa e levava com ela toda a inspiração na cultura Greco-Latina. No entanto, Os Lusíadas são uma obra mundialmente conhecida por levar à literatura as grandes navegações portuguesas, as conquistas nessa área e todo o infortúnio que os navegadores passavam no mar, inclusive na parte lúdica de monstros e seres sobrenaturais.

Os Lusíadas

A obra de Camões foi produzida pelo poeta 16 anos antes de seu lançamento, em 1556, e foi lançada apenas quando Camões voltou de uma viagem ao Oriente, 3 anos depois de seu término.

Luís de Camões nasceu em 1524, na cidade de Lisboa. Durante toda a sua vida acadêmica foi moldada no estilo clássico, com isso muito especialistas acreditam que seja por isso que Camões escreveu sua epopeia nos mesmos moldes.

Resumo de Os Lusíadas

A obra mais famosa da literatura portuguesa pode ser resumida e conhecida por meio de 3 momentos importantes da história: Inês de Castro, Velho do Restelo e também o Gigante Adamastor. Mas antes de conhecer cada um desses episódios é preciso que você entenda como essa obra foi feita.

Os Lusíadas é na verdade uma sequência de episódios históricos e lendários, por isso é comum conhecer os heróis que acabam se mostrando com qualidades maiores e melhores do que a dos seres humanos.

A obra de Camões é conhecida por sua semelhança com outra importante obra, a Odisseia de Homero, mas suas semelhanças são apenas quanto a estrutura. Ambas as obras são divididas em cinco partes distintas que podem ser divididas em cinco períodos: Epílogo, Dedicatória, a Invocação e a Narração. Dentro dessas estrutura conseguimos então dividir a épica Camoniana nas partes citadas acima e que servem como resumo da obra.

1 – Episódio do Gigante Adamastor

Essa é uma importante personificação da obra de Camões, o Gigante Adamastor nada mais é do que o temido Cabo das Tormentas, local que amedrontava a maior parte dos navegadores portugueses que naquela época estavam explorando os mares com bravura. Na épica Adamastor é um filho da terra que acaba completamente envolvido por Tétis, uma ninfa que ao contrário do gigante não está apaixonada. Para fazer com que o Gigante consiga o que quer, a mãe da ninfa diz que oferece sua filha nua ao Gigante, que acaba por descobrir que na verdade o que está a sua frente nada mais é do que um penedo.

Com o ódio que o domina, o Gigante promete se vingar e ameaça e destruir qualquer navio que por ali atravessar, por isso o local era representada por uma nuvem negra e uma grande tempestade.

Este episódio mostra a natureza mitológica presente na obra, além de sua composição simbólica a sua estrutura lírica e por isso, é uma das passagens mais importantes da obra de Camões. Ela representa o medo dos portugueses em atravessar o Índico e o Atlântico, que é representada por monstros, gigantes, penhascos e outros seres sobrenaturais. Essa representação é também da impossibilidade do amor, do amante que é rejeitado.

2 – O Velho do Restelo

Um ancião português decide que ele precisa se manifestar contrário a viagem dos portugueses pelos mares, quando eles começam a se despedir de seus familiares antes de partir. Para realizar essa contradição o velho afirma que os portugueses estão em estado de insanidade e em busca de poder, fama, cobiça e também de uma ambição desmedida.

Portanto, o Velho do Restelo é a representação de um mentalidade portuguesa feudal, por isso ela vai contra tudo o que a monarquia e os burgueses decidem, inclusive, quanto aos interesses dessas classe, predominantemente ligada as grandes navegações.

3 – Episódio de Inês de Castro

Este é o terceiro cântico da obra camoniana e tem como principal trama a história de amor entre D. Pedro e Inês de Castro. No entanto D. Pedro era casado com Constança e por isso ele decidi mandar a amante para exílio em um castelo, o de Albuquerque. Isso porque sua paixão tinha sido descoberta pelo povo e por toda a corte portuguesa, logo, seu ato tinha sido completamente reprovado.

Depois de um tempo D. Constança acaba morrendo durante um trabalho de parto, deixando então que D. Pedro leve sua amante de volta à Portugal para se casar com ele, com quem acaba tendo 4 filhos. Com medo que um desses filhos tome o trono do país, o pai de D. Pedro manda que matem Inês, para o desespero do monarca. Isso acontece quando seu filho estava em batalha. Ao voltar e ver a mulher morta ele toma uma decisão desesperada. Desenterra a mulher, a coroa e faz com que toda a corte beije a mão da nova Rainha.

Sobre a obra

Os Lusíadas é composto por 1102 estrofes com 8816 versos e 10 cantos. Seus versos são feitos em oitavas decassílabas com um sistema rímico conhecido por AB AB AB CC, ou a oitava rima camoniana. A obra é dividida em 4 partes: Da Viagem, Da Mitologia, Plano do Poeta e História de Portugal.