Anemias
O termo anemia tem origem grega, e significa ‘sem sangue’. Por isso, podemos definir anemia como sendo uma síndrome na qual a capacidade de transporte de oxigênio do sangue para os tecidos é reduzida, seja por causa da redução de hemoglobina ou pela redução de hemácias, também conhecidas como glóbulos vermelhos. Essa falta de oxigênio nos órgãos é conhecida também hipóxia.
Podemos ainda definir anemias como condições onde ocorre a diminuição da quantidade de hemoglobina nos eritrócitos, do tamanho ou do número de eritrócitos no sangue ou do volume globular de células vermelhas.
Segundo a Organização Mundial da Saúde, a OMS, a anemia é caracterizada nos homens, como sendo o nível de hemoglobina abaixo de 13 g/dL. Já no caso de mulheres, essa taxa é de 12 g/dL e em mulheres grávidas o índice é de 11 g/dL. Abaixo deste último nível estão as crianças com idades entre 6 e 6 meses, em crianças com idade entre 5 e 12 anos a taxa é de 11,5 g/dL, e para adolescentes com idade entre 12 e 15 anos essa taxa é de 12 g/dL.
Os sintomas das anemias
Em casos mais leves, os sintomas mais comuns apresentados são: distúrbios de apetite; cansaço; indisposição; fraqueza; pele pálida; dificuldade de concentração; problemas na menstruação; falta e perda de memória, aceleração dos batimentos cardíacos; distúrbios mentais; problemas na respiração; náuseas; tonturas e mal-estar.
Dependendo da gravidade do quadro de anemia, ou ainda da velocidade da instalação, dos sinais, dos sintomas, dos níveis de hemoglobina e das causas da anemia também podem aparecer dispneia, também conhecida como falta de ar; sonolência; queda de cabelo; dores de cabeça; unhas fracas e quebradiças; pele seca; esclerótica azulada; taquicardia (aceleração do ritmo do coração); desmaios; vertigens; inchaço nas pernas; claudicação (dores nas pernas); atordoação; falta de apetite (este sintoma ocorre mais frequentemente em crianças); perda do interesse sexual; atrofia de papilas linguais; inflamação da boca (queilite angular) e depressão nervosa (diminuição do prazer em atividades).
Os sintomas mais específicos da anemia estão ligados com alguns tipos bem particulares de anemia. A associação destas características com frequentes infecções ou esquimoses, sugerem que pode estar havendo um quadro, trombocitopenia ou neutropenia, causadas provavelmente por uma insuficiência da medula óssea.
Para os casos de anemia causados pela deficiência de ferro, é de extrema importância que se consuma alimentos ricos em ferro. Além disso, também é importante a identificação e a diferenciação de alimentos que tenham ferro de origem vegetal (não-heme) e de origem animal (forma heme). Os de origem vegetal possuem em sua composição cerca de 10% de ferro e os de origem animal possuem em torno de 30% de ferro.
Vale ressaltar que há uma relação de grande influência sobre a absorção de ferro com a diente, com fatores que ajudam a ter uma maior absorção, como vitamina C, pH ácido do estômago, e os que são prejudiciais para a saúde, como os chás, a proteína do leite, o café, o ovo, os refrigerantes, os cereais, etc.
Alguns indivíduos que apresentam um quadro de anemia grave na maioria das vezes não apresentam sintomas. Em contrapartida, alguns pacientes com um quadro leve de anemia, podem ter incapacidade intensa. A ausência ou a presença dessas características clínicas depende basicamente de quatro fatores principais, como gravidade, velocidade de instalação, idade e curva de dissociação de oxigênio na hemoglobina.
A anemia mais progressiva acaba causando mais sintomas do que a anemia instalada lentamente. Isso porque há um tempo menor para a adaptação do sistema cardiovascular e da curva de dissociação de oxigênio da hemoglobina.
Dificilmente, as anemias mais leves apresentam sintomas e sinais. Eles só se manifestam quando o nível de hemoglobina se encontra abaixo de 10 g/dL. Além disso, até a anemia com quadro mais grave pode ocasionar poucos sintomas.
Os idosos têm menos tolerância a anemias do que os mais jovens. Isso acontece porque eles possuem menos oxigênio em seus órgãos, quando há um aumento do ritmo cardíaco causando por taquicardia e pelo aumento do volume sistólico estão diminuídos.
Como é feito o diagnóstico?
Quando há uma suspeita de anemia, o exame que deve ser realizado é o hemograma. Neste exame se torna possível a avaliação dos glóbulos vermelhos, que inclui ainda o número total de hemácias no sangue, o hematócrito, a hemoglobina, a hemoglobina corpuscular média, o volume corpuscular médico e a concentração de hemoglobina corpuscular média.
Os valores anormais dessa doença acabam variando de acordo com a idade e o sexo de cada indivíduo. Além disso, para que seja feito um diagnóstico mais preciso é preciso uma análise morfológica das hemácias.
Outros exames também podem ser pedidos, caso o médico julgue necessário, com por exemplo o teste de Coombs, a dosagem de ferro séricos, o teste da resistência globular osmótica, o teste de HAM, a dosagem de ferritina, a eletroforese de hemoglobina, entre outros.