Química Verde

Quí­mica,

Química Verde

Nos dias de hoje, a preservação e os cuidados com o meio ambiente se tornam uma pauta com presença marcante em vários âmbitos – tanto nas empresas de caráter público, como também nas privadas.

Dessa forma, é cada vez mais comum atentar para ações como aquelas que interessem ao GreenPeace, uma instituição sem fins lucrativos que tem como objetivo dar o fim a uma série aspectos prejudiciais à natureza, como o desmatamento, poluição e outros, tudo isso por meio de petições. E, se você também se enquadra nesses ideais, certamente vai gostar de conhecer um pouco mais sobre o conceito de Química Verde.

Como a química se relaciona com o meio ambiente?

Você pode estar com um pouco de dificuldade para entender plenamente por que é que a química se tornaria um dos agentes mais agravantes e ameaçadores para nosso meio ambiente. Na realidade, a química é prejudicial à medida que atua diretamente na poluição dos rios, mares e águas em geral, além do próprio ar, que acaba sofrendo com as iniciativas tomadas nesse sentido.

Química

Além disso, é claro: a química está em absolutamente tudo. Está no shampoo e condicionador do seu banho, na maquiagem para as mulheres e no perfume para os homens. Marcar a sua presença no ambiente é algo tão comum e rotineiro que dificilmente atentamos para algo como “olha só, isso aqui é química” – até porque, ela também está até mesmo em nosso organismo, certo? Porém, infelizmente, muitos são os indivíduos que logo atrelam a química a algo negativo e prejudicial para o meio ambiente, sem levarem outros aspectos como esse em consideração.

E foi com base nisso, lado a lado com a necessidade de criar um espaço para contínuo desenvolvimento das esferas global, econômica e ambiental de forma sustentável que a química sustentável – ou química verde, como vamos tratar aqui – surgiu.

É nesse cenário que a química surge como uma ciência capaz de aprimorar técnicas e métodos, além de desenvolver e aplicar novos e menos danosos produtos e demais processos químicos, sendo os seus objetivos nada limitados: reduzir ou, possivelmente, eliminar por completo a geração e o próprio uso de componentes que venham a prejudicar não só a saúde humana, como de todos os seres vivos (como as florestas) em uma escala global.

Sendo assim, alguns pontos que a química verde prega são:

• Eliminar por completo o uso de periculosidades que se associem a componentes tóxicos para a saúde (principalmente por meio da restrição de tais);

• Desenvolver materiais e tecnologias avançadas a ponto de que não prejudiquem mais a sociedade, deixando a poluição de lado.

• Além disso, a química verde quer não só “comandar e controlar” essa vertente, mas, daqui a algum tempo, prevenir para que tais danos já não ocorram mais.

Quais são os princípios da química verde?

Como você já pôde ter compreendido, a química verde nasceu como uma linha de pensamento que tem se difundido de maneira bem expressiva graças à intenção de ser uma aliada direta do meio ambiente. Para a criação da mesma, ela foi baseada em 12 diferentes passos, sendo eles voltados principalmente para melhorias internas e externas em processos químicos desempenhados nas indústrias.

Vamos conhecer um pouco mais sobre os seus princípios?

1. Prevenir – Nesse sentido, a química verde visa evitar – principalmente por meio de pesquisas no setor de rotas de produção – que subprodutos nocivos se formem a partir de suas atividades;

2. Eficiência – provocar grandes mudanças no que se refere aos reagentes utilizados para a finalização de produtos;

3. Síntese segura – estudar especialmente as sínteses que têm capacidade de não produzir tais subprodutos nocivos, os quais são tão prejudiciais para nossa sociedade. A síntese também inclui a própria condução do mesmo.

4. Produtos verdadeiramente seguros – com produtos finais seguros e longe de poluir ou prejudicar a saúde do meio ambiente, certamente o nosso planeta se tornará muito mais seguro e saudável;

5. Solventes seguros – e com os solventes é a mesma coisa. A química verde visa preferenciar aqueles em que seu descarte após uso possa ser feito de maneira simples e sem qualquer impacto de caráter ambiental;

6. Integração de energia – em meio ao processo químico, a energia (em formato de calor) gerada é muito alta. A intenção da química verde é reaproveitá-la em seus processos internos e industriais.

7. Uso de fontes renováveis – as matérias primas utilizadas preferencialmente devem ser de origem de fontes renováveis;

8. Derivados – não deixar que derivados sintéticos se formem no ambiente.

9. Catálise – apostar no uso de catalisadores para tornar a reação mais rápida, eximindo a necessidade de produzi-la com novos produtos.

10. Produtos degradáveis – apostar em um produto que, por ventura, passa por um processo de reciclagem pela própria natureza.

11. Como está a poluição? Essa análise deverá ser feita com frequência para evitar qualquer modelo de contaminação.

12. Química segura – por fim, a química verde também tem como intuito proteger as indústrias contra contaminações e demais acidentes de grandes proporções.