Quando estudamos Biologia, principalmente genética, ouvimos sobre sistema ABO e o fator RH. Eles dizem respeito ao sistema sanguíneo que engloba A+, A-, B+, B-, O+, O-, AB+, AB-. Ambos foram descobertos pelo médico Karl Landsteiner e Alex Wiener em 1940, depois de estudarem o sangue de um macaco do gênero Rhesus.
Durante o experimento, os pesquisadores descobriram que se colocassem o sangue do macaco em um coelho, esse último passaria a produzir anticorpos, que serviam para proteger seu corpo e conseguia fazer o sangue se aglutinar. O experimento também foi realizado ao colocar o sangue do macaco em contato com o sangue humano e perceber que 85% do volume passou a se aglutinar.
Ao iniciarem os estudos com o sangue humano, Wiener e Landsteiner passaram a usar um soro nas amostras de sangue e perceberam que na maioria das pessoas, o sangue aglutinava. O soro foi chamado de anti-Rh (antirehesus, sim a espécie do macaco). A experiência ainda mostrou que em 15% das amostras não acontecia absolutamente nada.
A conclusão foi que em alguns indivíduos, as hemácias possuem antígenos, classificados com o nome Rh, já em outras pessoas esses antígenos são ausentes. Os cientistas decidiram então nomear os sangues que possuíam antígenos como pessoas com Rh positivo ou Rh+. Já que não tinha aglutinação tinha também a ausência do antígeno e foram nomeadas como indivíduos com Rh negativo ou Rh-.
Isso significa que o sangue que aglutina, ou seja, os anticorpos são produzidos, há ausência do rh, são as pessoas com fator Rh negativo (Rh-). Vale lembrar que os sangues tanto de Rh positivo, quanto Rh negativo são sempre condicionado por dois alelos, com dominância completa de R em r. Por exemplo, pessoas que possuem o fenótipo Rr ou RR são de Rh negativo. Nesses dois genótipos as hemácias são antígenos de Rh, o que significa que não há o anticorpo anti-Rh presente. Já os indivíduos com genótipo rr, o fenótipo é Rh-, as hemácias não possuem antígeno Rh e o plasma possui anticorpos anti-Rh sempre que hemácias forem expostas ao soro.
Muitos estudantes se perguntam sobre a importância da descoberta do fator Rh. A verdade é que essa descoberta permitiu que o desenvolvimento das pesquisas em relação à transfusão de sangue fosse maior. Isso porque antes todo o processo de transfusão era apenas baseado no sistema ABO e isso fazia com que muitas pessoas, apesar de aparentemente estarem recebendo o sangue certo, sofressem complicações.
Com a descoberta do fator Rh, o sangue doado e recebido passou a ser testado também pelo sistema Rh, o que melhorou o modo como às transfusões eram realizadas.
No Brasil, o mais comum é que as pessoas possuam sangue do tipo O ou A, dados oficiais da Saúde revelam que mais de 85% da população possui um desses tipos de sangue, enquanto o tipo B está presente em 10% da população e o AB em apenas 3%. Já quando falamos do Rh, mais de 85% dos brasileiros possuem o fator Rh positivo.
Quando começamos os estudos em Biologia ouvíamos com certa frequência os termos Doadores Universais e Receptor Universal. O tipo O negativo é tido como o doador universal, ou seja, é aquele que pode doar para todos os outros tipos sanguíneos. Já o AB positivo diz respeito aos receptores universais, ou seja, as pessoas com esse tipo sanguíneo podem receber sangue de todos os outros.
O que sabemos hoje é que cada bolsa de sangue, que representam uma doação, possui 400 ml de sangue e que esse volume pode salvar até 4 pessoas diferentes. Isso revela não apenas a importância da doação de sangue, mas também de todo o estudo sobre o sistema Rh e ABO iniciado por Wiener e Landsteiner, há mais de 75 anos.
Antigamente algumas mulheres tinham seus primeiros filhos, mas carregam certa dificuldade em manter as próximas gestações ou em ter os bebês saudáveis. O mecanismo desse problema não era muito conhecido, até que o fator Rh se tornou recorrente e os estudos acerca da eristoblastose fetal mais amplo.
Também conhecida como Doença Hemolítica do Recém Nascido, ela é causada por uma incompatibilidade sanguínea do sistema Rh da mãe e o do filho. Ela acontece sempre que o Rh da mãe for negativo e o do feto por positivo. Isso porque durante a gestação a mulher produz anticorpos que destroem o agente Rh do bebê, que passa a ver aquele corpo como um verdadeiro intruso. Isso acontece sempre depois que a mãe dá à luz ao primeiro filho com Rh diferente do dela.
O problema é que esses anticorpos permanecem no sangue da mãe e se ela voltar a engravidar e seu filho também tiver o Rh positivo, esses anticorpos vão atacar e destruir as hemácias do novo feto. O corpo do feto passa então a produzir novas hemácias, que ainda não estão maduras e que são chamadas de eritroblastos. Entre os problemas ocasionados por essa doença estão icterícia, anemia, surdez, deficiência mental, paralisia cerebral e edema no baço ou fígado. Em casos mais graves o bebê morre após o parto ou ainda durante a gestação.
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