Em meio aos anos de 1850 e 1880 aconteceu, em toda a Europa, um movimento bastante significativo denominado de Realismo Inglês. Por mais ou menos 30 anos, países como Inglaterra, Alemanha e França conviveram com esse acontecimento que, logo em seguida, disseminou-se pelo resto do mundo, principalmente pelo continente norte americano. A grande maioria dos seus admiradores, além de rejeitar a ideia arquitetada e concebida de enxergar o mundo, especialmente o belo, ia contra o olhar não naturalista a respeito do Romantismo e do Neoclassicismo.
Os realistas que viviam naquela época apresentavam certa urgência em simular os costumes das classes média e baixa, a questão da existência e os assuntos rotineiros. Tais pontos, de acordo com os modelos do antigo mundo, não regularizavam o seu dia a dia. Logo, este fluxo teve grande propagação entre a arquitetura, as esculturas e a literatura.
Na ocasião do Realismo Inglês, houve muitas pessoas de destaque nas mais diversas áreas. Por exemplo, nas artes plásticas, quem ficou bastante evidenciado foram os ingleses Gustave Coubert e Jean François Millet. Neste ramo, a sua forma de manifestação era por meio de princípios aperfeiçoados pelo que se chamava de “Irmandade Pré-Rafaelita”. Esta fraternidade, que era caracterizada como um grupo artístico dedicado, sobretudo, para a pintura, foi criado no ano de 1848, na Inglaterra. Confira um pouco sobre os seus criadores.
• John Everett Millais: nascido no dia 8 de junho de 1829, em Southampton. Conhecido por obras como “Cristo na casa de seus pais” e “Amantes huguenotes no Dia de São Bartolomeu”;
• William Holman Hunt: nascido em 2 de abril de 1827, em Londres. Famoso pelas pinturas “O pastor mercenário” e “A sombra da morte”;
• Dante Gabriel Rossetti: nascido em 12 de maio de 1828, em Londres. Imortalizado pelo volume de poesias denominado “Balado e sonetos”.
Todos os seus componentes fizeram uma espécie de divisão da história da arte: a que antecedeu e a que precedeu Rafael. Na concepção deles, este artista em especial desfavorecia toda e qualquer verdade artística ao permanecer na busca pelos protótipos estéticos romantizados. Dessa forma, o correto para os pertencentes do Realismo Inglês era exercer as estimas vigentes no tempo anterior ao período rafaelita.
Outra área importante que teve grande influência foi a religiosa. Esta comunidade, que tinha como principal meta glorificar a Deus por meio das suas ações avaliadas como honestas pelos seus simpatizantes, era acariciada principalmente pelos julgamentos e pelas opiniões espirituais. Pode-se dizer que uma das principais obras relacionadas a esta corrente é a produção artística “A Anunciação”. Criada pelo poeta e artista plástico inglês Dante Gabriel Rossetti, esta pintura é uma ensaio em unir o anseio religioso juntamente com o realismo contemporâneo.
Já no campo literário, a obra que impulsiona o Realismo Inglês é “Madame Bovary”, criação de Gustave Flaubert. Em seguida, começaram a surgir mais nomes que mereceram destaque na Literatura.
• Fiódor Mikhailovich Dostoiévski: escritor e romancista russo tornaram-se conhecido especialmente pela sua obra “Os Irmãos Karamazov”;
• Eça de Queirós: dentre as suas tantas publicações, o representante português ficou famosos pela obra “Os Maias”;
• Charles Dickens: romancista inglês atinge o ápice na sua carreira literária com a publicação “Oliver Twist”;
• Thomas Hardy: também inglês, este escritor tem o seu auge com a obra “Judas, o obscuro”.
No Realismo Inglês, o cenário característico por excelência e particular por dignidade do período era a prosa. Durante as incalculáveis modificações políticas, sociais e econômicas que ocorriam na Inglaterra, em meados do século XVIII, a então narrativa inglesa tomava forma e sobressaíam-se às demais manifestações literárias como o romance peculiar do Realismo, mesmo que em meio à segunda parte da Revolução Industrial.
Então, foi no contexto de riqueza e de opressão que surgiram na literatura inglesa, alguns nomes que fizeram toda a diferença.
• Charlotte Brontë: é eternizada em função da sua autoria para “Jane Eyre”;
• Emily Brontë: ficou conhecida mundialmente pela obra “O Morro dos Ventos Uivantes”;
• Oscar Wilde: foi imortalizado através de “O Retrato de Dorian Gray”;
• Joseph Conrad: perpetuou-se por meio da publicação “O Coração das Trevas”;
• Lewis Carroll: idealizou a eterna e amada por todos “Alice no País das Maravilhas”;
• Robert Louis Stevenson: criador do ameaçador e temível “O Médico e o Monstro”.
Na prosa, o narrador prendia as suas origens no presente, dando preferência à vida histórica das classes sociais que estavam surgindo, neste período conturbado, porém em estágio de elevação. A base principal das suas narrativas era a verossimilhança dos andamentos do ator principal simbolizado em suas páginas. Logo, a partir desse ponto, entende-se que a maneira mais significativa e expressiva de manifestação no campo literário realista era a prosa de tese, o psicológico ou o romance social.
Portanto, o sentido da narrativa sofre uma significativa mudança: o objetivo não fica só em entreter o leitor, mas sim em fazer críticas à burguesia e à Igreja Católica. Como consequência, a temática também passa por modificações. Questões como as discriminações raciais, o sexo e os escravos passaram a ser focadas por meio de um discurso mais transparente e muito contundente.
Sendo assim, equipados com os seus talentos e abastecidos pelas suas contradições que assinalaram este período, estas personalidades literárias colaboraram, antes de qualquer coisa, para fortalecer a Literatura e tornar o romance mais popular naquele momento.
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