Um dos mandamentos mais repetidos na atualidade, e que faz parte do discurso de nutricionistas, médicos e leigos é que as pessoas devem diversificar a alimentação. Através da alimentação diversificada o corpo receberá todos os nutrientes de que necessita para manter o equilíbrio, reduzindo o risco de doenças e suas consequências.
Fácil de falar, porém complicado de seguir. A rotina não ajuda, o que faz com que muitas pessoas se alimentem mal, deixando de ingerir nutrientes fundamentais para a própria saúde. Entre eles estão os oligoelementos, que a indústria a cada dia mais explora através de suplementos alimentares e cosméticos, oferecendo condição para que as pessoas possam melhorar a rotina nutricional e a aparência.
A palavra “oligoelementos” é de origem grega, significando, literalmente, pequena quantidade de elementos. A tradução de “oligo” é “pouco”. Os oligoelementos são ativos de origem mineral, também conhecidos como biocatalisadores.
São assim chamados porque se encontram em pequenas quantidades no organismo humano, o que não os faz menos importantes para o equilíbrio do corpo e boa saúde. Ao contrário, são essenciais.
Esses minerais são obtidos para o organismo através da alimentação. Uma dieta diversificada composta por carne branca e vermelha, legumes, nozes, gema de ovo, fígados, sal de cozinha iodado, frutos do mar, cerais integrais, pescados, frutas cítricas, leite, grãos, peixes, frutos secos, nozes e vegetais verdes deve ser suficiente para nutrir o corpo com todas as suas necessidades no que diz respeito aos biocatalisadores.
Como se pode perceber, são alimentos que estão presentes na dieta do dia a dia de muitas pessoas que, como observado, podem ser obtidos através de suplementação, a qual deve acontecer mediante prescrição médica e com base no diagnóstico da deficiência desses ativos no organismo.
Os oligoelementos estão presentes também nos tratamentos de estética, justamente pelo fato de estarem presentes nos tecidos são determinantes para a saúde da pele, mas fazem também parte do tratamento para diversos distúrbios como será exposto mais abaixo.
A deficiência desses minerais essenciais para o organismo pode ser diagnosticada através de exame de sangue, que permitirá ao nutricionista estabelecer uma dieta capaz de recompor a presença dos mesmos no organismo, ou mesmo propor a suplementação.
Muitas vezes, mesmo tendo uma dieta diversificada, consumindo todos os grupos de alimentos, é possível que haja desequilíbrio, com a ingestão em grande quantidade de um determinado mineral reduzindo a absorção de outro, como ocorre com o cálcio em relação ao ferro.
Os principais oligoelementos são:
– Ferro – compõe a hemoglobina, a mioglobina e as enzimas respiratórias, favorecendo a prevenção contra a anemia ferropriva.
– Iodo – compõe os hormônios da tireoide, estimula o metabolismo e a diferenciação fetal, prevenindo e combatendo o hipotireoidismo e o distúrbio do crescimento fetal.
– Cobalto – é um dos componentes da vitamina B12, sendo fundamental para a produção das hemácias, o que faz desse mineral ativo importante no combate aos distúrbios nervosos e anemia em decorrência da vitamina B12.
– Zinco – presente em dezenas de enzimas envolvidas no processo de digestão, melhora a capacidade de cicatrização e o atraso do crescimento.
– Cromo – essencial para o metabolismo energético potencializando o efeito da insulina, evita a neuropatia periférica e aumenta a tolerância à glicose.
– Selênio – é ativo importante na ação das enzimas que combatem o câncer, além de conferir elasticidade aos tecidos evitando, ainda, alterações cardíacas e musculares.
– Molibdênio – Atua como cofator na ativação de algumas enzimas importantes, evitando a intoxicação por sulfito.
– Manganês – Ativa enzimas diversas que ajudam a evitar ocorrência de dermatite transiente, perda de peso e vômito.
– Cobre – Essencial para a síntese da hemoglobina, fortalece o sistema imunitário, prevenindo a anemia, a desmineralização óssea, a neutropenia, a hipotermia e as alterações do cabelo.
– Flúor – Compõe ossos e dentes, protege contra as cáries dentárias e a osteoporose.
Os oligoelementos são muito utilizados na estética por serem catalisadores. Em outras palavras, são capazes de potencializar os efeitos de outros princípios ativos presentes na fórmula dos dermocosméticos e no próprio organismo.
A ausência dos oligoelementos nos tecidos é responsável, comprovam os estudos e experiências realizados, pela desidratação e aceleração do envelhecimento da pele.
A aplicação dos oligoelementos nos tratamentos de estética contribuem para a geração de uma série de benefícios, como na reconstituição dos tecidos, cicatrização, manutenção e recuperação da firmeza e da resistência da pele.
Algumas aplicações comuns na estática são:
– Combinação de sódio com potássio – importante para a hidratação da pele e preservação da harmonia nas células cutâneas.
– Combinação de zinco e alumínio – facilitam a cicatrização.
– Cobre e enxofre – age na inibição e controle das manifestações infecciosas.
– Combinação de cálcio e magnésio – facilita a síntese do colágeno e da elastina, que são responsáveis pela firmeza e resistência da pele.
– Silício – fundamental na reconstituição dos tecidos.
– Selênio – inibe a oxidação das células.
– Lítio – contribui para o metabolismo da água
– Ferro – age na produção de oxigênio e energia para as células.
– Combinação de manganês e cobre – dessensibiliza e tonifica a pele.
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