Raios Cósmicos Devastadores

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Raios Cósmicos Devastadores

O que são e história

Raios cósmicos são partículas com alta concentração de energia e extremamente penetrantes que se deslocam na velocidade da luz. Ao chegarem a Terra colidem com núcleos dos átomos da atmosfera, e assim, dão origem a outras partículas denominadas “raios cósmicos secundários”.

Os raios cósmicos secundários são considerados inofensivos a vida na planeta, contudo, os primários podem ser considerados nocivos aos astronautas no espaço.

Raios Cósmicos Devastadores

A história da descoberta dos raios cósmicos começa por volta de 1900 com Charles Wilson, Hans Geitel e Julius Elster, três estudiosos que após várias pesquisas chegaram a seguinte conclusão: algum agente, até então desconhecido, constantemente produzia íons, no princípio acreditava-se que a ionização do ar tivesse sua causa baseada na influência de alguns materiais radioativos, portanto, a ionização tenderia a diminuir com o aumento da altitude.

Já entre os anos de 1911 e 1913 Hess e Kolhörster notaram que ao se afastar da superfície do planeta Terra a radiação diminuía. A fim de investigar tal situação, os pesquisadores começaram a alçar altitudes maiores e, a partir de determinado momento verificaram que a contagem da radiação só aumentava, e ainda mais, não poderia estar partindo da Terra, portanto, deveria vir de algum ponto no espaço.

Então Hess concluiu que a ionização que observavam era originária de uma ação de radiação até então desconhecida, entre as características desta radiação estavam seu teor altamente penetrante que vinha do espaço, assim, Hess denominou-a de “raios cósmicos” e por isso recebeu o Prêmio Nobel de Física em 1936.

Dúvidas sobre a origem

Acredita-se que grande parte dos raios cósmicos se origina de fonte extra-solar dentro da Galáxia, contudo, sua origem “total” ainda é um enigma porque as partículas que o formam são desviadas diversas vezes de sua trajetória devido ao meio interestelar e também em razão dos campos magnéticos.

Entretanto, devido à energia extremamente elevada que possuem, alguns físicos acreditam que certos raios cósmicos possam ter origem extragaláctica.

Tão logo a origem seja completamente descoberta este fenômeno poderá ser reproduzido em laboratório por cientistas. Caso isso realmente ocorra a humanidade estará dando um enorme passo em direção ao descobrimento de grandes segredos do universo.

Observatórios

A fim de solucionar alguns enigmas especialistas tem criado “observatórios de raios cósmicos”.

Os raios cósmicos têm uma energia que oscila na faixa de 109 e 1021 elétron-volts (eV). Essas partículas de baixa energia caem frequentemente na Terra, contudo as partículas com alta concentração de energia, denominadas Zévatrons, são raras e só caem respeitando uma taxa de uma a cada quilômetro quadrado por ano, e até mesmo por século.

A ideia de criar tais observatórios basicamente é detectar onde caem tais partículas, para tanto, são utilizados equipamentos de informática e comunicação extremamente sofisticados que permitem não apenas identificar os raios cósmicos, mas também, analisá-los e interpretá-los.

Ultimamente os estudos sobre raios cósmicos têm trazido importantes constatações acerca da interação nuclear e também das partículas de alta energia. Além disso, o estudo de problemas astrofísicos e cosmológicos tem avançado em razão de tais esforços.

E, apesar dos aceleradores de partículas terem um importante papel na investigação das propriedades das partículas elementares os raios cósmicos ainda são a maior fonte de partículas de alta energia.

Estudo dos raios cósmicos no Brasil

Acredita-se que no Brasil o estudo de tal fenômeno tenha iniciado por volta de 1934, a partir de esforços de trabalhos do Instituto Nacional de Tecnologia (Rio de Janeiro) e da Universidade de São Paulo. No Brasil as pesquisas foram direcionadas para as áreas da física nuclear e radiação cósmica.

Durante a Segunda Grande Guerra as pesquisas com raios cósmicos foram interrompidas, mas posteriormente retomadas, contudo, diversos físicos brasileiros mudaram suas pesquisas para o exterior.

A América do Sul tem sido sondada para a construção de um laboratório subterrâneo na região dos Andes, tal empreendimento além de facilitar a locomoção entre os diversos países seria o lugar mais seguro para medição de tais partículas radioativas.

Até o momento se tem notícia apenas do empenho da Argentina, Brasil, Chile e México para que tal projeto saia do papel.

Profecia ou verdade?

Como já mencionado, os efeitos, e até mesmo a origem, de tais partículas ainda geram grandes discussões. Há quem acredite, e busque provar, que os raios cósmicos teriam efeitos devastadores sobre os seres humanos.

Aaaron Dar, cientista do Instituto Espacial de Israel, afirma que nos próximos um milhão de anos o planeta Terra deverá ser atingido por partículas provenientes de uma explosão, ocasionada pela destruição de uma gigante estrela. Tal corpo celeste iria emitir uma forte onda de radiação que ao atingir a superfície terrestre destruiria o planeta, e inclusive, teria força suficiente para afetar todo o Sistema Solar.

Para o cientista israelita tal fenômeno acabaria com toda forma de vida no planeta e ainda colocaria em cheque qualquer tentativa de ressurgimento.