Modernização na Transição do Império para a República
A proclamação da República no Brasil aconteceu em 15 de novembro de 1889, como produto do isolamento da monarquia, processo que se revelou na segunda metade do século XIX.
O Partido Republicano foi criado em 1970, ainda na vigência do Segundo Império, tendo como governante Dom Pedro II. Os republicanos criticavam a centralização do poder, o caráter hereditário da monarquia e o sistema político como um todo.
No final do período monárquico, Dom Pedro II perdeu o apoio dos militares, o que deu vida ao caráter intervencionista do exército na política nacional, tendo sido um militar responsável pela proclamação da República.
Impunha-se uma nova ordem, agora apoiada pelos fazendeiros, que, no ano anterior, por ocasião da promulgação da abolição da escravatura, se viram sem mão de obra escrava, com o setor em crise.
A modernização no Segundo Império
Ao contrário do que possa parecer, a modernização do Brasil tomou impulso durante o Segundo Império. Foi naquele período que o país viu surgir bancos, indústrias e empresas de navegação a vapor, entre outras atividades fora do contexto colonial, em que o Brasil se posicionava como mero produtor de ativos agrícolas, destinados ao abastecimento do mercado interno.
Foi durante o Segundo Império que o Brasil, ainda que de forma incipiente, começou a ganhar investimentos em infraestrutura, particularmente no que diz respeito ao sistema de transportes. Dom Pedro incentivou no Brasil as exposições e feiras industriais e construiu inúmeras escolas públicas.
Construiu as primeiras ferrovias, servindo-se da visão do Barão de Mauá, construiu a Santa Casa de Misericórdia, o Canal do Mangue, fez o lançamento dos primeiros cabos submarinos para ligar as diversas regiões do Brasil via comunicação telegráfica, entre outras benfeitorias.
Transição do Império para a República
A abolição da escravatura, um ano antes da proclamação da República, foi o último grande passo do Brasil para estabelecer uma ponte para a modernidade.
Não obstante, a abolição da escravatura não veio acompanhada de um projeto de desenvolvimento humano e inclusão social. Por outro lado, uma reivindicação do movimento abolicionista, que era o fim dos latifúndios rurais, conferindo modernidade à estrutura agrícola, também não obteve êxito, mantendo o país com uma estrutura rural arcaica.
A Proclamação da República, por sua vez, esteve mais atrelada a questões de caráter agrário, alavancadas pelas mesmas elites fundiárias, predominantemente as do eixo São Paulo-Minas, que se desenvolveram por um projeto de investimento na diversificação e modernização da matriz econômica.
Por outro lado, o fim da escravidão no país foi responsável por um processo migratório, que trouxe mão de obra da Europa para o Brasil, agregando conhecimentos e compondo o conjunto de fatores que ajudou no desenvolvimento econômico das regiões Sul e Sudeste.
O salto para a modernidade provocado pela proclamação da República deu-se, num primeiro momento, quase que exclusivamente no âmbito do ordenamento político, ficando o desenvolvimento econômico e social em segundo plano, mas tendo servido para reacomodar as forças políticas da sociedade.