Câncer Renal: Sintomas e tratamento

Biologia,

Câncer Renal: Sintomas e tratamento

Pode-se dizer que o câncer de rim é um tipo de tumor incomum sinalizando apenas 3% das doenças malignas em adultos. Contudo, é o terceiro com maior ocorrência no aparelho genituourinário.

De acordo com um levantamento realizado no ano de 2007 o câncer renalfoi o responsável por cerca de 10 mil óbitos e desencadeia, anualmente, 51 mil novos casos.

Câncer Renal

Também conhecido por Hipernefroma, ou ainda, Adenocarcinoma Renal, seu tipo mais comum é o câncer renal de células claras, correspondendo a um total de 85% dos tumores diagnosticados.

Em geral, acomete pessoas na faixa dos 50 ou 70 anos, e é duas vezes mais comum nos homens do que nas mulheres. Dados do Hospital Sírio Libanês apontam que pouco mais de 50% dos tumores renais diagnosticados hoje se localizam exclusivamente no rim, 20% já estão localmente avançados, enquanto 25% chegam a tomar órgãos como fígado, pulmões e ossos.

Os principais fatores de risco para desencadear um câncer renal são: Fumar, excesso de peso, hipertensão, a hereditariedade, a doença de Von Hippel-Lindau e diálise.

Sintomas

O câncer renal pode ser identificado a partir de uma série de manifestações denominadas Síndromes Paraneopláticas, que ocorrem em até 20% dos indivíduos com a doença. Tal síndrome é causada pela produção, em excesso, de substâncias que se assemelham a enzimas e hormônios.

As principais mudanças no organismo que identificam a possível existência do câncer renal são: Urina com presença de sangue, dor lombar, e também, abdominal. Além disso, mudanças que alterem o funcionamento do fígado, elevação dos níveis de cálcio no sangue, aumento no tamanho das mamas e alterações hormonais devem ser considerados sinais de alerta.

O aumento nos níveis de cortisona (hormônio produzido pela glândula supra-renal), aliado a insônia, sede e fome em excesso, pele fina e a presença de gordura no rosto, tronco e atrás do pescoço são sinais claro da Síndrome de Cushing, outro sintoma desta doença.

O diagnóstico

A forma de diagnóstico mais utilizada pelos médicos é por meio de exames como a ultra-sonografia do abdômen. Em geral durante exames de rotina são detectadas situações consideradas anormais ao organismo.

Para um diagnóstico preciso e definitivo a ultra-sonografia e a tomografia computadorizada são os procedimentos mais indicados. A tomografia, além de ser eficaz para o diagnóstico certeiro ajuda ainda a verificar se a doença já se estendeu para outros órgãos do corpo, facilitando, o planejamento da terapia mais adequada a cada paciente.

Aliado a isso, pode-se citar a radiografia de tórax, útil na avaliação dos pulmões, para saber se o órgão foi comprometido. Outro procedimento é a ressonância nuclear magnética que avalia os tumores, entretanto é feita em raras as vezes.

Procedimentos que avaliem a metástase óssea (cintilografia óssea) e a biópsia que identifica se a lesão é benigna, ou maligna também podem ser requisitados pelos profissionais de saúde.

Fatores que influenciam no tratamento

Diversas situações podem auxiliar o médico a planejar a melhor forma de tratamento para o paciente, os principais fatores são: Obesidade, o estágio clínico da doença e o estado do paciente.

É importante ressaltar que tais fatores são essenciais para determinar o tamanho do tumor, também sua agressividade e extensão. Além de serem necessários para definição da melhor forma de tratamento.

O tratamento

A única cura definitiva para o câncer de rim é a intervenção cirúrgica. Na maioria dos casos o rim é retirado em bloco a partir de um procedimento chamado de nefrectomia radical, além do órgão, são retirados também seus revestimentos, a glândula adrenal, e por fim, linfonodos regionais.

Mas, é claro que se o diagnóstico for precoce as intervenções podem ser mais brandas, parte-se então para nefrectomia parcial, procedimento onde é realizada a retirada do tumor, mas com uma margem de segurança, assim, o restante do parênquima renal é preservado.

Um método novo que surgiu é a nefractomia radical laparoscópica que oferece os mesmos potenciais de cura de uma cirurgia aberta, entretanto, sua vantagem reside no fato de ser menos invasivo, além de ter um tempo de internação menor, sem contar a vantagem estética, afinal ao invés de uma grande cicatriz o paciente terá apenas pequenos furos.

Além da intervenção cirúrgica métodos que tem como objetivo destruir apenas o tumor sem comprometer o órgão como um todo vem sendo cada vez mais utilizados. A crioterapia (congelamento do tumor) e a radiofrequência (calor excessivo sobre o tumor), vem ganhado cada vez mais espaço, mas em geral, são indicados em situações específicas.

Quando a doença avança para estágios onde a cirurgia já não traz tantos resultados, é indicado o uso de medicamentos que inibem a angiogênese. Se em certos casos, esse tratamento for aliado à intervenção cirúrgica podem levar até mesmo a regressão da doença.

Os tumores renais não apresentam boas respostas ao tratamento de quimio e radioterapias, apenas a imunoterapia com interferon, ou, interleucina podem apresentar pequenos resultados. Atualmente as drogas inibidoras têm sido mais utilizadas pelos profissionais da saúde por trazerem respostas bem promissoras.