Características dos Compostos Orgânicos

Biologia,

Características dos Compostos Orgânicos

Podemos afirmar que, na grande maioria, os compostos orgânicos, também denominados como moléculas orgânicas, são constituídos por meio das ligações entre partículas de hidrogênio e carbono. Alguns, entretanto, possuem halogênio, fósforo, oxigênio, boro, enxofre, nitrogênio e por aí vai. Logo, o deslocamento que ocorre entre os elétrons das moléculas orgânicas é considerado como o mesmo.

Da mesma forma, é plausível dizer que partículas de óxido de carbono, bicarbonato, carbeto, cianeto, carbonato, bem como o diamante, o carbono grafite e o fulereno não são caracterizados como compostos orgânicos. Independente da sua classificação, cada um possui características específicas. Assim, a divisão dos compostos orgânicos se dá da seguinte maneira:

Compostos Orgânicos

• Naturais: estudados na área da bioquímica, denominados como biomoléculas, são compendiados pelos seres vivos;

• Artificiais: vistos como elementos não existentes na natureza e, na maioria das vezes, são fabricados pelas mãos humanas. Exemplo: os plásticos. Nesse sentido, entendemos que quase todos os compostos orgânicos puros são feitos de forma artificial.

As principais características dos compostos orgânicos

Quanto às características dos compostos orgânicos, podemos classificar em quatro partes diferentes: solubilidade, combustibilidade, polaridade e temperatura de fusão e de ebulição. Confira abaixo uma explicação sobre cada uma delas.

• Solubilidade: sabemos que os compostos orgânicos classificados como apolares não podem ser solúveis na água, portanto, possuem uma tendência maior a se dissolver em outras moléculas orgânicas, independente que elas sejam apolares ou polares. Como para toda regra há uma exceção, nesse caso não é diferente. Há alguns compostos orgânicos polares que são capazes de se dissolver na água, como o açúcar, a acetona, o ácido acético (componente do vinagre), o álcool comum, entre outros;

• Combustibilidade: entende-se que, nos dias de hoje, a grande quantidade da energia (calor) que consumimos é derivada da queima (combustão) de determinados compostos orgânicos. Por exemplo: o álcool utilizado em automóveis e o gás que usamos nos fogões. Dessa forma, podemos afirmar que os compostos que possuem um desempenho melhor e, sendo assim, são considerados bons combustíveis, têm a sua origem proveniente da forma orgânica.

• Polaridade: os processos mais comuns que envolvem os compostos orgânicos ocorrem a partir de partículas de carbono ou por meio das partículas de carbono junto com as partículas de hidrogênio. Todas essas ligações que têm na sua formação apenas os átomos de carbono e de hidrogênio são denominadas de apolares, uma vez que os átomos juntos evidenciam uma dessemelhança de eletronegatividade em menor proporção. Agora, no momento em que houver outra substância química em uma partícula de um composto orgânico, que não o hidrogênio e o carbono, essas moléculas passarão a ter alguma polaridade;

• Temperatura de fusão e de ebulição: a geometria da molécula e o seu tamanho são os fatores determinantes que têm influência direta na temperatura de ebulição e na fusão de certo elemento. Logo, o seu tamanho é proporcional a sua massa molecular, ou seja, quanto maior for a sua dimensão, maior será a massa da molécula e, por sua vez, mais elevado será o seu ponto de ebulição. No que se refere à geometria, podemos dizer que ela interfere de forma direta na força intermolecular, já que quanto mais força a ligação tiver, maior será o seu ponto de ebulição.

Ainda sobre as suas características

De acordo com as leis da Química, não há base suficiente que sustente uma divisão entre a Química Orgânica e a Química Inorgânica. Portanto, as suas características têm o mesmo valor para os compostos rotulados orgânicos quanto para inorgânicos. Assim, ainda podemos determinar mais algumas características relacionadas aos compostos orgânicos:

Quanto a sua alta quantidade:

• Dentre os muitos compostos orgânicos existentes, tem-se conhecimento de aproximadamente 9.000.000 e em torno de 1.000.000 inorgânicos;

Quanto a sua baixa quantidade:

• As substâncias presentes na estrutura de um composto orgânico são N, O, C e H, denominados elementos organógenos. Já o Mg, P, S e Cl também aparecem, porém em menor proporção;

Quanto a sua hegemonia em uma ligação covalente:

• Os compostos orgânicos são considerados moleculares, em grande parte, em função da sua ligação covalente por meio da divisão de elétrons. Já os inorgânicos têm ligação iônica devido a sua combinação de metal com o não-metal;

Quanto a sua baixa estabilidade se exposta ao calor:

• A grande quantidade dos compostos orgânicos tem a sua decomposição realizada em temperatura superior a 400°C. Na Química Inorgânica, por exemplo, o cloreto de sódio não se decompõe até chegar aos 1000°C;

Quanto a sua inflamabilidade:

• Caracterizados por serem combustíveis, os compostos orgânicos unem-se ao oxigênio para a formação da água e do gás carbônico;

Quanto a sua solubilidade em água:

• Dentre os diversos compostos orgânicos, existem os que não são solúveis em água, como as partículas de hidrocarbonetos presentes na gasolina e os que são solúveis em água, que é o caso da acetona, do álcool comum e do sal orgânico;

Quanto a sua condutividade elétrica em uma solução aquosa:

• Sabemos que, em grande parte, os compostos orgânicos são caracterizados como moleculares e, por esse motivo, não podem ser ionizados se dissolvidos na água. Isso se deve pelo fato de a sua solução aquosa não ser capaz de conduz eletricidade. No entanto, se dissolvidos em água, o sal orgânico e o ácido orgânico conseguem conduzir corrente elétrica.