Reação de polimerização
É o nome dado a um tipo de reação química que origina os polímeros, lembra deles?
Polímero é uma palavra de origem “grega” polumeresque significa “muitas/diversas partes”. Estas unidades estruturais são macromoléculas formadas a partir de uma minúscula unidade molecular oriunda de um composto químico, denominada “monômero”.
Cabe lembrar que os polímeros podem ser classificados de acordo com distintos aspectos, por exemplo: classificação de acordo com família química a qual pertencem, estrutura das moléculas que o formam, comportamento perante ações mecânicas e térmicas, natureza, e até mesmo, pelas reações de polimerização.
Existem polímeros lineares (cadeias dispostas de forma aleatória); ramificados (cadeias que se conectam, entretanto, com a presença de ramificações); e reticulados (cadeias que se conectam por meio de ligações covalentes, ou cruzadas).
O que acontece na polimerização?
Dentro da reação de polimerização o monômero unifica-se de maneira sucessiva levando a produção de trímeros, dímeros, tetrâmeros até chegar aos polímeros.
Conceituando: Dímero (dois monômeros em cadeia, portanto uma repetição); Trímero (três monômeros em cadeia, logo duas repetições); Tetrâmeros (quatro monômeros em cadeia, sendo três repetições); Polímeros (processo onde não há repetições na cadeia).
O fenômeno da polimerização pode ser considerado um dos mais importantes tipos de composição de macromoléculas, e tende, a acontecer em compostos químicos com dupla união. Podemos dividir esta reação química em: polimerização por adição, ou ainda, polimerização por condensação. Vamos a cada uma delas:
Polimerização por adição
Neste processo ocorre o seguinte: a última macromolécula a ser formada será resultado da união entre monômeros muito semelhantes – na verdade quase idênticos – entre si. Diante disto o monômero apresentará, no mínimo, uma dupla ligação entre os carbonos.
A medida que o processo avança o próximo estágio será o rompimento de uma dessas ligações, que consequentemente, formará mais duas ligações, mas desta vez simples. Pode-se afirmar que atualmente a maior parte dos polímeros industriais são produzidos através do processo de adição.
Talvez você esteja se questionando: Na prática o que é um polímero? Então vamos lá, dois grandes exemplos que passam pelo processo de polimerização por adição são o Policloreto de Vinila (PVC), e também, o Polietileno.
– Polietileno: substância extensamente utilizada na produção de sacolas plásticas – aquelas utilizadas em supermercados -, também brinquedos e capas para fios de eletricidade. O polietileno é oriundo da junção de diversas moléculas de etileno.
– PVC: o Policloreto de Vinila certamente você deve conhecer, este tipo de material é utilizado na fabricação de canos para instalações e encanamentos, também utilizado para produção de embalagens, sapatos de plástico, discos e uma infinidade de produtos
Polimerização por condensação
Nos casos de polimerização por condensação os polímeros serão formados pela junção de dois, ou até mesmo mais monômeros, mas desta vez distintos entre si. Diferentemente da polimerização por adição, neste processo as ligações entre as unidades moleculares não serão, estritamente, as duplas entre carbonos, contudo, são apresentados tipos diferentes de grupos funcionais. Pode-se citar como importantes polímeros de condensação o amido e as proteínas.
– Proteínas: como já visto em outros artigos deste mesmo site as proteínas são constituídas pela junção dos aminoácidos, neste caso é eliminada a molécula da água.
– Amido: formado a partir da união de diversas moléculas de glicose, também sem a presença da água. O amido pode ser considerado como a principal fonte de energia de algas, e também das plantas.
Na polimerização por condensação todas as reações ocorrem divididas em etapas e o processo só tem fim quando um dos reagentes que a desencadeou seja totalmente consumido.
Polímero formado por adição ou condensação
Mas é claro que para toda regra há uma exceção, portanto, vale salientar que há uma substância o copolímero, que pode ser formado tanto por meio da polimerização por adição quanto por meio da polimerização por condensação.
Os copolímeros são formados pela junção de dois, ou até mesmo mais, monômeros que devem ser diferentes entre si. A buna – N e a buna – S são ótimos exemplos de copolímeros, ambas são substâncias produzidas em laboratório, borrachas usada para produção de pneus, mangueiras, e até mesmo, alguns líquidos corrosivos.
Oferecem algum risco?
Atualmente temos vivido uma fase onde empresas e cidadãos estão cada vez mais preocupados com as questões ambientais. E é exatamente nessa área que encontra-se o problema dos polímeros, afinal, tais macromoléculas apresentam extrema dificuldade para serem decompostas. Alguns podem até mesmo ser depolimerizados, ou ainda, decompostos por meio de fusões, mas em geral, o processo não é assim tão fácil.
Além disso, para que a “reciclagem” de tais produtos realmente ocorra é necessário um processo caro e lento. Portanto, podemos contar apenas com o bom senso e o consumo responsável de tais substâncias.
Tivemos a oportunidade de revisitar alguns conceitos básicos do campo da química. A equipe do “Resumo Escolar” espera ter lhe ajudado em mais essa empreitada do saber.