Propriedades intensivas e extensivas

Quí­mica,

Propriedades intensivas e extensivas

Durante as nossas atividades do dia a dia, passamos por diversas situações comuns e extremamente simples. Porém, nunca paramos para analisar mais profundamente esses acontecimentos. Por exemplo, quando colocamos a água ferver para preparar o café ou quando pegamos uns cubinhos de gelo para colocar no suco, nós não nos preocupamos em saber (muito embora tenhamos aprendido na escola) qual o ponto de ebulição da água ou qual a densidade do gelo.

Por isso, existe uma área específica que faz isso por nós e analisa o que chamamos de propriedades intensivas e extensivas. De acordo com essa classificação, podemos identificar determinadas substâncias a partir das suas propriedades químicas e físicas. Os atributos químicos podem ser relacionados com a habilidade que certo elemento tem em modificar-se em outro.

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Já quando falamos em atributos físicos, estamos detalhando aquelas substâncias que permitem ser coletadas e analisadas sem a modificação na sua composição. Podemos citar alguns exemplos básicos de propriedades físicas:

• Temperatura;
• Ponto de ebulição;
• Massa;
• Volume;
• Ponto de fusão;
• Estado físico (gasoso, líquido e sólido);
• Densidade;
• Propriedades organolépticas: dureza, cheiro, cor e sabor.

Logo, as propriedades intensivas e extensivas só podem ser aplicadas em substâncias e elementos físicos, uma vez que somente elas permitem que sejam classificadas conforme a sua conexão da massa na amostra. Nesse caso, confira as principais características de cada um dos tipos e alguns exemplos a que podem ser empregados.

Propriedades intensivas

Como vimos na explicação acima, podemos considerar que as propriedades intensivas e extensivas de um atributo físico se dão por meio da dependência da variação da massa, ou seja, essas propriedades são coletadas e, em seguida, analisadas sem sofrer alteração na composição do seu material.

Falando especificamente das propriedades intensivas, podemos afirmar que são aquelas que não dependem, de maneira alguma, da massa da amostra. Por exemplo, imaginemos uma solução. Agora, pense nessa mesma solução sendo submetida à medição da sua temperatura. Nesse caso, não importa a quantidade de líquido envolvido no procedimento, a temperatura vai ser sempre a mesma. Por esse motivo é possível afirmarmos com precisão que a temperatura é caracterizada como uma propriedade intensiva da matéria.

Ainda tendo como exemplo a temperatura, podemos analisar essa mesma situação por outro ângulo: a partir do ponto de ebulição. Quando submetemos a água a uma temperatura bem alta, o seu ponto de fervura será sempre o mesmo, 100ºC, independente da quantidade de água que se tenha dentro do recipiente ou se o termômetro for colado diretamente na panela ou em um copo com uma pequena quantidade dessa mesma água.

Confira mais alguns exemplos de propriedade intensiva.

• Densidade: calculada a partir da fórmula d = m/v, esse tipo de propriedade física é rotulada como intensiva pelo simples fato de não ser possível modifica-la a partir da sua variação de quantidade ou do tamanho do corpo. Podemos aplicar esse processo a um cubo de gelo ou a um iceberg. O primeiro é muito pequeno se comparado com o segundo. No entanto, a densidade de ambos é a mesma: 0,92 g/cm3.
• Pressão: obtida por meio da fórmula P = F/A, é classificada como intensiva porque, mesmo que haja um aumento significativo tanto na força quanto na área de um determinado sistema, a pressão não sofrerá nenhum tipo de alteração;
• Ponto de fusão: é caracterizado dessa forma quando acontece a modificação de um corpo do estado sólido para o estado líquido. O exemplo mais comum é o do ferro. O seu ponto de fusão é exatamente quando atinge 1.538 °C. Assim, não importa que seja fundido 2 kg de ferro ou 10 toneladas, a temperatura é invariável;
• Calor específico: representa uma quantidade de calor ideal para que seja possível que 1 grama de qualquer substância aumente em 1 °C a sua temperatura. Lembrando que, como é uma propriedade intensiva, não é permitido que nesse processo ocorra a mudança de estado físico. Ex.: o cobre, que tem como calor específico um valor de 0,092 cal/g °C, não importando a sua quantidade;
• Inflamabilidade: podemos definir dessa forma qualquer substância que apresente certa facilidade em entrar em combustão ou em ignição. Nesse caso, a gasolina, colocando-se 2 ml ou 50 litros, inflamará da mesma maneira.

Propriedades intensivas

Até agora, podemos concluir que o estado de certo sistema é determinado ou qualificado por meio das suas propriedades. Cada uma delas, analisadas dentro de um sistema e em um dado estado, possui um valor exclusivo, capaz de ser medido de maneira direta ou indireta. Logo, para que isso seja possível, faz-se necessário distingui-los em propriedades intensivas e extensivas.

Os exemplos acima se referem às propriedades intensivas. A partir desse momento, serão analisadas situações aplicadas às propriedades extensivas, que nada mais são do que elementos que dependem diretamente da massa da amostra. O caso mais comum desse processo diz respeito ao volume. Se pegarmos um saco de arroz de 2 kg, na hora iremos observar que ele ocupa um espaço menor se comparado com um de 5 kg.

Outra situação de propriedade extensiva é a energia liberada em uma combustão. Por exemplo, ao imaginarmos a queima de um fósforo, logo perceberemos que ele irá liberar bem menos energia do que uma fogueira, em que está envolvida a combustão de muitos galhos.