Formas Nominais do Verbo
O verbo, como divisão gramatical, é a divisão mais proveitosa referente aos demais tipos de forma que pode ter número, modo, tempo, pessoa e voz. Esse vocábulo pode expressar, estado, fenômenos da natureza, ação ou mudança de estado, relacionados há um tempo pré determinado.
As formas nominais do verbo recebem esse nome porque quando aparecem em uma oração, elas exercem funções de nomes como, por exemplo, advérbios, adjetivos e substantivos. Com isso, o verbo abandona os seus valores iniciais e passa a ter utilidade de nome. Essa forma verbal não possui forma de tempo nem de modo.
As formas nominais do verbo são: infinitivo, gerúndio e particípio, elaboradas a partir da proposição (radical + vogal temática) e acrescentando as desinências estipuladas para cada forma.
Para o infinitivo, a desinência que deve ser colocado no final do verbo é o (-r).
Ex: conhecer, sorrir, brincar.
Para o gerúndio, a desinência prescrita é o (-ndo).
Ex: fazendo, partindo, pensando.
Para o particípio, a desinência usada é o (-do).
Ex: escolhido, falado, permanecido.
Infinitivo
O infinitivo é a forma verbal que apresenta o verbo como ele é, ou seja, sem qualquer tipo de conjugação. Essa forma é a que se assemelha mais com o substantivo, e pode transmitir a ideia de ação ou estado.
O infinitivo apresenta três conjugações, primeira, segunda e terceira. O sufixo do verbo é que vai mostrar que ele encontra-se na forma nominal. Os sufixos são:
1º conjugação: sufixo AR (Ex: amar, comemorar)
2º conjugação: sufixo ER (EX: comer, fazer, ser)
3º conjugação: sufixo IR (Ex: dormir, partir, ir)
O infinitivo apresente dois modelos, o infinitivo impessoal e o infinitivo pessoal. No impessoal o método verbal não faz relação com nenhum tipo de sujeito, isto é, ele próprio fala da ação. Já o pessoal há um sujeito incluído na ação, o que a faz ser considerada pessoal.
– Infinitivo impessoal: pode ser encontrado no presente ou no passado.
Ex: Comer muito faz mal à saúde.
É preciso ler este livro.
Trouxe algumas tarefas para fazer.
– Infinitivo pessoal: está junto com três pessoas na oração. A 1ª e 3ª pessoas do singular, não possuem desinências, admitindo a mesmo jeito do infinitivo impessoal. Já nas demais pessoas existem a inserção de uma desinência.
Ex:
2ª pessoa do singular (tu): parte fixa + ES (Ex: teres)
1ª pessoa do plural (nós): parte fixa + MOS (Ex: termos)
2ª pessoa do plural (vós): parte fixa + DES (Ex: terdes)
3ª pessoa do plural (eles): parte fixa + EM (Ex: terem)
Gerúndio
O gerúndio sinaliza uma ideia de continuidade do fato verbal e, normalmente, é reconhecido pelo sufixo (-ndo). É usado em todos os tempos verbais, e em diversos casos seguido por um verbo auxiliar. O gerúndio pode ficar no posto de um adjetivo ou advérbio.
Ex:
Posto de adjetivo: Nas ruas, havia crianças vendendo doces.
Posto de advérbio: Saindo de casa, encontrei alguns amigos.
Além disso, quando o gerúndio está na sua forma simples pode manifestar uma ação que ainda está acontecendo, e na forma composto uma ação que já foi terminada.
Ex:
Trabalhando, aprenderás o valor do dinheiro. (simples)
Tendo trabalhado, aprendeu o valor do dinheiro. (composto)
Particípio
O particípio da a ideia de uma ação já finalizada e emprega para a grande parte dos verbos os sufixos ADO ou IDO. Ele pode ser flexionado em grau, número e gênero.
O particípio possui duas formas: particípio regular e particípio irregular. Os particípios regulares são utilizados na voz passiva, ligados a verbos auxiliares como ter e haver. Já os particípios irregulares são utilizados na voz passiva, ligados aos verbos auxiliares, estar, ser e ficar.
Ex:
Terminados os exames, os candidatos saíram.
Esquecidos os problemas, deitou em sua cama e descansou.
Paulo havia acendido a lareira.
Quando o particípio assume somente a função de estado, sem ter nenhuma relação com o tempo, ele está adotando a função de adjetivo.
Ex:
Ela foi a aluna escolhida para representar a escola.
Gerundismo
O gerundismo é uma expressão empregada para indicar o costume de usar o gerúndio em excesso na fala, tornando-se um vício de linguagem. Essa mania de acordo com os padrões de norma culta da língua é conceituada como errada.
Ex:
Vamos estar encaminhando sua solicitação.
No exemplo acima, há um exagero de verbos, o que caracteriza o uso errado do gerúndio.
IR + ESTAR + ENCAMINHAR = encaminharei.
A frase correta ficaria assim:
Encaminharemos sua solicitação.
Pode-se concluir que o uso inadequado do gerúndio, forma verbal usada normalmente, pode desencadear um vício de linguagem, conhecido como gerundismo, que pode atrapalhar a clareza da comunicação.