Teoria Atômica de Dalton

Quí­mica,

Teoria Atômica de Dalton

Muitos séculos se passarem desde as primeiras descobertas das teorias atômicas (com a determinação de Demócrito e Leucipo) até o modelo que conhecemos atualmente, ou melhor, o “Modelo de Dalton”. É graças ao espaço de tempo entre as duas resoluções que muitos experimentos foram possibilitados – o que, inclusive, nos leva à retomada de tal discussão atualmente, já com uma visão mais complexa, moderna e aprofundada sobre o assunto.

Teoria Atômica de Dalton

Sobre a teoria atômica de Dalton

Tudo começou em 1803, quando John Dalton criou a seguinte suposição: o átomo consiste em uma esfera homogênea, maciça, que não pode ser destruída e nem se quer dividida. Além disso, sua carga elétrica é sempre neutra, ou seja, zerada.

Essas afirmações, simples e que cabem em um curto parágrafo, são as que determinam a Teoria Atômica de Dalton. Os experimentos que levaram a tais conclusões são hoje divididos em 6 diferentes fundamentos (que veremos a seguir).

De acordo com especialistas, o professor inglês Dalton criou o seu modelo após a publicação de um trabalho com aspectos que já haviam sido pontuados anteriormente por outras pesquisas e estudos na área. Além disso, há ainda aspectos autênticos, que foram destacados pela primeira vez. Estes se aplicariam não só às teorias atômicas, mas também, à formação de compostos e as leis relacionadas à conservação de massa.

Os fundamentos da Teoria Atômica de Dalton

Para estabelecer o seu modelo atômico, o professor inglês levou em consideração os seguintes fundamentos:

1. Absolutamente tudo que temos no meio ambiente (ou seja, qualquer matéria) é formado por partículas minúsculas e, na grande maioria das vezes, microscópicas. Tais partículas, por sua vez, foram denominadas por Dalton como ‘átomos’.

2. Os átomos (ou partículas) não podem ser seccionados, ou melhor, divididos. Além disso, não é possível criá-los ou destruí-los mecanicamente, o que os torna indestrutíveis.

3. Não existem muitos tipos diferentes de átomos.

4. Átomos de elementos idênticos sempre apresentarão características idênticas. Por outro lado, átomos de diferentes matérias apresentarão características igualmente variadas. Quando combinamos os átomos em proporções pré-definidas, é possível definir toda a matéria que compõe o meio ambiente.

5. Em meio às reações químicas, tais partículas são inalteráveis – elas apenas formam outra espécie de arranjo.

6. Os átomos são muito similares a esferas maciças (comumente associados a bolas de bilhar), que uma acima da outra, se organizam como em um empilhamento.

Destes fundamentos, muitos foram provados pelo próprio professor inglês (em demais estudos e trabalhos de sua autoria). Outros, por sua vez, foram definidos a partir de publicações da antiguidade clássica.

Porém, o mais relevante da Teoria Atômica de Dalton se refere ao fato de que ela foi fundamental para a determinação de uma explicação mais satisfatória, compreensível e concisa de dois diferentes fenômenos. São eles:

1. Quando submetidas a reações químicas, as partículas dos reagentes se misturavam entre si, resultando em novos produtos. A massa total, por sua vez, era preservada.

E é exatamente isso que diz a Lei de Lavoisier, que afirma que as massas totais dos produtos de reação, ao serem somadas, são idênticas à soma das massas dos átomos que foram anteriormente consumidos.

2. Com base na primeira afirmação vem a segunda, que diz que essas combinações ocorrem em proporções perfeitamente definidas.

Um exemplo clássico é em relação à reação das moléculas de nitrogênio com as de hidrogênio: duas partículas de nitrogênio reagem com outras três de hidrogênio e formam, sempre, duas moléculas de amônia. Neste sentido, a proporção é a seguinte: 2:3:2 (2N² + 3H² = 2NH).

Além disso, mesma que a reação em questão seja reversível (lembrando que quase todas elas são reversíveis, pelo menos, em pequena escala), a proporção não altera o seu valor – mas apenas, a sua ordem.

Atualmente, apenas três entre os seis fundamentos de Dalton são utilizados na química. São eles:

• Todo elemento químico ou matéria é formada por pequenas partículas – estas, por sua vez, são chamadas ‘átomos’;
• Os átomos são mudam a partir de suas reações químicas (sendo a massa sempre conservada);
• Todos os átomos são formados por proporções fixas. Não à toa, eles têm a mesma massa.

A Teoria Atômica de Dalton também nos auxilia na definição de alguns conceitos químicos importantes, sendo eles:

1. Elemento químico: consistem em grupos de átomos/partículas com o mesmo tamanho, massa e demais propriedades. Um exemplo neste sentido é o cobre;

2. Diferentes substâncias: consistem em combinações de átomos de diferentes propriedades. Um exemplo claro diz respeito à água, que é formada a partir da mistura de um átomo de oxigênio com outros dois átomos de hidrogênio;

3. Reações químicas: as reações químicas não alteram os átomos, mas apenas os ‘rearranjam’. Neste sentido, os átomos jamais são destruídos – apenas são utilizados como base para o surgimento de novas substâncias. Um exemplo é o seguinte: C + O² = CO².