Nomenclatura oficial dos álcoois
O objetivo do artigo de hoje é tentar entender como funciona a nomenclatura oficial dos álcoois. Se você quer saber mais sobre esse assunto vem com a gente!
Os álcoois
Definidos como compostos onde o grupo hidroxila (-OH) liga-se a um carbono saturado em uma cadeia do tipo “aberta”, os álcoois são classificados levando-se em consideração a posição da hidroxila, podendo ser: primários, secundários, ou, terciários.
Pode-se dizer que os álcoois são de natureza ácida, sendo assim, reagem facilmente com metais, cloretos de ácidos e anidridos. Entre os principais representantes dessa classe estão o “etanol”, o “metanol” e o “glicerol”.
Vamos a nomenclatura?
Em primeiro lugar cabe dizer que a nomenclatura desses compostos segue a algumas regras estabelecidas pela União Internacional da Química Pura e Aplicada (IUPAC) – criada e oficializada no ano de 1979 -, a qual leva em conta a hidroxila presente no sufixo, portanto, na terminação da cadeia. Já o restante do nome acaba seguindo as regras estabelecidas para os chamados hidrocarbonetos. Vamos a elas?
1) Prefixo = Quantidade de Carbono;
2) Intermediário = Tipo de ligação entre os carbonos;
3) Sufixo = Grupo Funcional (no caso álcool = ol);
Portanto, fica assim:
Quantidade de Carbono ? Tipo de ligação entre os Carbonos ? Grupo Funcional (ol)
É importante registrar que o sufixo “ol” indica à existência do grupo funcional dos álcoois, no caso a hidroxila, ligado a um ou mais carbonos.
Outra importante regra estabelecida diz respeito a sílaba entre o prefixo e o sufixo (intermediário). Caso a ligação entre carbonos seja do tipo simples usaremos “an”; mas, se ela for dupla devemos utilizar “en”; por fim se for tripla “in”. Acompanhe os exemplos:
H3C – OH: met + an + ol = metanol
Nomenclatura Monoálcoois
Como você deve imaginar, monoálcoois referem-se a compostos que apresentam, única e exclusivamente, apenas um grupo OH (hidroxila) dentro de sua estrutura. Os chamados monoálcoois não ramificados recebem a seguinte nomenclatura:
H3C — CH2 — CH2 — OH: propan – 1 – ol
OH
H3C — CH — CH2 — CH3: butan-2-ol
Os ramificados, por sua vez, acompanham a mesma lógica, entretanto, devemos atentar par um detalhe: as ramificações devem ser citadas no início do nome do composto, e, caso haja mais de uma ramificação todas devem ser citadas acompanhando a ordem alfabética. Acompanhe:
OH CH3
H3C(1) – CH (2)-CH2 (3)-CH(4)-CH2 (5)-C(6)-CH3
CH2 CH2 (7)
CH3 CH3 (8)
– Entendendo: No número 4 (CH) temos uma ramificação etil; já no número 6 (C) uma dimetil; aliado a isso oito cadeias se seguem transformando-se em um octan (an por ser ligação simples). Nesse caso temos um 4 etil dimetil octanol.
Os Poliálcoois
São assim denominados os compostos que apresentam mais de um grupo OH. Aqui cabe, além das regras já aprendidas, acrescentar sufixos indicando a quantidade de hidroxilas presentes na estrutura, por exemplo: di, tri, tetra. Veja:
OH OH
|
H2C — CH2: etanodiol
Ou seja, esses compostos têm duas hidroxilas em sua estrutura, portanto “di”.
A nomenclatura de Kolbe
Conhecida por ser um dos tipos de nomenclatura para compostos orgânicos mais antigos, a “Kolbe” foi criada pelo químico alemão Adolph Wilhelm Hermann Kolbe.
O estudioso denominou o metanol de carboinol, logo, basta apenas dizer o nome da molécula acrescida da palavra carbinol. Vamos ao exemplo:
CH3
H3C -C-OH
CH3
Veja: C – OH = carbinol, portanto temos um trimetil – carbinol.
Importância da nomenclatura
O fato de existirem regras que auxiliam na hora de identificar os “compostos orgânicos” facilita, e muito, a vida de químicos, físicos e cientistas em geral. Até pouco tempo não existiam tais regras e o que acontecia é que a cada novo composto este recebia o nome de quem o descobriu, nada didático não acha?
Tudo começou a mudar quando no Século XIX diversos compostos foram descobertos levando então a necessidade de se criar um tipo de “regra”, ou “sistema” que facilitasse na hora de identificar cada um dos compostos.
Como você pode perceber este artigo se propunha a explanar apenas, e somente, sobre a nomenclatura oficial dos álcoois, portanto, para saber a respeito dos demais compostos orgânicos sugerimos que consulte o sistema criado pela União Internacional da Química Pura e Aplicada, só assim você terá as informações mais completas possíveis.
No mais agradecemos sua visita e aguardamos ansiosamente pelo próximo encontro. Não deixe de dar uma olhada em nossos outros artigos. Bons estudos e até a próxima!