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Doença de Kienböck

A dor no punho parece algo comum nos dias de hoje, já que o esforço repetitivo, principalmente no computador, é cada vez maior. No entanto, existe uma doença pouco conhecida que tem como principal característica a perda progressiva na amplitude dos movimentos da região, assim como a dor, a chamada Doença de Kienböck.

A primeira vez que se constatou a enfermidade foi em 1910, quando o radiologista de Viena, Robert Kienböck encontrou uma série de alterações radiológicas em um time de pacientes, que ele nomeou como a causa do chamado evento traumático com interrupção do curso normal o suprimento vascular que existe no osso.

Essas alterações acontecem por conta de um colapso e fragmentação do osso semilunar, um osso reconhecido por sua concavidade ampla na mão e que tem a forma de uma semi lua.

Hoje já se sabe que na teoria a Doença de Kienböck tem uma etiologia multifatorial, onde está inclusa o mecanismo de estase venosa onde há o aumento de pressão no interior do osso, além da menor quantidade de anastomoses intraósseas e na qualidade menor dos chamados vasos penetrante.

Doença de Kienböck

A Doença de Kienböck é normalmente detectada em adultos de 20 a 40 anos e duas vezes mais em homens do que em mulheres. Entre os indivíduos que recebem o diagnóstico da doença se queixam de dores fortes, diminuição progressiva de força, sinovite e também uma diminuição do movimento de extensão e flexão do punho. Também é muito comum que os portadores da Doença de Kienböck tenham inchaço na região do punho, acompanhada com a dor.

No entanto, ainda não se sabe como a enfermidade evolui, sendo assim explicada por duas teorias diferentes. A primeira é chamada de teoria dismórfica e a segunda teoria traumática.

O termo dismórfico nada mais é do que a diferença na extensão do radiolunar distal, da ulna e do rádio, dois ossos do antebraço que são responsáveis pelos movimentos do carpo, os ossos do punho, como o semilunar.

Existem também vários estágios da doença, que acabam sendo classificados de acordo com o tamanho do osso semilunar e também da chamada articulação rádiocarpica. Essa classificação acontece por conta da chamada necrose do osso.

Isso acontece porque quando o osso começa a necrosar sua matriz óssea acaba sendo reabsorvido, o que faz com que ela diminua de extensão. Isso faz com que os outros ossos também passem a se movimentar, ocupando o movimento que antes era desse osso que sofreu a necrose.

Diagnóstico e tratamento da Doença de Kienböck

Para diagnosticar a Doença de Kienböck é preciso realizar uma série de exames radiográficos, que poderá ser classificada em 4 estágios diferentes: fratura linear, aumento da densidade óssea, degeneração cística e colapso avançado (degeneração intercarpal).

É preciso lembrar que durante os estágios iniciais da doença nem sempre as radiografias conseguem mostrar o problema. Para isso é preciso que o médico fique atento às reclamações de seus pacientes e também de sua condição física e clínica. Além disso, os médicos podem contar também com a chamada cintilografia óssea e exames de tomografia, que permite que mesmo no começo da Doença de Kienböck ela possa ser encontrada e diagnosticada da maneira correta.

Os tratamentos também acontecem de acordo com os estágios nos quais a doença se manifesta. Para quem se encontra entre os estágios de número I ou II da doença, o tratamento é feito com o alongamento da ulna ou até mesmo com o encurtamento do radio, o que evita que ele se desloque mais e cause ainda mais dor.

Para os pacientes que já estão em um estágio intermediário ou avançado da doença é preciso que o médico avalie como será realizada a reabilitação, isso porque ainda existem tratamentos que não são unânimes entre os médicos, o que pode fazer com que cada pessoa seja diagnosticada e tratada de forma diferente.

Quanto mais cedo a Doença de Kienböck foi diagnosticada, maiores serão as chances de reabilitação do paciente. Isso porque a evolução da doença será freada, com a diminuição da dor e também com a preservação do que os médicos chamam de instabilidade carpal. Para isso os especialistas podem usar técnicas conhecidas como artroplastia semilunar e intercapais, que aliviam bastante os sintomas da doença e conseguem fazer com que a evolução não seja tão rápida.

No entanto, o maior problema para os médicos e pacientes se dá quando a doença já está em um estágio muito avançado. Nesse momento é preciso que haja a salvação daquela região. Isso acontece quando o paciente tem artrodese de punho, na qual a dor é muito forte, que acontece em pacientes que são mais ativos, ou seja, nos que mexem muito os punhos, ou naqueles que possuem carpectomia proximal. Nesses casos é preciso que o indivíduo tenha a área salvo com um procedimento cirúrgico, na qual o médico faz a fixação de uma articulação.

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