Descoberta do benzeno

Michael Faraday foi o responsável pela descoberta do benzeno, em 1825. Essa substância é um composto aromático. Fisicamente esse composto químico é um líquido pouco reativo e não possui cor. Por ser um hidrocarboneto (C6 H6), é uma substância inflamável, incapaz de se diluir em água. A química orgânica possui outros tipos de compostos aromáticos, tais como:

• Naftaleno;
• Antraceno;
• Tolueno.

benzeno

Ressalta-se outro problema depois da descoberta do benzeno, no qual os pesquisadores tiveram trabalho para entender, que foi o modelo estrutural que formularia o benzeno.

Depois de muitos estudos, apenas 40 anos depois, em 1865, foi possível decifrar, além da descoberta do benzeno, a sua fórmula estrutural. Porém, não foi Faraday, quem realizou a descoberta do benzeno, que solucionou o problema relacionado com a estrutura responsável pela fórmula do composto químico, mas sim o químico alemão Friedrich August Kekulé Von Stradnitz.

Se por um lado as regras de ligação foram resolvidas, através de Kekulé, por outro ainda fica o enigma de como explicam as propriedades do benzeno quimicamente, pois a ciência ainda trabalha para descobrir.

Hidrocarboneto aromático

A presença de anéis benzênicos, que podem variar entre um ou mais dependendo do elemento, é um componente estruturante de qualquer composto aromático. Esses anéis são importantes, porque, de modo simplificado, indicam que os elétrons presentes nos compostos aromáticos estão em ressonância, isto é, movimentam-se por meio dos átomos de carbono.

Todo hidrocarboneto aromático deriva do benzeno. Além do grupo aromático, existem também os hidrocarbonetos alifáticos. A generalização para os hidrocarbonetos em termos de temperatura e pressão do meio-ambiente é a de que eles assumem a forma física de acordo com a quantidade de carbonos que estiverem presentes em suas composições, sendo que pode ser líquida, gasosa ou sólida.

Por sua densidade ser menor do que a da água, nenhum hidrocarboneto se funde com ela, inclusive o benzeno, que também é um hidrocarboneto, porém aromático e não alifático. Este, por sua vez, não possui nenhum anel aromático para todas as suas substâncias químicas.

Há outros aromáticos, derivados do benzeno, que podem ser utilizados para a fabricação de bomba do tipo TNT. No entanto, a sua presença se faz constante em outros produtos dos quais, pouquíssimas pessoas têm noção (muitas vezes ligadas a área), tais como:

• Borrachas;
• Lubrificantes;
• Corantes;
• Pesticidas.

Exposição ao benzeno

Segundo a International Agency for Research on Cancer o benzeno é uma substância capaz de desenvolver câncer nas pessoas. Esse composto químico é amplamente utilizado em muitos produtos de nosso cotidiano, tais como:

• Detergentes;
• Gasolina;
• Plástico.

Por ser consumido por veículos monomotores através do combustível, sua alteração do estado líquido para o gasoso não impede que o benzeno esteja presente na fumaça expelida pelo escapamento do carro. Até mesmo para aqueles que são viciados em cigarro, além de causar dano à saúde, fumar diretamente também prejudica os chamados fumantes passivos, que são as pessoas que não fumam, porém estão expostas à fumaça do produto tóxico.

Embora os alertas estejam sendo dados para os riscos ocasionados pelo benzeno, ainda não é possível determinar com exatidão qual o limite máximo de se expor a esse componente químico, muito presente, porém excessivamente prejudicial para o ser humano.

Os órgãos fiscalizadores de gasolina brasileira determinam que a substância seja utilizada no combustível como um aditivo. No entanto, a presença por volume do benzeno é de até 1%, para aqueles que abastecerem seus veículos com tipo C ou Premium tipo C de gasolinas.

Ou seja, pelo simples fato de inalar o ar já estamos nos contaminando com a substância que é capaz de influenciar no desenvolvimento de câncer. Logo, esse composto químico é caracterizado como um contaminante global, devido a sua presença em todos os lugares, tais como:

• Regiões industriais;
• Áreas urbanas;
• Áreas rurais.

Não é possível determinar também o nível de exposição de cada indivíduo, seja no Brasil ou em qualquer parte do mundo. Todavia, a presença do benzeno é maior onde mais se realiza a sua atividade. Quanto mais fontes produtores do componente pelo ar estiverem em atividade, pior se torna a qualidade do ar e maiores se tornam os danos desenvolvidos a cerca de sua concentração.

O benzeno pode atingir os mais variados tipos de órgãos do corpo humano, pelo que alertam os médicos, como o coração, rim, fígado, pulmão etc. Todavia, não são apenas as pessoas que correm riscos de vida em relação ao composto químico. Os animais também estão vulneráveis aos efeitos danosos dessa substância.

O primeiro relato de que o benzeno poderia induzir ao desenvolvimento de câncer ocorreu na década de 20. Os danos causados em algumas mulheres acabaram que prejudicando seus períodos menstruais. Além disso, houve também a diminuição do ovário, que causaram sérios problemas reprodutivos para as pacientes que apresentaram esse quadro clínico.

Entretanto, ainda faltam estudos preliminares para determinar se esses problemas ocasionados pelo benzeno poderiam prejudicar o período gestacional ou se comprometeria definitivamente a fertilidade das acometidas. Com isso, a exposição ao benzeno é um problema de saúde pública, que dever ser encarado com muita seriedade.