Concordância Verbal: Regra Geral e Casos com um Único Sujeito

Gramática, Português,

Concordância Verbal: Regra Geral e Casos com um Único Sujeito

Em primeiro plano, você sabe o que significa concordância na língua portuguesa? A concordância nada mais é do que aquilo que liga os sentidos de uma frase, sendo uma correspondência entre dois diferentes termos, lembrando que esta, por sua vez, pode ser tanto nominal, quanto verbal, o que, no caso, dependerá da própria frase.

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Neste artigo falaremos um pouco mais da concordância de caráter verbal, que acontece sempre que o verbo da frase se flexiona com o intuito de concordar com o sujeito da mesma.

Regra

A regra é diferente quando se trata de sujeito simples, e outra em 3ª pessoa.

No que diz respeito ao sujeito simples, a regra implica que o sujeito concorda sempre com o verbo tanto no que diz respeito ao número, como também com a pessoa.

Um exemplo é: “O violão tocou uma longa música”.

Já um exemplo na terceira pessoa do singular seria: “Os indivíduos que dançavam perto de nós giravam bem”. Assim, o sujeito no plural deve concordar com todos os verbos, tanto com a pessoa, quanto com o número para que a regra da concordância verbal surta seu efeito.

Mas é claro que, além da regra principal, existem algumas regras complementares e diferenciadas conforme os outros tipos de frases que precisam chegar a essa concordância verbal.

Casos particulares

Primeiramente, devemos destacar que existe uma variedade de casos pelos quais o sujeito simples se constitui de diferenciadas formas, que no caso, faz com que o falante acabe sentindo algumas dificuldades no momento de fazer com a concordância verbal aconteça. Em muitos casos, a concordância de caráter realmente gramatical acaba sendo contaminada por diferentes significados de expressões, que na nossa cabeça passam a noção de um termo em plural, mesmo que as mesmas tenham as suas formas marcadas pelo singular ou o contrário.

Assim, cada um dos casos deve ser analisado de forma individual, a fim de fazer com que a concordância verbal se estabeleça em cada um deles.

Em primeiro plano, devemos atentar para as frases em que o sujeito se forma por meio de uma expressão de caráter partitiva.

Entre elas, podemos exemplificar com as expressões “parte de”, “o grosso de”, “a maioria de”, “grande parte de”, “uma porção de”, “metade de”, “a maior parte”, entre outros casos. Em seguida dessas expressões, quando temos um substantivo ou um pronome em suas versões no plural, a concordância verbal se dá tanto quando o verbo fica no plural, como também no singular.

Assim, destacamos aqui alguns exemplos.

“A maior parte dos candidatos políticos não apresentaram (ou não apresentou) as soluções esperadas pela população”.

Outro exemplo:

“A maioria dos profissionais de transporte coletivo aprovaram/aprovou a greve de ônibus”.

Quando a frase envolve coletivos, a mesma regra muitas vezes pode também ser aplicada.

Um exemplo é: “Um bando de cachorros bagunçou/bagunçaram a casa dos vizinhos”.

Em todos esses casos, devemos destacar que, quando o verbo é utilizado no singular, ele deixa a unidade do próprio conjunto em maior ênfase. Por outro lado, quando optamos pelo plural, o destaque maior fica por conta dos elementos que estão formando esse conjunto.

Sujeito que e quem

Quando o sujeito possui o que como pronome relativo, o verbo deve concordar com o seu antecedente. Assim, “foi ele que falou” seria a opção correta.

Quando indicamos horas por meio dos pronomes, também contamos com algumas regrinhas específicas no que diz respeito à concordância verbal.

Assim, quando os verbos soar, dar e bater são utilizados com o intuito de indicar as horas, o sujeito, que, no caso, costuma ser o relógio, o sino ou o próprio indivíduo, os verbos têm a função de concordar totalmente e diretamente com ele.

Exemplo: “O sino deu 22 horas”.

Por outro lado, quando não temos sujeito envolvidos na frase, o verbo pode unicamente concordar com o tempo, ou melhor, com as horas. Elas, por sua vez, se tornam o principal sujeito da oração.

Um exemplo disto seria: “Deram dez horas agora no meu celular”.

Diferentes pessoas

Quando uma frase envolve pessoas diferentes, o verbo é o responsável por se flexionar no plural, fazendo com que a primeira pessoa sempre prevaleça sobre as outras. A primeira pessoa no caso prevalece sobre a segunda, a segunda pessoa sobre a terceira e assim por diante.

Exemplos:

“Eu e ele fomos na livraria”. Nesse caso, a primeira pessoa sempre prevalece.

“A mãe e eu decidimos parar de fumar”. Nesse caso, a mãe prevalece como sujeito na frase.

Agora que você já conhece as regras simples envolvendo a concordância verbal, além de também já conhecer grande parte dos casos específicos em que esta regra gramatical pode aparecer, certamente você não sentirá mais dificuldades no momento de escrever e fazer com que a concordância esteja correta. Preste atenção em cada um dos casos e, dessa forma, melhore cada vez mais a sua escrita.