Defeitos na Visão Humana

Biologia,

Defeitos na Visão Humana

Embora os olhos sejam uma estrutura sensível, estando sujeitos a uma série de doenças, como a catarata, a conjuntivite, o descolamento de retina, o daltonismo, o DMRI, glaucoma, estrabismo e a síndrome do olho seco, são quatro os defeitos na visão humana.

Defeitos na Visão Humana

Para essa abordagem, trabalharemos apenas as disfunções dos olhos que podem ser solucionadas com o uso de óculos e lentes de contato para a correção das distorções geradas.

Como funciona a visão humana?

Para melhor explicar como se comportam esses defeitos da visão humana, o melhor caminho é, primeiramente, entender como funciona esse sofisticado sistema de captação, decodificação e reprodução da imagem, num processo que envolve o cérebro humano.

Uma boa forma de introduzir o tema é recorrer ao exemplo da máquina fotográfica. Sabe-se que em muitas de suas criações, a espécie humana reproduz o funcionamento do próprio corpo.

Mesmo em sofisticados sistemas organizacionais, percebe-se nitidamente a reprodução e a leitura dos sistemas que compõem o organismo humano.

No caso dos olhos, a máquina fotográfica sintetiza bem o funcionamento desse sistema. Toda câmera possui uma lente, que permite a entrada de luz para a formação da imagem. Essa imagem é projetada no filme fotográfico, onde é reproduzida. O diafragma da máquina controla a quantidade de luz que entra na máquina. Ele capta a quantidade de luz necessária para a formação da imagem, por isso ele se fecha quando há um ambiente extremamente claro e se abre mais na medida em que esse ambiente vai ficando mais escuro.

Uma forma de entender esse sistema é o que acontece com as pessoas quando se deparam com uma luz intensa vinda de uma fonte que a projete no sentido contrário à visão. Nessa situação, o indivíduo tende a fechar os olhos para tentar enxergar melhor e até para se proteger.

Quem conhece um pouco de fotografia sabe que o objeto fotografado, exceto se busque algum tipo de efeito artístico, deve ser posicionado contra a luz, enquanto a câmera deve ser posicionada a favor da luz, o que confere maior nitidez ao resultado, que é a foto.

Essa abordagem ajuda a explicar como funcionam os olhos e oferece um atalho satisfatório para o entendimento dos defeitos da visão humana.

O que ocorre com os olhos é um processo muito parecido com a fotografia, sendo que a visão humana permite uma percepção contínua do ambiente. Quando isso acontece, deixamos de ter uma fotografia para ter um filme. De qualquer modo, o processo de captação de imagem é o mesmo.

Quando o indivíduo olha para uma imagem, ela atravessa a córnea, que é como se fosse a lente de uma câmera. A imagem chega à íris, que, através da pupila, regula a quantidade de luz que entra nos olhos. Percebe-se que quanto mais escuro o ambiente, mais dilatada fica a pupila, pois quanto maior ela se apresenta, maior é a captação de luz.

Depois que a imagem atravessa a pupila, ela chega ao cristalino, que a projeta na retina, produzindo uma imagem invertida, que é transmitida ao cérebro. Para se ter uma ideia de que a visão humana é bem mais complexa que uma câmera fotográfica, a retina é habitada por mais de 100 milhões de células fotorreceptoras. Cabe a elas transformar as ondas luminosas em impulsos eletroquímicos, que serão emitidos ao cérebro, onde serão codificados, originando a imagem que formamos, ou o que vemos.

Todo esse processo ocorre em fração de segundos, de forma contínua, durante toda uma vida, sendo esse apenas um dos complexos e sofisticados processos do corpo humano.

Em algumas situações, no entanto, ocorrem as disfunções, os defeitos da visão humana.

Os quatro defeitos

Agora que nós já temos uma ideia clara sobre o funcionamento da visão humana, ficará mais fácil entender como ocorrem os quatro defeitos da visão humana.

1 – Miopia

Na miopia, o problema é que a imagem se forma antes da retina. Isso ocorre pelo falto do olho ser mais longo do que o normal, por excesso de curvatura da córnea e/ou do cristalino.

Esse defeito faz com que as pessoas tenham dificuldade de enxergar ao longe. Como sabemos, o correto é que a imagem se forme na retina. Ao se formar antes da mesma, a imagem mais distante não é decodificada.

O defeito pode ser corrigido com o uso de lentes que retardem essa formação da imagem, de modo que ela ocorra na retina. Há, também, tratamentos cirúrgicos para a correção do defeito.

2 – Hipermetropia

Na hipermetropia ocorre o contrário: a imagem se forma depois da retina. Isso faz com que as pessoas tenham dificuldade de enxergar as imagens próximas. Nesse caso, o olho é curto demais e isso faz com que o cristalino tenha dificuldade de projetar a imagem.

3 – Presbitia

É a chamada vista cansada. Tem esse nome porque acomete pessoas com idade avançada. É decorrente da dificuldade que o cristalino tem de se tornar convergente, acarretando um sintoma parecido com o da hipermetropia, que é a dificuldade para enxergar objetos próximos dos olhos.

Em ambos os casos, a solução é a utilização de lentes convexas.

4 – Astigmatismo

O astigmatismo é um problema decorrente da formação defeituosa da córnea. A captação de luz é disfuncional, de modo que a imagem transmitida para o cérebro tem deficiência de nitidez.

É muito comum o astigmatismo aparecer concomitantemente à hipermetropia e à miopia. Para corrigir o problema, deve-se usar lentes cilíndricas, que podem ser convergentes ou divergentes, dispostas de modo a corrigir as distorções.