Emprego do Substantivo nas Subordinadas
Em primeiro plano, você sabe o que são as orações subordinadas? Ao contrário do que acontece com as coordenadas, as subordinadas são aquelas que dependem de maneira sintática da principal oração, exercendo, então, uma função de caráter sintática no que diz respeito à oração subordinante.
Calma: pode parecer difícil entender pelo conceito, porém, o emprego das subordinadas pode ser mais simples e natural do que você imagina.
Sendo assim, tudo depende da função sintática que é exercita por essa oração subordinada. É dessa forma que ela pode se tornar um termo integrante, essencial ou servir como um verdadeiro acessório na outra oração.
Vamos, então, para um exemplo.
“É necessária a sua participação.”
Se fossemos passar essa frase para a sua ordem direta ela ficaria: A sua participação é necessária. Assim, o sujeito seria o principal destacado por meio do “sua participação”. Porém, as coisas mudam como dissemos de forma oposta.
Para entender melhor (e, também, para facilitar a explicação), as orações subordinadas são divididas em três diferentes times: o das orações substantivas, o das adverbiais e, também, das adjetivas. Por conta disso, neste artigo nós vamos falar unicamente do emprego do substantivo nas subordinadas.
Classificação das subordinadas substantivas
Para que possamos entender como acontece o emprego do substantivo nas subordinadas, é necessário classificar cada oração conforme a função sintática diferenciada que elas exercem. Sendo assim, conheça cada uma das formas de realizar o emprego do substantivo nas subordinadas.
• Emprego dos substantivos em subordinadas subjetivas
O uso dos substantivos nas subordinadas de maneira subjetiva acontece quando a oração tem a função de sujeito. Dessa forma, as orações contam com conjunções subordinativas integrantes, como é o caso do “que” ou do “se”.
Exemplo:
“É certo que ele irá aceitar.”
Para ver se a oração subordinada é realmente subjetiva, basta fazer a pergunta “o que” para o próprio verbo. A resposta estará no sujeito da própria oração principal ou, então, caso não haja a existência de um sujeito, ela estará, então, na oração subordinada.
• Emprego dos substantivos em subordinadas objetivas diretas
Nesse caso, as orações têm a função sintática de ser um objeto direto. Elas também contam com conjunções subordinativas como é o caso de “se” ou “que”. Porém, nesse caso, o sujeito já vem dito ou pelo menos subtendido na própria oração principal. Confira no exemplo:
“Todos desejam a sua presença”. Nesse caso, o sujeito é todos os já presentes e o objeto direto é “a sua presença”.
• Emprego dos substantivos em subordinadas objetivas indiretas
A função sintática agora é com objeto indireto, e as orações também precisam do auxílio das conjunções “se” ou “que”, porém, geralmente são precedidas da presença de preposições, sejam elas já previamente expressas ou não. Nesse tipo de emprego dos substantivos em subordinadas, o verbo principal é transitivo direto / indireto. Lá vai o exemplo:
“Não vou me esquecer daquilo que fez semana passada”. O sujeito no caso é o ME, e o objeto indireto “daquilo que fez semana passada”.
• Emprego dos substantivos em subordinadas completivas nominais
Os substantivos subordinados completivos nominais, por sua vez, exercem a função de completo nominal e podem ou não vir com as expressões “que” ou “se”.
Nesse tipo de oração, a subordinada é sempre responsável por tornar completo o sentido presente em um nome, seja um substantivo mesmo, ou também um adjetivo presente na oração principal. Além disso, ela conta com a preposição.
“Tenho a certeza de que gostou do imóvel.”
Nessa frase é notável que a oração subordinada só pode ser completa quando entendemos qual é o sujeito da oração principal.
• Emprego dos substantivos em subordinadas predicativas
As predicativas são mais simples: são aqueles em que a função sintática é predicativa com o sujeito da própria oração principal. Pode ou não contar com o “se” ou “que’. O exemplo:
“Minha vontade é/ que ficássemos juntos.”
No caso, o sujeito é a minha vontade e o predicativo do sujeito o “que ficássemos juntos”.
• Emprego dos substantivos em subordinadas apositivas
Já a oração subordinada substantiva apositiva é aquela em que a oração se torna um verdadeiro aposto no que diz respeito à oração principal. Sendo assim, a oração apositiva sempre é separada por meio de vírgulas, travessões ou, ainda, por dois pontos.
Aqui vai o exemplo:
“Eu só lhe peço um favor: que jamais me deixe”.
Nesse caso o sujeito oculto é o eu e o oposto se torna o “que jamais me deixe”.
• Emprego dos substantivos em subordinadas agentes da passiva
Já envolvendo as orações subordinadas substantivas, que são agentes da passiva, devemos começar destacando que muitas são as gramáticas que nem sequer reconhecem esse modelo de classificação.
Porém, devemos considerar esse caso toda vez que as orações se iniciam por meio de pronomes indefinidos, como é o caso de “qualquer” ou “quantos”, por exemplo. Além disso, também contam com preposições como “de” ou “por”.
Exemplo:
“O projeto foi desenvolvido/por quem estuda aquele assunto.”
O agente da passiva nesse caso está no final: por quem estuda aquele assunto.