Propriocepção

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Propriocepção

A propricocepção, ou também chamada de cinestesia, é uma expressão usada primeiramente por Sherrington em 1900, para definir toda referencia posicional ou postural levado até o sistema nervoso central por meio dos receptores localizados nos ligamentos, tendões, músculos, pele ou articulações, ou seja, é a percepção de movimentos gerada pelos membros superiores e inferiores.

Para explicar propriocepção, é obrigatório discutir sobre os receptores sensoriais, uma vez que são eles que conduzem ao sistema nervoso central a disposição articular e o grau de tensão muscular.

Os receptores sensoriais estão localizados no interior do sistema nervoso somático, encarregados pelas diferentes práticas sensoriais adquiridas e decifradas pelo organismo humano. A atividade mais comum dos receptores sensoriais é conceder ao sistema nervoso central avisos sobre o estado interno das sustentações orgânicas e do ambiente externo.

Propriocepção

São os receptores sensoriais que determina os referidos sentidos como, tato, olfato, visão, audição, paladar e sensibilidade corporal. Contudo, somente um receptor não apresenta a tendência de reconhecer isoladamente todos os impulsos diversos que o corpo adquire a cada segundo. Dessa maneira, o ser humano é dotado de diversos receptores sensoriais, cada um com uma característica própria, proporcionando a percepção de estímulos distintos.

Os receptores sensoriais podem ser distribuídos conforme a sua utilidade, entre:

– Mecanoceptores: conduz ao sistema nervoso central mensagens referente a pressão, tato, tensão cutânea e vibração.

– Termoceptores: são receptores sensoriais que recebem impulsos de origem térmica.

– Fotoceptores: esses receptores sensoriais são encarregados dos impulsos relacionados à visão.

– Quimioceptores: esses receptores são capazes de corresponder às mudanças do ambiente interno.

– Nociceptores: são extremidades nervosas encarregadas pela nocicepção. A nocicepção é uma das duas maneiras possíveis de manifestação de dor constante.

Fora essa divisão funcional, pode-se ainda separá-los conforme a sua posição anatômica em:

– Exteroceptores: essas células são encontradas nos órgãos encarregados da audição, olfato, paladar, visão e tato.

– Interoceptores: distinguem as situações internas do corpo humanos como o pH do sangue, a temperatura, pressão osmótica e a composição do sangue, o que permite, por exemplo, a sensação de frio, sede, fome, náuseas e dor.

– Proprioceptores: encontrados em tendões, músculos, órgãos internos e articulações, e tem como função principal comunicar ao sistema nervoso central os posicionamentos das pernas, braços e cabeça em comparação com o restante do corpo.

Os proprioceptores podem fornecer impulsos conscientes e inconscientes. Os impulsos conscientes atingem o córtex cerebral proporcionando a impressão dos movimentos articulares e do próprio corpo até de olhos fechados, sendo então incumbido pela direção de posição e movimentos, conhecida como cinestesia.

Por sua vez, os impulsos nervosos proprioceptores inconscientes não transportam nenhuma percepção, sendo usado pelo sistema nervoso central como medidor do movimento dos músculos, através do reflexo miotético ou dos diversos centros associados com a ação motora como, o cerebelo.

Segundo a teoria das múltiplas inteligências, a inteligência corporal-cinestésica tem a ver com a capacidade mostrada por artistas e atletas, especialmente dançarinos, que realizam movimentos específicos que são necessários para a realização dos movimentos técnicos.

Essa teoria é separada em quatro atividades diferentes, que são:

– Sensação de movimento passivo: essa é conhecida como a consequência de sensações impulsionadas por razões externas que causam mudanças no posicionamento dos membros sem que ocorra contração muscular.

– Cinestesia: é descrita como a percepção do movimento operante, percorrendo mudanças de movimento ou disposição do membro com o músculo contraído.

– Estagnosia: é a sensação do posicionamento de um membro no lugar.

– Dinamaestesia: é a existência de tensão e conhecimento da força sobreposta no momento da prática de uma contração voluntária.

Sempre que acontece uma modificação no sistema proprioceptivo, o corpo exibe sintomas diferentes, entre eles:

– Dor: enxaqueca, cefaléia, dor nas plantas dos pés, pescoço, dor muscular ou nas costas.

– Desequilíbrio: pode apresentar-se na condição de tontura, vertigem, enjoo, quedas sem explicação, sensação de náuseas e choques conta objetos sem explicação.

– Caimento no rendimento escolar: a pessoa avança no ambiente escolar de maneira inferior a sua habilidade de inteligência e do empenho aplicado. Podem-se notar sintomas de disgrafia, dislexia, dislalia, discalculia, disortografia e déficit de atenção.

– Transtorno vascular: a mais comum é a palidez da pele, voltando ao normal depois do tratamento proprioceptivo.

– Falha de localização espacial: a pessoa possui dificuldade no conhecimento de cada divisão do corpo com relação às demais divisões, e também, a associação entre espaço e corpo.

O procedimento para tratar as mudanças proprioceptivas deve ser interdisciplinar, envolvendo ortopedistas, dentistas, fisioterapeutas, oftalmologistas, fonoaudiólogos e psicólogos.

Fisioterapia de propriocepção

A fisioterapia de propriocepção é usada quando acontece uma lesão nos ligamentos e/ou nas articulações e, desse modo, deve ser direcionada por um fisioterapeuta para adaptar as atividades aos pacientes e impedir o agravamento da lesão.

Algumas áreas do corpo podem ser tratadas com atividades de propriocepção, entre elas, ombro, quadril, tornozelos e joelhos.

Essas atividades auxiliam a curar a propriocepção corporal, diminuindo a força sobre a área atingida.